Saindo com criança

Olá pessoal, no começo iríamos ficar fora apenas um final de semana para o casamento de nossos amigos, mas o marido conseguiu uma semaninha e ficamos fora por todo esse tempo. Foi umas mini férias necessárias em Recife.

E nada melhor do que ajudar mamães nesses momentos diferentes que saímos da rotina.

Quando a Maria Luísa nasceu eu não saía de casa, mal a levava para dar uma volta no condomínio, mas quando fomos na primeira consulta com a pediatra e que tudo que estava na bolsinha dela estava novinho, inclusive com lacre, a médica perguntou "essa criança ainda não saiu de casa? Nem na casa da avó?" E eu na mesma hora achando super normal "Não!!!" E ela disse que eu precisava sair um pouco mais com ela, claro, que evitar lugares fechados e barulhentos, como shopping, mas precisava sair, pois seria bom para ela e para mim.

Lembro que quando tive que ir na minha médica retirar os pontos, parecia que éramos fugitivos da polícia. Pois a minha médica tem consultório num shopping bem grande e movimentado do Rio e vocês imaginam uma mãe de primeira viagem e com uma leve neurose num lugar como esse.

Tudo é mega longe no Rio, então depois da consulta resolvemos trocar a fraldinha dela, mas o fraldário era um pouco longe e parecia uma operação de guerra, correndo alucinadamente com ela no colo, nem no carrinho deixei. Que doença!!!kkk

Mas aos poucos isso tudo foi passando e em pouco tempo a gente tinha parado com essa neurose toda e vimos que foi o melhor a fazer. Faltando 6 dias para ela completar 1 mês fomos comemorar meu aniversário num pequeno restaurante japonês para eu matar a minha vontade. Procuramos direitinho o restaurante, para vermos o tamanho dele e se teria barulho excessivo, dei de mamar a ela antes de sairmos e fomos todos para o restaurante. Foi super tranquilo e quase no final do jantar é que ela deu uma choradinha de fome e eu nem fiquei melindrada e dei de mamar ali mesmo. E depois disso não paramos mais...

Antes da minha mãe ir embora, no período que veio me ajudar, fomos para a confeitaria Colombo almoçar num sábado, outro momento tranquilo (tirando que ela teve cólica, já que a mamãe resolveu comer feijoada). 

Confeitaria Colombo

Sempre dê de mamar antes de sair de casa, ainda mais se for como a gente que morava super longe de tudo, é essencial. Mas isso não quer dizer que logo que tu chegues no local não tenhas que cumprir o mesmo ritual.

Antes de sair de casa é dar de mamar e trocar a fralda, sair sempre toda equipada, com mais fraldas, trocador, lenço umedecido, pomada para assaduras,uma mantinha para caso de ficar mais friozinho e, no mínimo, uma troca de roupas. Eu sempre levo uma troca no mesmo "grau de temperatura" que ela está saindo e outra mais quentinha para caso de dar uma refrescada. 

E aos poucos fomos dando vários passeios com a Malu, sem problema. Um casal de grandes amigos nossos foram nos visitar e coincidiu com a semana de férias que o marido teve e aproveitamos para passear com eles, a Maria Luísa tinha uns 2 meses. Mas sempre dava de mamar pra ela antes de sair de casa e dependendo de quanto tempo ficávamos fora, dava de mamar no local e depois antes de ir embora no carro mesmo (o carro parado, por favor). E muitas trocas de fralda durante esse tempo.

Forte de Copacabana

Mas a neurose com o shopping só diminui um tempinho depois, pois toda vez que a gente precisava ir em algum shopping era na correria para que ela não ficasse muito tempo ali. Ela nem se abalava, mas a gente se sentia incomodado de ficarmos com ela tão pequena num local tão barulhento e fechado.

Com 6 meses nós viajamos de avião com a Malu pela primeira vez e não tivemos problemas, trocava a fralda dela antes de entrarmos no avião e nos momentos de decolagem e pouso ela mamava e nisso dormia tranquilamente. É importante que a criança mame nesses momentos, por causa da pressão no ouvido e isso evita que a criança sinta qualquer incômodo. E nessa viagem foi onde ela ficou mais sociável, pois nós levávamos ela a aniversários, alguns restaurantes, mas nada tão agitado como foi viajar para Recife. 

No voo o ano passado para Recife

Em Recife foi que terminamos a nossa faculdade e ficamos com muitos amigos por lá e assim a "vida social" fica mais agitada. Então ela foi para barzinhos, alguns até com música ao vivo, mas era sempre naquele ritual de dar de mamar antes de sair de casa e se precisasse dava no restaurante mesmo. Nessa época ela estava começando com as papinhas salgadas, mas apenas almoçava, então a janta ainda era com a mamãe, mas não lembro de termos dificuldade com isso. 

Em Recife num restaurante com os amigos

O nosso único problema era que tivemos que escolher ou levar o carrinho ou o bebê conforto, tivemos que fazer essa escolha por causa do carrinho ser um trambolho gigantesco, já que ainda não tínhamos comprado o que fecha estilo guarda-chuva. E resolvemos levar o bebê conforto, por causa da segurança dela. 

E aí outra dica valiosa: caso precises alugar um carro para ter mais liberdade para passear, só esse ano que a gente soube, que as empresas de aluguel de carro também alugam cadeirinhas, cobram uma pequena taxa, mas nos deixa livres para fazer a escolha pelo carrinho do que pelo bebê conforto. Já ajuda e muito! Até mesmo para crianças maiores, como a Malu, que não usa mais bebê conforto e a cadeirinha é muito maior.

Como a gente não sabia disso, levamos o bebê conforto, e era bem ruim pra passear com ela sem o carrinho, pois quando a gente ia pra shopping tinha aqueles carrinhos do shopping mesmo, mas em outros lugares não tínhamos muitas opções. E ela por ser pequena ainda não ficava bem nas cadeirinhas de restaurante, tínhamos que ficar levando uma cadeirinha dela que encaixa nas mesas, mas mesmo assim ela não ficava tão confortável. Esse foi o nosso maior problema.

Já esse ano foi mais tranquilo, pois conseguimos uma cadeira emprestada (economizamos o dindin do aluguel da cadeira) e levamos o carrinho dela, que fecha estilo guarda-chuva e ainda podes levar até a entrada da aeronave. Excelente! 

Malu na cadeirinha e comendo uma ameixa

Mas para uma criança maiorzinha precisas de outros aparatos, como algo que faça a criança ficar entretida durante algumas horas, a gente leva o tablet com Galinha Pintadinha e Palavra Cantada que faz com que a Malu fique mais calma e até adormeça. Na ida ajudou termos ido de Azul e a aeronave contar com televisão e ter Discovery Kids. Na volta, também voltamos de Azul, mas não tinha televisão e o tablet foi a nossa salvação. Para crianças maiores também é bacana folhas e lápis de cor para ficarem desenhando. 

No voo esse ano

E tudo para comer: bolachas, água, suco e frutas. Eu levo bolacha maisena, banana e ameixa, pois são mais fáceis dela comer, um iogurte também ajuda. Na Azul eles dão bolachinhas salgadas e doces e dei algumas do pacotinho das bolachas de leite que eram bem gostosinhas. A Maria Luísa adorou se achar a grande e segurar o pacotinho e ela mesma tirar as bolachinhas para comer. 

Tudo bem que ela foi o sucesso do voo, já que toda vez que ouvia as vozes do microfone saía a falar sem parar como se respondesse pra pessoa. E depois pulava, pulava e pulava no meu colo, fazia gracinhas com os passageiros e assim foi a minha viagem. Claro que é cansativa, mas pelo menos não é um total caos com uma criança chorando. 

E durante os passeios eu tentei achar lugares que ela tivesse onde brincar e comer, pois não dá para levar uma criança em algum lugar onde ela não possa comer a comida do local. Até mesmo o restaurante japonês que fomos tinha pequenas porções que não contavam com peixe cru, já que ela ainda não pode comer. 

Eu e o marido somos daquela ideia de que temos que nos adaptar, mas não podemos ficar presos em casa ou só fazendo programação de criança, pois se ficarmos evitando tudo começamos a ficar sozinhos, aí realmente os amigos vão se afastar. Faça com que seu filho seja uma criança sociável e assim tudo será mais fácil.

O ano passado no nosso aniversário de casamento num restaurante em Santa Tereza no Rio.

Outra dica é cuidar os limites do seu filho, passamos a semana toda passeando com ela para todos os cantos e indo a restaurantes onde ela perdia a hora certinha do sono, mas ela curtia e vimos que aguentava tranquilamente sem ficar cansadinha e enjoada. Mas na sexta fomos para praia e pegamos um trânsito do cão na volta, tínhamos marcado com alguns amigos de irmos em um outro restaurante, mas a Maria Luísa chegou completamente acabada. Começamos a nos arrumar e ela dormindo, tivemos que dar banho nela pra tirar toda a areia de praia, mas colocando a fralda ela capotou. Resultado, zero de condições de sair com uma criança assim, mesmo que ela ficasse no carrinho dormindo seria extremamente cansativo e estava na cara de que ela precisava descansar muito. Pedimos desculpas aos amigos e ficamos em casa. No outro dia ela estava super disposta e saiu super feliz conosco.

Ahhh nós não levamos a Malu para o casamento, pois acho que casamento não é lugar pra criança tão pequena. É muito barulhento, não tem o que ela fazer, acho que só fui a um casamento que tinha uma área para as crianças. E também como era casamento de amigos e não de família, queríamos curtir um pouquinho, pois mamãe e papai também são filhos de Deus, né?! A Malu já foi em um casamento, mas era da minha prima e eu sabia que seria super tranquilo e também era da família onde todos queriam que ela participasse e tinha mais ajuda. Mas casamento de amigos, pra mim, não dá. 

Depois vou contar como foram as nossas idas na praia com ela, tanto quando recém frequentadora como agora na nossa viagem. E também alguns locais pra passear em Recife com criança.

Beijos.