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Terça-feira, dia 25/08, o blog completou 2 anos. Como muitas que acompanham o instagram e o facebook do blog sabem, fiz um pequeno evento chamado Coffee Break das Mamães aqui em Porto Alegre para comemorar esse momento tão especial.
E hoje quero contar para vocês como surgiu o blog em mim, na verdade quero contar como os aprendizados de maternidade começaram na minha vida.
Como eu já contei um post de mais ou menos 1 mês atrás, tenho um irmão que é adotado. O Fernando é filho de uma prima minha e nasceu quando eu tinha 8 anos. Acompanhei toda gestação dela, primeiros banhos, trocas de fralda... até que com 1 ano e 3 meses o Fernando ficou lá em casa não mais para ser meu primo, mas meu irmão. E assim consegui acompanhar de muito de perto o crescimento de uma criança sem ser a mãe dessa criança.
Com 9 anos tu já consegues lembrar do que foi feito e ter um pouco mais de noção e a convivência com ele foi o maior dos meus aprendizados maternos. Eu não trocava a fralda dele, mas via a minha mãe e avó fazerem. Acompanhei introdução alimentar, terror noturno, brigas por não querer comer, machucados de todos os tipos de gravidades, de raspão no joelho, a prego no pé, parar uma bicicleta com o pé (foi bizarro), cabeçada em parede pontuda... o Fernando sempre foi craque em formas bizarras de se machucar.
Com uns 12 anos eu fui a responsável pela adaptação dele na escola, pois minha avó faleceu, minha mãe sozinha era a que tinha que trabalhar e até tínhamos uma empregada, mas eu passava mais confiança a ele. Então adaptação de criança que grita e chora sem parar, sou craque! (a Malu foi bem mais tranquilo).
Minha mãe hoje é professora aposentada, mas durante anos além de professora foi diretora de uma escola na zona rural de Rio Grande. E eu e meu irmão vivíamos lá, vivenciando aquele ambiente escolar mais humilde, mas cheio de coisas boas para nos mostrar.
Com 15 anos, achei que trabalhar seria legal e resolvi procurar uma escolinha para cuidar das crianças (fiz isso escondida da minha mãe, só contei quando a dona me chamou para trabalhar), fiquei lá durante umas 2 semanas e a diretora da minha escola não me liberou das aulas do período da tarde que eram Educação Física e Informática e tive que largar os pequeninos de 1 ano que eu cuidava. Mais um ponto para aprender sobre cuidar de criança.
Depois fiz Magistério e durante os 3 anos e meio do curso dei aula para todas as idades, dos pequenos até 4ª série. Peguei crianças calminhas e as mais mal educadas que se possa imaginar. Meu estágio de conclusão foi em uma turminha de 2ª série e eles eram uns amores, abafa o caso de que eles já estão todos na faculdade. Durante o cursinho pré-vestibular tentei trabalhar novamente na mesma escolinha, mas depois da professora titular me deixar limpando vômito de um dos pequenos, minha mãe achou um absurdo, pois ganharia super pouco e ainda ela estava pagando caro no cursinho (vocês viram que ninguém me deixa trabalhar).
Vocês acham que depois que entrei na faculdade de Direito as crianças me deixaram? Nem pensar! 1º ano tinha que fazer uma pequena monografia, escolhi o tema Adoção, Tutela e Guarda.
Depois no 2º ano tinha que fazer um artigo para apresentação em Direito Internacional, optei pelo assunto Meninas da China. Se vocês não sabem lá tinha a política do filho único (agora está um pouco abrandada) e as famílias optavam pelos meninos, então abortavam ou largavam na rua as meninas que eram geradas.
Meu Trabalho de Conclusão de Curso foi Publicidade Dirigida à Criança e ao Adolescente. Enfim, falar de criança sempre foi meu amor e minha paixão.
Acabou a faculdade e eu engravidei. Fui uma das primeiras dos grupinhos de amigos a engravidar e foi muito bacana, pois depois amigas e amigos vinham me fazer várias perguntas de como fizemos o enxoval, chá de bebê, parto, alimentação, primeiro resfriado, amamentação... Cheguei a receber um agradecimento de uma amiga aberto no facebook de como eu tinha a ajudado durante toda gestação e fiz isso à distância. Fiquei super emocionada!
Eu só encontrei blogs maternos depois que a Malu nasceu, os que eu lia achava muito bacana e até me via contando as minhas histórias em um. Mas a minha ideia sempre foi passar em um concurso.
Saímos do Rio, onde a Malu nasceu, chegamos em Cachoeira do Sul, nos ambientamos e procuramos uma escolinha para a Maria Luísa. Ela se adaptou super bem e comecei a me organizar para estudar.
Mas a Maria Luísa começou a ficar direto doente, com várias alergias respiratórias. E não adianta, a mãe é que fica nesse momento.
Até que em julho a médica dela disse que era adaptação demais de clima e escolinha e nos disse para tirá-la da escola. Ela saiu da escolinha e eu fiquei com ela em casa em período integral e tinha apenas uma diarista que me ajudava durante 3 dias. Mas na cabeça da Malu quando ela estava em casa era para ficar brincando comigo e não aceitava que eu estivesse no computador ou com livros. Chorava, batia no computador e eu tive que deixar para depois.
Ela saiu em julho e em agosto eu já estava ficando doida em casa. Conversando com o marido contei que uma amiga que troquei muita figurinha durante a gestação dela estava fazendo um blog e ele me perguntou porque eu não fazia também. Já que seria algo mais tranquilo, eu conseguiria passar o que eu mais gosto de falar, ajudaria outras pessoas e me sentiria útil, além de não ter que fazer os mesmos textos para todas as amigas. Pois ele me conhece e sabe que ficar parada nunca foi uma opção de vida, ficar cuidando da Malu nunca foi uma obrigação, mesmo que cansativo e eu tinha que achar algo que me desse uma certa obrigação mesmo sem ser.
E assim em 25/08/2013, o Mamãe em Construção nasceu. Ele veio com o intuito de ajudar outras mamães, passar todas as minhas experiências com a Maria Luísa, mas também tudo que aprendi durante a minha vida, sendo irmã mais velha, filha de professora, filha de mãe solteira, professora e estudando tudo que envolve o mundo infantil. Também adoro falar sobre casamento, mas isso eu vou aprendendo todos os dias e tento passar o que consegui aprender nesses quase 8 anos de casada. Além de alimentação que aprendi a comer depois que a Maria Luísa nasceu.
No começo ele ficou apenas como um lugar para escrever um pouco o que eu sentia e passava, depois de apenas 4 meses eu quase que o deixei de lado completamente, postava pouco, pois estava focada no começo do meu trabalho como decoradora. Fase bem difícil, pois largar o Direito não foi nada fácil. E apenas esse ano que me impulsionaram a voltar e foi quando resolvi mudar a cara dele e me empenhar mais em cada rede social. Em publicar com periodicidade e pesquisar a fundo o que as minhas leitoras querem e está dando um resultado pequeno ainda, mas gratificante. Toda vez que eu penso em desistir vem uma leitora querida dizendo que eu a ajudei muito em algum período e isso paga muito o tempo que eu fico aqui sentada escrevendo.
O blog nunca teve um intuito comercial, tudo que eu faço nele é com a intenção de ajudar cada mãe. Até mesmo o pequeno evento de terça era para juntar mães, pois sei que muitas vezes com filhos pequenos ficamos sozinhas em casa sem ter com quem conversar. E por isso ele foi feito em um dia de semana e não em um final de semana onde normalmente os maridos estão em casa e vocês já tem alguém para tagarelar.
Eu agradeço a todas vocês e a todos vocês (pois sei que alguns homens também leem o blog) por fazerem com que o blog cresça cada dia mais. A cada visualização, curtida, seguidores, comentários nas redes sociais é uma felicidade imensa e vocês sempre serão uma inspiração. É a partir da necessidade de vocês que os posts são feitos, é a partir das dúvidas, dos medos... Muito obrigada! Muito obrigada! Muito obrigada!
Nós agradecemos muito a vocês!!! |