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A relação dos pais separados

Imagem retirada da internet

Eu consigo ter a total certeza do quanto deve ser complicado para uma mãe solteira a relação com o pai do seu filho. Algumas vezes foi um relacionamento que não terminou bem, que deixou mágoas e isso se transfere para a relação de vocês como pais e com o filho de vocês.
Hoje eu resolvi falar desse tema tão delicado que é a relação dos pais separados.
Depois que eu pude compartilhar a minha história de filha de mãe solteira com muito mais gente do que eu poderia imaginar, fui convidada a participar de grupos de mães solteiras e consegui conversar com tantas outras mães solteiras e notei que o maior problema de tudo isso que elas enfrentam é como conduzir essa relação com o pai do seu filho.
Elas como mães leoas não demonstram problemas com o amor pelos filhos ou como educá-los, por isso digo não ser essa a parte mais difícil de conduzir como mãe solteira.
Bom, vou contar um pouquinho do meu caso para depois falar o que eu penso e como senti tudo isso.
Eu já comentei aqui que quando pequena, a partir de uns 3 anos até os 5, algumas vezes minha mãe me levava para ver o meu pai onde ele trabalhava. O encontro não era muito demorado, ele não era muito carinhoso comigo e nem era aquele que tentava brincar ou coisas do tipo. Os encontros se baseavam em minha mãe falando para ele algumas coisas que ele perguntava, mas era algo bem tranquilo, nunca houve discussão, reclamações ou qualquer coisa parecida. 
Quando eu perguntava para minha mãe dele, ela nunca falou mal. Falava mais ou menos como ele era, me mostrava algumas poucas fotos que ela tinha com ele e deu. Nunca saiu da boca da minha mãe, até eu me desiludir completamente com ele agora, uma frase como "ele não presta". Nada disso! Nunca!!!
A minha mãe nunca o exaltou, mas nunca falou mal. Ela simplesmente contava por cima como tudo aconteceu, nunca tiveram detalhes de brigas, discussões ou algo semelhante. Ao falar do término deles ela apenas me disse que eles não se amavam e que o relacionamento não deu certo. Sempre me pareceu que a minha mãe saiu muito bem dessa relação, as mágoas que ela possa ter dele nasceram depois com o fato dele não querer ser meu pai e depois por todas as mancadas que ele já deu comigo.
Qualquer mágoa que eu possa ter dele não foi construída pela minha mãe e sim, só e somente só, por ele e é a partir daí que eu começo a minha real conversa com vocês.
Vocês podem nunca ter namorado, mas vocês juntos sempre serão mãe e pai dos filhos de vocês. Sabe aquela história de pai e mãe não se separam, é a mais pura verdade. Para os filhos de vocês, vocês são um só, mesmo que para eles vocês nunca terem sido um casal.
Uma vez escutei de uma mãe "ahhh o meu filho tem que aprender desde pequeno que os pais são separados e por isso terá festas de aniversário separadas". Tudo bem ele saber que os pais são separados desde que ele é pequeno, mas ele não precisa saber que os pais se odeiam desde pequeno, que não conseguem conviver em um mesmo ambiente tão importante para ele desde pequeno.
Mulheres, quantas vezes vemos reclamações de mães que dizem que os pais não dão bola para os filhos, que se negaram a registrar ou que apenas pagam pensão? Muitas e muitas vezes, esses pais muito provavelmente não vão bater na tua porta querendo visita, claro que algumas vezes eles caem em si e isso pode acontecer. E isso faz com que fiques receosa se o teu caso for o último e por isso deves resguardar o teu filho, pedir mais cautela em tempos de visita e tudo mais, por medo de que ele volte a desaparecer. 
Mas se esse não é o teu caso e esse pai é presente desde o começo, mesmo que vocês não se deem mais tão bem ou então ele é o que mudou e agora está presente, tu realmente queres ser a pessoa que vai dificultar a relação do teu filho com o pai? Colocando impedimentos para as visitas, falando mal dele para o teu filho, discutindo com ele na frente do teu filho? Eu sei que pais também fazem isso e falo o mesmo para eles, vocês querem ser os responsáveis pelas birras do teu filho com a mãe? Ou com brigas entre eles? Acho que não, então o relacionamento entre vocês deve ser repensado.
Brigas na frente do filho, nunca façam isso! Falar mal do outro para o seu filho, nunca façam isso e passe isso para as outras pessoas da família que convivem com seu filho. Festas de aniversário separadas, evite isso. 
Lembro na minha formatura da faculdade eu presenciar alguns problemas como esses das festas separadas. Lá em Recife, a formatura é uma só, não existe recepção própria do formando como existe no Rio Grande do Sul. Então não tem como separar festas, e como fazer com pais separados que se acostumaram com festas separadas? Alguns dos meus colegas tiveram que comprar 2 bailes (mesas) para poder ter mesas separadas e os pais não precisarem se olhar naquele momento tão importante para o filho.
Vocês sabem como os meus colegas, já com mais de 20 anos, ficavam com essa situação? Péssimos! Eles viam que a maioria dos seus colegas, mesmo com os pais separados, teriam uma única mesa e eles tendo que pensar a melhor maneira para que os pais não se cruzassem e brigassem durante a festa tão importante para ele. 
O mesmo acontece com as festas de aniversário, criança ama festa e adora ter várias festas de aniversário, mas essa criança quer que seus pais estejam juntos nesse momento, juntos para celebrar a sua vida e não separados. Essas crianças não devem e não tem que lidar como uma situação tão horrível que é a não tolerância dos pais. 
Imaginem a situação, a criança mora com a mãe e essa mãe fica só falando na festinha que a criança vai ter de aniversário com isso, com aquilo... Aí a criança vai para a casa do pai e o pai falando coisas parecidas. Na cabeça dessa criança ela entende que os pais vão estar juntos nesse momento. 
Chega o dia da primeira festa e o pai não vai. Vocês conseguem imaginar a decepção dessa criança? O que dirás para o teu filho? Falarás que o pai não foi porque ele não pode ou porque ele vai ter outra festinha ou porque vocês não se dão bem? Como explicarás ao teu filho a ausência do pai? Qualquer resposta pode ser algo bem complicado, pois podes sem querer dizer ao teu filho que ele não é tão importante para o pai dele (eu estou usando na festa da mãe e a ausência do pai, mas isso é o mesmo para a festa do pai com a ausência da mãe). Vocês conseguem compreender que qualquer resposta pode criar algum tipo de tristeza ao teu filho que pode não ser externada naquele momento, mas terá consequências mais para frente?
Eu sei, entendo, mais que compreendo, que algumas vezes pode ser difícil, ou pela família do pai ou da mãe, possíveis namorados de algum dos dois, mas tudo tem que ser superado por causa do filho de vocês que é o mais importante de tudo isso. É somente um dia e todo mundo consegue ser civilizado, só cada um pensar "estou aqui pelo meu bem maior", isso serve para os pais e avós. 
Faça sempre o melhor para a aproximação de pai e filho, não impeça por ciúme ou egoísmo.
Uma criança ter que lidar com os problemas dos pais é horrível.

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Eu que já não era mais criança tive que contornar alguns problemas do relacionamento da minha mãe, pai e madrasta e já foi uma situação terrível. E isso que eu não era mais uma criança. Eu fico imaginando uma criança, um adolescente tendo que lidar com esses problemas, seria algo verdadeiramente insuportável. Pois a criança gosta das duas partes e não quer magoar ninguém e ela tem que ter todos os cuidados do mundo para não fazer isso, enquanto o certo seria esses adultos fazendo tudo de melhor para que essa criança se sinta bem, não saiba de qualquer problema entre eles e não precise ficar dividida. 
Nunca pense "mas meu filho não vai querer saber que eu fiquei mal naquele ambiente junto com o pai dele", ele nunca precisará saber, pois ele não tem que carregar esse tipo de peso
Pensem sempre antes de qualquer decisão, será que isso é o melhor para o meu filho? Será que não estou colocando as minhas vontades na frente? E assim faça o melhor!

"Sou boadrasta"

Um dia, numa conversa a Lívia fala que tem um enteado e comentando tranquilamente, assim vi que a relação dela como madrasta era muito boa e a pedi que contasse. Na mesma hora ela topou e eu entendi que ela não era a madrasta que tanto escutamos, ela é uma "boadrasta" e hoje ela conta a história dela aqui no blog.

"Você passa a adolescência inteira sonhando com o amor da sua vida, com o casamento, e como tudo deveria acontecer. Enfim a vida adulta chega, e tudo acontece diferente, e comigo foi muito mais diferente do que imaginei e sonhei, afinal, quem planeja ser madrasta?! Conheci meu marido quando ele estava no fim do casamento. Praticamente tudo resolvido, ele seguindo o seu caminho e a ex esposa seguindo o dela. Ela já comprometida, e ele comprometido apenas com o filho, era isso que ele me dizia, que na vida dele seria apenas ele e o Leo. Mas em poucos dias eu já estava apaixonada e com ele. Tentei fugir! Não estava nos meus planos me relacionar com um homem com filho. Quando o conheci, meu enteado estava com 05 anos, e meu marido também não queria relacionamento sério e nem morávamos na mesma cidade. Eu no litoral de São Paulo e ele na capital de São Paulo. Então, tínhamos quase tudo para não dar certo. O tempo passou e fomos nos envolvendo mais. Conheci o Leo, meses depois conheci sua família e passei a frequentar a sua casa. O Leo ficava com ele aos finais de semana e eu também [risos]. 
No início, para mãe do meu enteado não deve ter sido fácil, em relação ao filho, mas graças a Deus, ela não me desrespeitou, era só o ciúmes, ela só sabia da minha existência, mas não sabia nada sobre mim. Os dois primeiros anos foram decisivos para nós. Nesse período tive a oportunidade de conhecer a mãe do meu enteado, um só encontro meu e dela. Conversamos sobre muitas coisas, principalmente trabalho, que por sinal, foi o assunto que nos uniu nesse dia. Por conta disso, passei a frequentar a sua casa e buscar o Leo aos finais de semana para levar para a casa do pai. Nesses dois primeiros anos, em relação ao meu enteado, que era muito novo, foi uma descoberta para nós 3: eu , marido e seu filho. Superamos ciúmes do Leo, pensamos em nos separar por esse motivo, mas sabíamos que o Leo gostava de mim, eu não tinha dúvidas disso. Mas eu muito nova não, queria lutar por esse sentimento e por essa relação. No auge dos meus 24 anos, pensava comigo mesma que não precisava disso, mas eu tentei e lutei por amor. Vencemos muitas barreiras e então resolvemos morar juntos e um tempo depois oficializar nosso casamento. Nesse tempo, o Leo foi morar com o pai e formamos uma família. Não tomei o lugar da mãe dele, nunca tive essa intenção, mas ele sempre me respeitou. Cuidei dele e de suas coisas, como cuido do meu filho, mas no meu lugar de boadrasta. Para o Leo, era demais ver sua mãe e madrasta juntas. Saímos algumas vezes para o Shopping, fomos em festinhas só nós 3 juntos. Participei de festas da família por parte de mãe do Leo. Almoçava na casa de sua avó por parte de mãe. Em viagens do meu marido, já dormi na casa da mãe do meu enteado e fiquei até madrugada assistindo filme com ela e seu atual marido, e detalhe, meu enteado viajando junto com meu marido, e eu tipo agregada na família da ex {risos}. Tantos momentos que poderia citar aqui de uma relação de paz.
O Leo morou comigo e com seu pai por mais de 08 anos, e as pessoas sempre me perguntam se a mãe não queria que ele morasse com ela. Como estávamos todos perto, e ela poderia vê-lo quando quisesse, preferiu deixar o Leo a vontade para decidir onde ficar. O pai, muito apegado, sempre quis o Leo por perto e eu apoiei, pois sei o quanto isso o faria feliz. Leo tem 2 irmãos por parte de mãe, e o Gabriel, o mais velho, já dormiu aqui algumas vezes em minha casa antes de ter meu filho. Isso para o Leo ficar perto do seu irmão, mas sob os meus cuidados. Hoje Leo não está morando conosco. Em 2014 fomos passar uns meses no RS e o Leo foi morar com a avó por conta da escola. Hoje tem uma namorada que é da mesma cidade, o pai até tenta trazê-lo, mas é mais difícil decidir pelo que está com 18 anos. O Leo vem toda semana para a casa, seu quarto está intacto, e meu filho Filipe é apaixonado pelo irmão. Falando em paixão, a família do Leo – mãe, irmãos, padrasto, tios, e avós, são apaixonados por Filipe. Tratam meu menino com o maior amor quando encontram. Esse é um resumo da nossa relação de paz e muito respeito. Já sofremos preconceitos por isso, já falaram o que não deveriam falar, mas o que importa é a felicidade do filho. Leo não cresceu com traumas como eu cresci, com a experiência negativa que tenho de pais separados e madrasta. Tenho péssimas lembranças! Como disse recentemente nas redes sociais, eu e a mãe do Leo, a Gabrielle, temos nossas diferenças e estilo de vida diferente, mas quem é igual? Não somos iguais a nossas amigas, o que temos é afinidade, e assim é comigo e com ela. Já oramos juntas, desabafamos, choramos, rimos, nos ajudamos, ajudamos o filho, e somos felizes assim. Após 12 anos, tenho uma família linda, e quando olho para trás, vejo que tudo valeu a pena. Final feliz! 
Beijos,
Lívia Pacheco"

Gabrielle e Lívia

Lívia eu só tenho que te agradecer por nos contar essa história tão bacana. Sabemos que algumas vezes não é fácil para os dois lados, mas o melhor é quando o amor pela criança vence e com certeza vocês fizeram isso de maneira linda. Muito obrigada!

A Lívia é do Blog Mamãe Virtual e vocês a encontram por aqui


2 anos do blog!

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Terça-feira, dia 25/08, o blog completou 2 anos. Como muitas que acompanham o instagram e o facebook do blog sabem, fiz um pequeno evento chamado Coffee Break das Mamães aqui em Porto Alegre para comemorar esse momento tão especial.
E hoje quero contar para vocês como surgiu o blog em mim, na verdade quero contar como os aprendizados de maternidade começaram na minha vida.

Como eu já contei um post de mais ou menos 1 mês atrás, tenho um irmão que é adotado. O Fernando é filho de uma prima minha e nasceu quando eu tinha 8 anos. Acompanhei toda gestação dela, primeiros banhos, trocas de fralda... até que com 1 ano e 3 meses o Fernando ficou lá em casa não mais para ser meu primo, mas meu irmão. E assim consegui acompanhar de muito de perto o crescimento de uma criança sem ser a mãe dessa criança.
Com 9 anos tu já consegues lembrar do que foi feito e ter um pouco mais de noção e a convivência com ele foi o maior dos meus aprendizados maternos. Eu não trocava a fralda dele, mas via a minha mãe e avó fazerem. Acompanhei introdução alimentar, terror noturno, brigas por não querer comer, machucados de todos os tipos de gravidades, de raspão no joelho, a prego no pé, parar uma bicicleta com o pé (foi bizarro), cabeçada em parede pontuda... o Fernando sempre foi craque em formas bizarras de se machucar.
Com uns 12 anos eu fui a responsável pela adaptação dele na escola, pois minha avó faleceu, minha mãe sozinha era a que tinha que trabalhar e até tínhamos uma empregada, mas eu passava mais confiança a ele. Então adaptação de criança que grita e chora sem parar, sou craque! (a Malu foi bem mais tranquilo).
Minha mãe hoje é professora aposentada, mas durante anos além de professora foi diretora de uma escola na zona rural de Rio Grande. E eu e meu irmão vivíamos lá, vivenciando aquele ambiente escolar mais humilde, mas cheio de coisas boas para nos mostrar.
Com 15 anos, achei que trabalhar seria legal e resolvi procurar uma escolinha para cuidar das crianças (fiz isso escondida da minha mãe, só contei quando a dona me chamou para trabalhar), fiquei lá durante umas 2 semanas e a diretora da minha escola não me liberou das aulas do período da tarde que eram Educação Física e Informática e tive que largar os pequeninos de 1 ano que eu cuidava. Mais um ponto para aprender sobre cuidar de criança.
Depois fiz Magistério e durante os 3 anos e meio do curso dei aula para todas as idades, dos pequenos até 4ª série. Peguei crianças calminhas e as mais mal educadas que se possa imaginar. Meu estágio de conclusão foi em uma turminha de 2ª série e eles eram uns amores, abafa o caso de que eles já estão todos na faculdade. Durante o cursinho pré-vestibular tentei trabalhar novamente na mesma escolinha, mas depois da professora titular me deixar limpando vômito de um dos pequenos, minha mãe achou um absurdo, pois ganharia super pouco e ainda ela estava pagando caro no cursinho (vocês viram que ninguém me deixa trabalhar).
Vocês acham que depois que entrei na faculdade de Direito as crianças me deixaram? Nem pensar! 1º ano tinha que fazer uma pequena monografia, escolhi o tema Adoção, Tutela e Guarda. 
Depois no 2º ano tinha que fazer um artigo para apresentação em Direito Internacional, optei pelo assunto Meninas da China. Se vocês não sabem lá tinha a política do filho único (agora está um pouco abrandada) e as famílias optavam pelos meninos, então abortavam ou largavam na rua as meninas que eram geradas.
Meu Trabalho de Conclusão de Curso foi Publicidade Dirigida à Criança e ao Adolescente. Enfim, falar de criança sempre foi meu amor e minha paixão. 

Acabou a faculdade e eu engravidei. Fui uma das primeiras dos grupinhos de amigos a engravidar e foi muito bacana, pois depois amigas e amigos vinham me fazer várias perguntas de como fizemos o enxoval, chá de bebê, parto, alimentação, primeiro resfriado, amamentação... Cheguei a receber um agradecimento de uma amiga aberto no facebook de como eu tinha a ajudado durante toda gestação e fiz isso à distância. Fiquei super emocionada!

Eu só encontrei blogs maternos depois que a Malu nasceu, os que eu lia achava muito bacana e até me via contando as minhas histórias em um. Mas a minha ideia sempre foi passar em um concurso.

Saímos do Rio, onde a Malu nasceu, chegamos em Cachoeira do Sul, nos ambientamos e procuramos uma escolinha para a Maria Luísa. Ela se adaptou super bem e comecei a me organizar para estudar.
Mas a Maria Luísa começou a ficar direto doente, com várias alergias respiratórias. E não adianta, a mãe é que fica nesse momento. 
Até que em julho a médica dela disse que era adaptação demais de clima e escolinha e nos disse para tirá-la da escola. Ela saiu da escolinha e eu fiquei com ela em casa em período integral e tinha apenas uma diarista que me ajudava durante 3 dias. Mas na cabeça da Malu quando ela estava em casa era para ficar brincando comigo e não aceitava que eu estivesse no computador ou com livros. Chorava, batia no computador e eu tive que deixar para depois.
Ela saiu em julho e em agosto eu já estava ficando doida em casa. Conversando com o marido contei que uma amiga que troquei muita figurinha durante a gestação dela estava fazendo um blog e ele me perguntou porque eu não fazia também. Já que seria algo mais tranquilo, eu conseguiria passar o que eu mais gosto de falar, ajudaria outras pessoas e me sentiria útil, além de não ter que fazer os mesmos textos para todas as amigas. Pois ele me conhece e sabe que ficar parada nunca foi uma opção de vida, ficar cuidando da Malu nunca foi uma obrigação, mesmo que cansativo e eu tinha que achar algo que me desse uma certa obrigação mesmo sem ser.

E assim em 25/08/2013, o Mamãe em Construção nasceu. Ele veio com o intuito de ajudar outras mamães, passar todas as minhas experiências com a Maria Luísa, mas também tudo que aprendi durante a minha vida, sendo irmã mais velha, filha de professora, filha de mãe solteira, professora e estudando tudo que envolve o mundo infantil. Também adoro falar sobre casamento, mas isso eu vou aprendendo todos os dias e tento passar o que consegui aprender nesses quase 8 anos de casada. Além de alimentação que aprendi a comer depois que a Maria Luísa nasceu.
No começo ele ficou apenas como um lugar para escrever um pouco o que eu sentia e passava, depois de apenas 4 meses eu quase que o deixei de lado completamente, postava pouco, pois estava focada no começo do meu trabalho como decoradora. Fase bem difícil, pois largar o Direito não foi nada fácil. E apenas esse ano que me impulsionaram a voltar e foi quando resolvi mudar a cara dele e me empenhar mais em cada rede social. Em publicar com periodicidade e pesquisar a fundo o que as minhas leitoras querem e está dando um resultado pequeno ainda, mas gratificante. Toda vez que eu penso em desistir vem uma leitora querida dizendo que eu a ajudei muito em algum período e isso paga muito o tempo que eu fico aqui sentada escrevendo.

O blog nunca teve um intuito comercial, tudo que eu faço nele é com a intenção de ajudar cada mãe. Até mesmo o pequeno evento de terça era para juntar mães, pois sei que muitas vezes com filhos pequenos ficamos sozinhas em casa sem ter com quem conversar. E por isso ele foi feito em um dia de semana e não em um final de semana onde normalmente os maridos estão em casa e vocês já tem alguém para tagarelar. 

Eu agradeço a todas vocês e a todos vocês (pois sei que alguns homens também leem o blog) por fazerem com que o blog cresça cada dia mais. A cada visualização, curtida, seguidores, comentários nas redes sociais é uma felicidade imensa e vocês sempre serão uma inspiração. É a partir da necessidade de vocês que os posts são feitos, é a partir das dúvidas, dos medos... Muito obrigada! Muito obrigada! Muito obrigada!

Nós agradecemos muito a vocês!!!

Entrevista com o Pai das Marias


E eis que existe um papai no instagram que está bombando entre as mamães! E sabem o motivo? Não, não, ele não é bonitão, longe disso (tá, pra Si ele é), mas ele é a figura em pessoa e é o responsável por ficar com as pequenas em casa. Isso mesmo, ele é o dono da casa, é ele que toma conta das Marias para a mamãe Simone poder trabalhar. A descrição no instagram está "Pai das Marias, e executivo, a esposa manda, eu Executo. Motorista, lavadeira, doméstica, psicólogo e escravo."


O Pai das Marias, ou melhor, o Eduardo é casado com a Simone e eles são pais da Maria Antônia (a mais velha, conhecida como Farofa Girl) e da Maria Eduarda (a pequena recém nascida e mais conhecida como Passarinha Girl). 
Não tem possibilidade de tu dares uma passada no instagram Pai das Marias e não dar boas gargalhadas. Aí o negócio fica viciante que vais passando todas as publicações para poder dar mais e mais risadas. Não sei quando encontrei o instagram dele, mas pra mim é o melhor ig de pais que andam por aí (nesse momento ele se achou).
O Eduardo conta tudo da vida de quem cuida dos filhos, mas sempre com um toque de bom humor. E mesmo ele dizendo que não é blogueiro tá ficando super chique dando entrevista pra tv e quem sabe um dia chega na "Namaria Braga". E é claro que eu tinha que trazê-lo aqui pra contar um pouquinho do que o instagram algumas vezes não passa.
Principalmente o que não é visto em fotos. Quis conversar com o Eduardo as angústias de quem cuida das crianças e muitas vezes é julgado, como é o caso das mães que fazem a opção de ficar em casa e cuidar dos filhos.

A verdade é que eu queria colocar o áudio da conversa que tive com ele, mas se publicasse tudo perderia a amizade.rsrsrs 

Mamãe em Construção: Edu qual a tua profissão que exercias antes? E qual a profissão da Si? 
Pai das Marias: Eu era comerciante, tinha uma distribuidora de produtos para panificação e a Si é administradora e artista plástica.

MC: Quando e como vocês tomaram a decisão de tu cuidares das meninas e somente a Si trabalhar fora?
PM: Então, muito antes da gente ter filhos nós éramos muito de criticar os filhos dos outros e as atitudes dos outros pais. Pois a gente nunca gostou desse negócio de babá que tira a privacidade. Daí quando a Simone engravidou a gente sempre disse que não ia ter babá que a gente ia se virar e ela iria trabalhar só um horário e consequentemente como eu estava sem trabalhar daria pra encaixar. Sendo que no 1º mês da Maria Antônia ela teve depressão e no 3º mês ela teve que voltar a trabalhar que uma das sócias dela, que é a irmã dela, teve problema de saúde, aí eu tive que assumir tudo e aí foi.

MC: E como foi a aceitação da família? Já que família adora dar pitaco.
PM: Minha mãe morava bem próximo a mim, foi quem me deu apoio no início, primeiro mês ela ficou comigo me ensinando tudo e no segundo eu botei ela pra fora, entre aspas, pois ela queria fazer do jeito dela e eu disse que não. Eu queria que ela me ensinasse e eu fizesse do meu jeito. Meu pai não aceitava muito a situação, porque ele sempre foi muito machista. Meu sogro é piloto, então assim, ele só me via uma vez por semana, eu sei que ele não gostava, mas pra ele tanto faz como tanto fez a filha dele estando feliz está ótimo. E a minha sogra, foi a pessoa que mais apoiou em tudo. Ela não botou a mão na massa, mas financeiramente quem dava um suporte era ela, a gente sempre corria pra ela. 
E hoje a gente é vizinho da minha sogra, antes éramos vizinhos da minha mãe, e ela é o suporte da gente. Quando a gente precisa realmente, quando o bicho pega, ela é que está junto.
Isso é o que eu considero família, meu sogro, minha sogra, minha cunhada, minha irmã, pai e mãe. Agora parente, tios da Simone, tios meus, nossa, aí é crítica, é preconceito de que homem tem que se sustentar, de que é um absurdo. Sendo que agora tomou uma repercussão, teve a entrevista do blog Mãe na massa, aí depois teve a entrevista na TV daqui (ele mora em Maceió), já teve a entrevista no jornal daqui da TV Gazeta que é filiada Globo e já tem um outro blog daqui que é Quebrando Preconceito que já marcou comigo. Então assim, tomou uma proporção que agora é legal ser amigo do Eduardo.

MC: Edu, sabemos que é tu que cuida das meninas, mas sempre fizeste tarefas de casa ou isso foi uma completa novidade?
PM: Eu sempre gostei, sempre fui muito caseiro. Eu sempre fui muito mais organizado do que Simone. Simone é metida a artista, então artista plástica bagunça é bonito. E eu sempre fui mais organizado, pelo menos tentei, e nunca foi novidade pra mim, lavar um prato, lavar um banheiro. Achava muito normal, minha mãe era Pedagoga, eu tinha mais duas irmãs e ela sempre foi dona de casa e pedagoga, até que parou de trabalhar pra ser totalmente dona de casa. Pra mim era normal, eu via meu pai também no fim de semana lavar banheiro, lavar as fraldas da gente, então era normal.

MC: Sabemos que as mães, ainda mais de primeiro filho, são super possessivas, sempre achando que só elas é que sabem fazer. Eu era assim aqui em casa e não só com o marido, mas também com a minha mãe e com todo mundo. Como foi com a Si, foi tranquilo? E quando tiveste que assumir sozinho, ela te dava muitas recomendações ou ela achava que não precisava?
PM: Então, a Simone é uma pessoa que ela nasceu pra mandar. Mulher já nasce pra mandar e ela nasceu pra mandar muito. Como ela teve um começo de depressão no primeiro mês, ela estava muito insegura. Então eu dei banho primeiro que ela, eu troquei primeiro que ela, então assim (momento tenso na voz) era legal. Mas quando ela começou a fazer, ela queria que tudo fosse do jeito dela, nesse quesito da execução das coisas. Mas em questão de possessiva, assim, é minha filha eu sei fazer, não. Nós dois só não aceitávamos opiniões de fora, tipo, minha mãe chegava e falava alguma coisa, tudo bem, uma vez, duas vezes, na terceira a gente já cortava, por que eles queriam que a gente fizesse do jeito deles e não, era do nosso jeito. Como a gente sempre foi muito crítico com criança mimada então a gente queria fazer tudo do nosso jeito.
Mas hoje ela é de boa, ela só dá algumas recomendações. Tipo, besteira (ele julga assim), no começo eu deixava Maria Antônia com cabelo molhado, ela reclamava. Coisas que pra mim, homem, passava, "ahh besteira". Eu deixo muito a Maria Antônia de fralda, porque aqui é quente, ela não gosta, ela quer que coloque uma camisetinha, uma roupinha. Quando acorda, eu deixo de pijama, ela quer que tire o pijama pra não sujar o pijama quando ela for lanchar, essas coisas assim.


MC: Muitos homens acham um absurdo somente a mulher trabalhar, como foi isso pra ti e como é? Sempre foi tranquilo ou teve algum momento de dúvida? Essa é uma dúvida comum entre as mulheres que fazem essa opção e queria saber como é pra ti?
PMÉ tranquilo, ponto, mas eu me preocupo muito comigo, se está tudo bem, se não está. Fico às vezes "Será que eu estou fazendo certo? Será que eu não tô fazendo certo?" É natural as pessoas rebaixarem você pelo seu serviço que, entre aspas, não gera renda pra família. Mas eu comecei a valorizar muito as pessoas que cuidam dos filhos, pois é muito, muito difícil, muito trabalhoso. Não é todo mundo que tem essa coragem. É muito fácil pagar uma babá, pagar um colégio. Joga um horário no colégio, outro na babá e eu só vou pegar à noite e botar pra dormir. Isso é muito fácil! 
Cuidar do filho, dar educação é muito complicado. Se eu pudesse hoje eu teria uns cinco, mas financeiramente e a questão da saúde da Simone hoje não dá.
Mas me preocupo muito comigo, será que daqui a três/quatro anos eu vou me arrepender disso. Eu acredito que não, eu tô trabalhando para que eu não sinta isso e tenha a certeza do que eu estou fazendo.

MC: O trabalho de casa também é feito por ti ou tens alguma ajuda?
PM: Tem uma pessoa que trabalha com a gente, secretária nossa, ela faz o trabalho de casa pesado. Mas supermercado quem faz sou eu, Simone nunca gostou muito, só quando cozinha alguma coisa específica que ela compra as coisas. Mamadeiras, chupetas de lavar e esterilizar sou eu que faço, não que eu não confie na pessoa que trabalha aqui, mas eu prefiro fazer. Das meninas, banho, refeições, isso é comigo.

MC: Edu, o que tem de bom e de ruim de ficar cuidando as meninas em casa?
PM: Acho que não tem nada ruim. A parte boa é que elas serão meninas ogras, vão arrotar na frente do namorado, isso vai ser legal, porque vai dificultar que elas namorem, espero que elas cresçam muito e fiquem com quase 2 metros e assim, elas vão ter que namorar uma pessoa muito f*, porque o pai delas é f*.

ps: nesse momento todos os pais ciumentos pedindo demissão pra ficar com as filhas em casa. 


MC: Si, o que tem de bom e de ruim do Eduardo ficar com as meninas em casa?
Simone/Eduardo (pois ele mal deixou ela responder): O lado ruim é que ele estraga as meninas, ensinando besteira, não colocando limites.
Vou transcrever exatamente o que escutei no áudio: E o lado bom é que ela disse que eu sou f*, um pai do c*, um pai muito top (Simone ao fundo "que conversa!"), mas que ela tem certeza que elas serão bem educadas.

MC: Como nasceu a ideia de fazer o instagram e contar o dia a dia de vocês? Tu achas que está ajudando outras pessoas, outros homens?
PM: O instagram já tinha, essas palhaçadas eu já fazia, com os meus cachorros, fazia com Simone as brincadeiras. Ele era bloqueado, até que abri para as pessoas verem. Eu acho massa, eu acho muito legal. Se está ajudando eu não sei, a minha ideia nunca foi "dica de chupeta", "dica de mamadeira", eu não vou dar dica, tô fora, eu vou mostrar como é a minha vida. Não sei se estou ajudando outros pais, porque na grande maioria eles acham que sabem de tudo, pois homem acha que sabe de tudo e homem é uma m* não sabe de nada, ainda mais nesse assunto. Mas eu acho muito legal, eu vejo pessoas com 30 mil seguidores que eu vou ver foto e tem 200 curtidas e nenhum comentário. O que eu mais gosto são os comentários, críticos ou não, eu acho muito legal o retorno das pessoas.


Bom, eu tenho que agradecer ao Eduardo e a Simone que toparam conversar comigo e falar pra vocês um pouquinho mais da vida deles.
Sigam o Edu lá no instagram @pai_das_marias , vocês não vão se arrepender é garantia de risadas na certa.

A dor da mudança

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Como eu já comentei aqui, estamos nos mudando. Vamos embora para Porto Alegre no começo do ano, meses atrás era algo super esperado e pedido por nós, mas aos poucos isso foi mudando. Eu comecei a trabalhar, conhecer mais pessoas, fazer amigos e a vontade absurda de ir embora foi sendo abrandada.
Ela era cada vez mais abrandada quando via a Malu feliz com os coleguinhas da escola, com o sorriso que abria toda vez que chegava lá, com a preocupação das professoras com ela. Isso também ocorreu quando começou a fazer o ballet que tanto adora, com a recepção das meninas mais velhas e o carinho que a professora tem com a bebezinha da turma. A Malu já é reconhecida no supermercado e todos já a chamam pelo nome com um carinho absurdo. E assim foi ficando a nossa vida nesse ano em Cachoeira. 
Sei que para o marido é ótimo para a profissão dele e para nós também por estarmos numa cidade maior com vários amigos por perto, vários dos nossos padrinhos de casamento moram em Porto Alegre. Tudo parece ser maravilhoso, mas aí que vem a dor.
Como eu disse num post sobre escolher a escolinha, não acho legal levar o filho na primeira visita, mas com o nosso tempo super curto fizemos isso. A gente conseguiu agendar algumas escolinhas e escolas regulares numa manhã e não tínhamos com quem deixar a Malu e ela foi conosco. Ela amou duas escolas que também amamos, mas isso pesou na nossa volta pra Cachoeira.
A Malu sentiu que algo diferente está prestes a acontecer e estou com outra criança em casa. Sei que foram muitas mudanças juntas para cabecinha dela, ela tinha largado a chupeta fazia pouco tempo, estava desfraldando e em compensação ganhou uma gatinha, mas que também é uma mudança e mais a nossa mudança de fato. É claro que rolou uma tensão durante algumas semanas com a função toda de procurar apartamento e ela tendo que ir conosco pra Porto Alegre.
Depois do primeiro final de semana em Porto Alegre ela voltou outra, super chorosa, respondona e briguenta. Já mordeu alguns colegas, ontem, depois de eu pegar os uniformes dela da escola para vender no bazar da escola e eu explicar o motivo de levá-los, já que ela disse que eram dela, também me mordeu. Eu sei que as mordidas são pedidos de socorro e eu estou morrendo por dentro por causa disso.
Todo mundo me explicou como trocar fraldas, colocar pra dormir, diminuir a cólica, ensinar a fazer xixi no vaso, estimular a caminhar, mas nunca ninguém me explicou como lidar com a dor do filho por algo que não tens como mudar. Sempre escutava que filhos de militares se acostumam com a mudança, mas até ela se acostumar... Ela não entende que lá ela vai ter os avós mais próximos, já que minha mãe consegue ir com mais facilidade, meus sogros também e o meu pai mora lá. Ela não sabe quais são as vantagens de morar numa cidade grande, numa capital. Ela só está sentindo que está deixando o lugarzinho dela, os amiguinhos, a escola, as tias...
Ela já conhece os pais dos coleguinhas, mesmo quando os colegas não estão com eles. Ela olha um pai ou uma mãe e já fala, "ohh o pai do Guilherme", "ohhh a mãe da Isa", "o Chico já chegou, olha a mãe dele". Ninguém perguntou para ela se queria essa troca e cada dia ela me mostra que não queria. 
Ela amou a escolinha que provavelmente ela vá no próximo ano, a escolinha é ampla, tem várias atividades bacanas, uma pracinha enorme cheia de brinquedos, aulas de inglês, ballet... Mas ela não entende isso e eu nem sei como mostrar a ela que é bacana.
Não adianta alguém me dizer que ela vai se acostumar, ela até pode e provavelmente vá, mas até esse momento eu faço o quê com a dor dela? O que eu devo fazer para amenizar? E nesse momento ainda tenho que aguentar os campos do meu marido que tanto semana passada como essa os deixaram fora por alguns dias. Ela sente demais a falta dele, qualquer barulho na porta ela já fala "papai, papai" e eu tenho que dizer "papai está trabalhando, filha. Vai demorar pra chegar!". Tento até explicar como controlar o tempo de que ela tem que dormir hoje, dormir amanhã, ir pra escolinha e ele vai chegar. Saída da escola a mesma coisa, então no momento que deveríamos estar bem unidos, a profissão chama ele novamente e nos deixa longe. Ontem teve apresentação dela do ballet e ele não estava. Como fazer pra suprir essa falta?
Meu coração está em pedaços, espero que a partir de amanhã com a volta do Daniel pra casa e gente consiga mostrar pra ela que a nossa casa ainda será a mesma, mesmo com a mudança. Que ela terá novos coleguinhas que ela também vai amar e esperamos que seja por muitos anos mais. Que na cidade nova ela terá muito mais coisas legais para fazer e passear, Porto Alegre encanta pelas várias praças espalhadas pela cidade que ela vai poder correr muito. Mas até lá...
Coração de mãe sofre, chora, grita ajuda. Não é o terrible two e sim o terror da mudança, de sair do que já conhece. Sabe aquela história da rotina que eles precisam pra ficar bem para ficar mais calmos, então essa é a demonstração quando não se tem. Ela até tem a rotina dela em casa, mas todo final de semana está sendo mudada com as idas a Porto Alegre e a ansiedade de que algo novo está para acontecer, mas para ela é péssimo, pois ela ama a vida dela do jeitinho que está. O que fazer?!
Eu não sei, nem sei se alguma mãe tem o melhor caminho para isso, eu só sei que a dor dela é a minha e que quando chegar a despedida vou chorar muito, pois sei que naquele primeiro momento ela não vai entender, mas eu vou e dói mais, bem mais.
Obrigada por me escutarem!!!

Beijos. 

Desfralde!!!

Gente, aqui rolou o desfralde!!! Faz umas 2 semanas que eu não tenho mais um bebê na minha casa. Buáááá
Sério, não tem mais mamadeira, não tem mais chupeta, não tem mais fralda. Cadê minha bebezinha? Vou ter que providenciar outro. kkkk Pegadinha do malandro! Espera, Sabrina, espera!
Contei aqui o terror do começo, mas com total felicidade naquele mesmo dia ela fez seu primeiro xixi no vaso e depois só sucesso. Vou contar como foi e assim vai ajudar vocês também.
Começamos o desfralde numa segunda, já que faziam algumas semanas que a Malu pedia pra trocar a fralda logo que fazia xixi ou tirava a fralda pela casa, aí não tínhamos mais para onde correr. Na segunda tirei a fralda e não coloquei para nada durante o dia, nem para levar para a escola, só à noite.
Nenhuma tentativa de fazer xixi no penico deu certo, todas foram um fracasso e ela fez xixi e cocô nas calças. Mas mesmo assim continuamos, não brigamos com ela em momento nenhum, mesmo quando ela fazia xixi logo depois que a gente a tinha levado ao banheiro.
Não pensei em colocar a fralda novamente, pois ela não tinha problema em fazer o xixi e o cocô e nem pedia para colocar a fralda. Então eu via que era questão de tempo. Dá outra vez que tentamos que pareceu que ela queria, ela pedia para colocar a fralda novamente e não tinha interesse no penico. Dessa vez ela já gostava de usar a calcinha e se interessava em ir ao banheiro, parecia que só faltava o estalo pra começar a dar certo.
E assim fomos durante toda semana, até sexta o negócio parecia que não ia dar certo. Pela manhã o marido teve que colocar a fralda nela, pois eu tinha decoração e ele precisou levá-la pro trabalho umas horinhas. Com medo que ela fizesse xixi na reunião com o comandante, ele colocou. rsrsrs Aí ela fez xixi naquela hora, umas 11h30min mais ou menos, foi para a escola e não fez xixi até a hora que fomos buscá-la. Comecei a desconfiar que ela pudesse estar prendendo, mas como a gente com a fralda não tinha tanta noção do tempo que ela ficava sem fazer, preferi esperar. E assim na hora que buscamos, o Daniel tentou levá-la pro banheiro da escolinha, mostrando como era legal, até que a professora dela chegou e já falou "Vamos, Malu, fazer xixi!". Colocou ela no vasinho e não é que a figura fez.
E a gente fez a maior festa, como já tinha sido ensinado por alguns especialistas. Foi aquela farra e a Malu que nem gosta de farra, amou e se empolgou.
Mas ela não tinha feito cocô o dia todo, então essa era outra expectativa. Uma hora depois que chegamos e mesmo já tendo a levado ao banheiro, o cocô escapou e ela fez na calça. Gente, ela ficou desesperada, chorava sem parar por ter feito o cocô na calcinha. Morri de pena e conversei com ela dizendo que não tinha problema, que isso poderia acontecer. Mas eu entendi que ela queria aquela farra novamente e por isso estava tão triste. Só que com essa ideia dela, ela trancou uma parte do cocô e quando a colocamos no troninho ela terminou de fazer e ficou na maior felicidade. Fizemos toda farra de antes e ela super se empolgou.
Juro, que depois daquele meu post do "Desfraldando" eu achei que o negócio ia demorar, mesmo com toda paciência do mundo. E nos surpreendeu ter sido dessa forma, acho que a nossa paciência com ela ajudou bastante. 
Depois desse dia, ela começou a pedir pra fazer e aquele Deus nos acuda correndo pro banheiro e também a colocamos quando vemos que já deu um tempo razoável dela ficar sem fazer. O cocô que foi meio demoradinho, mas normalizou, nessa tal sexta ela fez meio na calça e meio no troninho e no sábado ficou sem fazer. Fiquei com medo, mas sem pressão. Ela dizia que queria fazer, levamos ela e nada. Até que no domingo a vontade apertou e eu fiquei só observando pra ver o momento de atacar. 
O momento aconteceu quando ela estava vendo a dança dos famosos no Faustão (sim, ela ama. Dança sem parar), vi que estava começando a mexer no bumbum e disse a ela se queria, ela disse que sim, mas quando o Daniel foi levá-la, ela teve um ataque, pois queria ver a dança. 
Gente, não tive dúvida, peguei o troninho, coloquei na sala e ela fez seu primeiro cocô no troninho vendo o Faustão.kkkkk E depois foi tranquilo, ela perdeu o medo e começou a fazer direto no vaso.


Umas duas semanas depois, nem sei se chegou a isso tudo, conversando com a professora da Malu falei que ela ainda usava a fralda durante a noite e ela disse pra eu tirar, pois poderia retroceder. Não tive dúvida e tirei e deu certo!!!!! Não precisamos mais de fraldas!!!!
Até hoje temos um resultado quase de 100% de acertos, só teve uma escapada dentro da escolinha, pois estava pagando a escola e ela brincando na biblioteca e se empolgou e fez xixi e uma à noite, mas achamos que a calcinha apertou demais e não aguentou. Mas acho que está um número bom, né?! Pra mim está ótimo, ela já sabendo fazer xixi e cocô no lugar certo já é uma grande vitória e sei que pode acontecer os erros, mas zero de ficar brigando por isso.
O que fizemos que acho que foi o que deu certo:
- primeiro, a criança tem que querer. Ela tem que mostrar interesse em não usar mais a fralda e o maior sinal é tirando a fralda logo que faz xixi ou cocô. Seu filho ainda não fez isso? Então espere mais um pouco.
- muita gente fala que a criança tem que começar a pedir pra poder tirar a fralda, mas aqui em casa não aconteceu, então acho que isso é só um detalhe.
- muita calma, paciência e zero de brigar com seu filho. Fez xixi e cocô na calça, limpe e vá dizendo que é legal fazer no vaso, que o papai, a mamãe, o amiguinho tal, a amiguinha tal, a vovó e mais quem for importante fazem no vaso e que é muito mais legal. Mesmo que a criança faça xixi no lugar mais inapropriado do mundo, brigar não vai adiantar e pode ser que o teu filho ache legal para chamar a tua atenção, então pense bem antes de brigar, além de que pode rolar um trauma e acontecer tudo ao contrário do que queres.
- não colocar a fralda para andar no carro. Alguns trajetos podem ser maiores, mas colocar a fralda pode fazer com que tudo retroceda, então procure outras formas. Sempre antes de colocar a criança no carro tente que ela faça xixi e uma opção caso a criança não faça e pode vir a escapar xixi é usar aquelas fraldas que se usa para transportar cachorro, ela parece um tapetinho e tem como cobrir o assento da cadeirinha sem problema.
- mostre ao seu filho onde fazer o xixi, mostrando como tu fazes. Sim, toda vez que fores ao banheiro o leve junto e mostre como se faz o xixi. Para o menino sempre é mais fácil, mas pra menina a mamãe vai ter que abrir as pernas e mostrar da onde está saindo, mas assim elas captam melhor, já que com a fralda as crianças não tem muita noção de onde sai e como fazer.
- levar de meia em meia hora pode ajudar, mas comece a observar os momentos que teu filho faz o xixi e o leve só nessas horas, pois é mais fácil de acertar e não irrita tanto a criança.
- e quando ela acertar faça muita, mas muita farra, pois criança ama festa e isso será um incentivo pra ela continuar se esforçando em fazer sempre no vaso.
- veja onde seu filho gostou mais de fazer xixi e leve sempre ao mesmo lugar. Depois de um tempo ele passa a não se importar de trocar e até pede a troca, mas no começo pode ficar como identificação. 
- e tenha paciência quando ele estiver sentadinho tentando fazer, pois caso mostres pressa ele também vai ter e assim não fará nada.

Acho que foi mais ou menos isso que fizemos por aqui. Ahhhh e por último, algo não menos importante, na verdade suuuper importante, caso teu filho esteja na escolinha, esse processo tem que ser em conjunto, pois só assim dará certo. Não adianta desfraldar em casa e não na escola e também não adianta a escola começar o desfralde e em casa não acontecer. Por isso uma vez tirada a fralda e notares real interesse da criança não coloque mais só por ser mais conveniente pra ti em tal momento.
E, sim, caso o teu filho esteja trancando tudo e não aceitando muito bem esse desfralde, retroceda e coloque a fralda novamente. Pois forçar não será legal e caso seja um desfralde precipitado ele pode ter problemas de prisão de ventre.
Força na peruca amigas!!!

Beijos.

Tchau, Chupeta!!!

E assim minha bebezinha vai crescendo! Sim, conseguimos dar tchau para chupeta aqui em casa. Fácil? Não foi, mas conseguimos.
Aqui em casa sempre rola algumas tentativas e vemos até onde dá, nunca desistimos nas primeiras vezes, mas não queremos nenhum tipo de sofrimento. E nesse estilo demos adeus a chupeta, aquela que um dia já foi muito amada, mas agora era completamente odiada. Já contei aqui a nossa relação de um dia amor.
Sim, ela foi embora e eu como mãe tive o coração apertado nas primeiras vezes, mas vi que ela não era mais tão "útil" como um dia tinha sido e agora só estava prejudicando a Malu. E também vi que a Malu conseguia viver sem ela perfeitamente e sem sofrimento, acho que a gente que faz mais show do que as próprias crianças. A gente que se apega mais que eles e assim conto a história e já ajudo vocês um pouquinho a se livrarem dela também sem traumas.

Minha bebezinha que usava sempre quando estava pra dormir


A Malu começou a usar chupeta quando tinha 1 mês e meio mais ou menos, nunca passou o dia inteiro, mas deixava mais tempo do que ela necessitava. Quando ela foi crescendo começamos a diminuir o seu uso, pois não queria que afetasse o desenvolvimento da dentição e nem da fala, assim o uso foi restrito para hora do sono e chororôs. Malu nunca saiu pra passear com a chupeta na boca, ainda mais depois que começou a caminhar.

Nos passeios sempre sem chupeta e mesmo assim zero de choro


Ela foi crescendo mais e em mais momentos a chupeta era retirada. Quando ela entrou na primeira escolinha eu mandava, pois ela ainda era muito pequena. Quando trocou de escolinha, no começo eu mandava e as professoras do berçário I usavam esporadicamente.
Quando a Maria Luísa passou pro berçário II eu mandava na bolsa e nem lembrava de avisar as professoras e assim as sonecas da tarde na escola eram tiradas sem chupeta. Um dia conversando com a professora dela a professora se espantou ao saber que ela chupava bico, pois na escola nunca tinha pedido. Foi aí que eu vi que a gente se apega mais do que as crianças, pois se ela estivesse cansada ia dormir com ou sem chupeta, mas claro que em casa rolava sempre uma manha.
Aí comecei a nem colocar mais o bico na bolsa da escola. E aos poucos fomos evitando de dar nos momentos de choro e vimos que ela só precisava de um consolo nosso e a chupeta era só uma muleta que cada dia mais era desnecessária. Já que agora manha a gente não dava mais bola, diferente de quando bem bebê, e choro de verdade um abraço, carinho e afago resolveriam muito mais.
O meu maior problema com a chupeta era quando ela ia dormir, pois via que era nítido que dificultava na boa respiração, sempre fiquei com medo dos dentinhos ficarem tortos e até da fala, mesmo ela não usando durante o dia. Nas épocas de resfriados fortes era um caos, pois ela queria usar, mas não conseguia respirar. Era horrível!
Depois que ela fez 1 ano e começamos a ver que ela entendia um pouco mais, toda vez que ela queria o bico ou pegava a gente perguntava se ela ia dormir. Assim, ela foi entendendo que era somente para a hora de dormir e aceitava não pegar ou entregar quando acordava. Isso foi com muita paciência, pois ela tinha que entender. 
Ela entendeu tanto a ideia de que era apenas na hora do sono que chegava a tirar da boca dos amiguinhos a chupeta deles e ficava furiosa se o amiguinho não tirava. Isso aos poucos a gente foi explicando ela parou de tirar dos amiguinhos, mas a gente via que ela entendia quais seriam os horários certos, mas não incomodava mais os amiguinhos.
Quando ela completou 2 anos foi quando começamos a tentar tirar, mas sempre tinha um choro, um drama e acabávamos cedendo. Mas na semana do dia das crianças teve a festa do pijama na escola e ela ficou lá até meia noite e quando fomos buscar ela tinha dormido sem chupeta e tranquilamente. Aí foi o que precisávamos, mesmo que ao chegar em casa pediu e chorou e a gente deu.
Isso foi numa quinta, na sexta fomos pra casa da minha mãe e esquecemos o bico no carro, como o nosso carro fica numa garagem fora do prédio quando estamos lá, não tinha condições de ir buscar. E assim ela dormiu pela primeira vez sem chupeta. Reclamou um pouco, mas demos uma bonequinha que ela abraçou e dormiu, já que estava cansada nem reclamou muito.
Passamos o final de semana por lá e ela usou a chupeta pela última vez. Na segunda começamos vida nova, gente eles choram um pouco, mas conversando cantando, rezando, contando historinha eles esquecem. E foi assim aqui em casa, a Malu pediu e não falamos nada, quando foi deitar pediu novamente chorou um pouco e o meu marido começou a cantar com ela, depois rezou e ela dormiu sem chupeta. Os dias que se seguiram foram assim, mas aos poucos ela foi dormindo sem, até que no 4º ou 5º dia ela nem lembrou de pedir e não chorou, não reclamou. Antes disso, acho que umas 2 semanas antes, os sonos da tarde aqui em casa também eram sem a chupeta.
Na primeira/segunda semana ela não podia ver criança na rua com chupeta que já falava, mas depois a gente começou a ver que quando ela falava era pra mostrar que eles usavam e ela não precisava mais. Agora ela já trata naturalmente, tanto que a maioria dos coleguinhas dela usam e ela nem se importa.
Se vocês querem uma dica real, caso teu filho use durante o dia, quando passeia de carro, quando vai pra escola... comece a tirar esse hábito. Ele não precisa da chupeta, isso já ajuda na fala dele, na respiração durante o dia e vais ver que até a alimentação pode melhorar. Deixe a chupeta só para os momentos mais críticos como sono e um chororô sem fim, mas tenha cuidado com esses chororôs que normalmente são manhas e eles querem atenção e não é a chupeta que eles realmente precisam. 
A dona chupeta ainda anda aqui em casa, mas está escondidinha. A gente até pensou em ela levar pro Papai Noel pra ganhar um presente em troca, mas preferimos não arriscar com um drama na hora. Vai que ela muda de ideia?!rsrsrs

Beijos. 

Publicidade dirigida à criança

Vocês não imaginam a minha felicidade quando eu soube que o tema da redação do ENEM foi sobre publicidade dirigida à criança. Meu trabalho de conclusão de curso no Direito foi sobre esse tema e eu já falava sobre isso em 2010, tema nada novo, mas pouco discutido e nada resolvido.
No domingo tive um fio de esperança que ainda durante a infância da Maria Luísa não tenham mais propagandas que firam a infância dela. Pois jovens com mais ou menos 18 anos puderam saber um pouquinho o que os pais deles passaram e que se continuar assim eles também passarão com seus filhos.
Mães de bebês ainda podem não sentir esse efeito da publicidade que é feita para as crianças, mas aos poucos vocês vão se apresentando com esse mundo sujo das propagandas brasileiras. Os publicitários colocam a culpa nos pais que precisam educar os seus filhos para eles saberem avaliar se aquilo é bom ou não para ele. Mas é sério que eles querem que crianças de 2, 3, 4 ou 5 anos tenham esse discernimento?
Vemos uma enxurrada de comerciais que muitas vezes não vendem artigos infantis, mas colocam nossos filhos como reais consumidores. Quantas vezes vocês viram propagandas de carros que usam crianças, de bancos e até de materiais de limpeza?! E eles não são os consumidores diretos disso e não deveriam ter o poder de escolha, mas as publicidades são tão brutais que fazem isso com nossos filhos e muitas vezes os pais ficam reféns desses publicitários que estudaram muito, fizeram pós-graduação e agora dizem que a culpa é nossa que não ensinamos nossos filhos.
Nós mães damos uma ótima educação para as nossas crianças, mas o poder de musiquinhas, bichinhos, super heróis ainda nos vencem, infelizmente. Quantas vezes tu viu uma criança chorando e se jogando no chão pedindo algo ou quantas vezes tu mesmo quando pequeno achava que se não tivesse a bicicleta de tal marca, a sandália assim, o lápis assado seria menos que outros coleguinhas.
Ou pior quantas vezes sofresse pois teus colegas te olhavam feio por não teres o tênis da marca tal que todo mundo estava usando e aparecia naquela propaganda cheia de desenhos animados. "Eu tenho! Você não tem!" te lembra alguma coisa? Pois era uma campanha publicitária quando ainda éramos pequenos de uma tesoura que vinha com um personagem de desenho animado na ponta. E quem não pediu uma caloi com "Pai, não esqueça a minha caloi"? Muita gente!!! 
Agora nós sofremos com isso. Estou abismada por ainda ter uma campanha publicitária, que hoje ainda vi, que a mãe vai brincar com a criança que está brincando de casinha e pega o produto de limpeza e aparentemente coloca na máquina de lavar de brinquedo da criança. Alguém pode pensar "ahh Sabrina, mas com certeza dá pra notar que a mãe não colocou o produto ali dentro do brinquedo". Claro! Seu filho ainda ri quando alguém faz aquela brincadeirinha que tu consegues tirar a ponta do dedão com a outra mão? Se sim, o teu filho vai achar que pode brincar com os teus produtos de limpeza sem problema. 
Quantas crianças param nas emergências por terem tomado algum tipo de produto de limpeza? Quantas crianças se acham super heróis só por terem ganhado a sandália de algum personagem e se jogam de lugares altos e se machucam feio parando em hospitais? Eu não quero que a minha filha seja uma dessas crianças e por isso eu luto e reclamo que algo tem que ser feito.
Antes que qualquer pessoa fale que isso seria uma forma de censura, afirmo e reafirmo que não. Censura seriam para os órgãos de imprensa proibidos de NOTICIAR o que acontece. Propagandas são publicidades apenas com o intuito de venda e não deve ferir a infância dos nossos filhos. As crianças estão na idade de brincar e não pensar em crescer antes do tempo, não pensar no carro mais legal. Vamos nos conscientizar!!! 
E se tu és um publicitário ou uma publicitária lendo esse texto, pense que existem milhares de outras formas de vender um produto sem ferir a infância dos nossos filhos. Eu não quero que a minha filha ache que quando come um tal fast food ela é mais legal que outros e que com um refrigerante ela abre a felicidade, pois nas peças publicitárias eles mostram crianças muito felizes ingerindo esses produtos e eles são todos lindos, saudáveis e praticam esportes e falam diretamente com os nossos filhos para eles fazerem o mesmo, pois só assim serão mais felizes que os outros que não fazem o mesmo.
Crianças livres do consumismo!!! Que nossos filhos sejam mais felizes com alimentos sem publicidade, que todas as crianças pulem de alegria com um tomate, uma cenoura... Que a minha filha continue pulando de alegria com isso e não com roupas da porquinha, da galinha, da ratinha...

Créditos na foto



Beijos. 

Desfraldando

Foto: Vadim Ponomarenko/Shutterstock

Gente do céu, estamos começando o desfralde aqui em casa. 
A Maria Luísa ainda não está fazendo xixis para todos os cantos, mas até por isso acho que fico preocupada ou nem sei se é para preocupação. Ela consegue segurar por bastante tempo o tal xixi, fica horas sem fazer, mas mesmo assim não tem jeito de fazer no tal troninho.
A Malu não é aquela criança que quer ser grande, ela adora ser chamada de bebê. No ballet ela é a "bebezinha" e ama ser chamada assim pela professora e pelas coleguinhas. Eu fico na dúvida se acho isso um problema ou não, mas na verdade é que ela não dá muita importância em ser uma mocinha ainda. 
Lembro que na mesma idade a minha afilhada ficava brava se a gente chamava de bebê, ela era uma mocinha e bebês eram os primos menores. Mas a Malu necas de querer ser a mocinha, a única coisa que a convence é ser coisa de bailarina. Se bailarina faz, ela quer fazer, se mocinha faz, ela não está nem aí.
Tô começando a achar que eu tinha que trocar o título desse post para dúvidas de uma mãe sobre o crescimento da filha. rsrsrs Sério! Eu fico na dúvida se tento estimular essa história de querer ser mocinha ou não, pois na verdade ela não é uma mocinha, ela ainda é um bebê de 2 anos. Acho até que já falei um pouco disso por aqui em outro post. 
Mas a verdade é essa, estou na dúvida de como agir com a Malu nesse período. E agora veio o desfralde que normalmente tu usas esse argumento de ser mocinha ou mocinho pra criança se empolgar, mas por enquanto nem tento, pois vejo que ela não está muito nas pilhas de ser mocinha e fica até achando estranho. Tenho medo dela ficar triste em não ser mais bebê.
O desfralde veio não por ansiedade nossa e sim por sinais dela. Comecei ele com a maior tranquilidade, teve uma época que ela mostrou começar a se incomodar com a fralda, mas tentamos e não deu e resolvemos deixar pra lá. Agora ela começou a se incomodar bastante com a fralda, fazia xixi e já vinha avisar que tinha feito e queria trocar a fralda, caso a gente demorasse um segundo ela tirava sozinha. E isso já aconteceu na hora no cocô e não foi muito bacana, pois sujou chão, roupa, brinquedos... Aquela m***dança.rsrsrs Mas vocês já imaginam com quem ela estava quando aconteceu isso, né?! Com o pai, é claro!
Com esses sinais, resolvemos começar as tentativas. Voltamos a mostrar o troninho e começamos a deixá-la sem fralda só com a calcinha. O primeiro dia de tentativas e só erros foi segunda, hoje quinta e ainda não tivemos nenhum sucesso. A Malu não fez xixi nenhuma única vez se quer no troninho e nem no vaso na escolinha. Zero total!!! 
Não estou estressada com isso, só com uma leve frustração. Queria que pelo menos uma vez tivesse dado certo, mas ela parece ainda não entender o mecanismo xixi e cocô. Aí a solução é deixá-la de calcinha o máximo de tempo possível para ela entender onde sai o xixi e onde sai o cocô e o que ela faz para que eles saiam.
Também não brigamos com ela quando faz no lugar errado, só explicamos onde deveria ter feito, mas sem estresse algum. Ela até acha bacana a história de ir ao banheiro, ama andar de calcinha de "bailarina", mas xixi que é bom no penico, necas.
O problema é que por coincidência ou não o terrible two voltou com força total. Sério, ela está me deixando doidinha dessa vez, acho que um pouco mais doida, pois da outra vez foi punk também. Está acordando mais cedo que o normal, não quer voltar a dormir, reclama o dia todo, tudo é não, não escuta quando chamo, faz maldade com os bichos em casa e com os amiguinhos na escola. Aí eu não sei se foi o desfralde que causou isso ou se é mais um período de crescimento que vai me deixando maluca. Eu só sei que eu dava tudo por um spa. Pois o negócio tá o caos, desfralde, teimosia, mudança, procurando apartamento, escolhendo escola, acelerando as minhas decorações e o blog me pedindo cada vez mais atenção. Alguém me manda um rivotril, por favor!
Uma coisa é certa, estamos desfraldando!!! A Malu está indo para a escolinha sem fralda e isso inclui a ida no carro (o bom de Cachoeira é isso, em 5 minutos estou na escola). Vou procurar novos mecanismos para ajudar, a ideia agora é comprar livrinhos para estimular a minha mocinha, opa, mocinha não, bailarina e tentar ver se ela se empolga um pouco mais com a história de não usar fralda.
Aceito todo tipo de sugestão, simpatia, reza, desde que dê certo.
Também resolvi assumir essa vontade dela de não usar fralda, pois, em princípio, a Maria Luísa vai para uma escola regular o ano que vem. Aqui estávamos na dúvida, mas com a mudança resolvi que fazer uma adaptação o ano que vem e depois ter que fazer outra no próximo seria completamente desnecessário, então a escola de criança grande vai ser o próximo passo pra Malu. E algumas não gostam muito de aceitar crianças com fralda e ainda mais que eu tenho o problema do corte de idade, já que a Malu é de maio, então quero que ela dê tchau pra fraldinha até fevereiro. Pelo menos a fraldinha do dia ou que pelo menos se não estiver certinha ainda, mas que ela consiga pedir, mesmo que algumas vezes dê umas escapadas. 
Viram como eu sou boazinha, nem quero muito, não estou pedindo perfeição logo de cara. Quero só 1 xixizinho no penico, unzinho! Boa sorte pra mim e para todas as mamães que estão passando pela mesma fase!!!

Beijos.
ps: nos acompanhem no Instagram @mamaeemconstrucao, também temos a página do facebook. E quero comentários, pois eles ajudam muito na direção que o blog deve tomar.


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