Nos
dão milhares de dicas de como fazer tudo durante a gestação e depois dela, mas
nunca ninguém nos conta o que realmente passou depois que os filhos nasceram.
Não depois de muitos meses, mas logo após o parto.
O
pós parto parece ser algo que ninguém gosta de contar, mas é a partir dele que
muitas vezes as mães sofrem mais do que o necessário por acharem que não são boas
mães e não fazem tudo como deveriam fazer. Mas acredite, todas nós passamos por
isso.
Comigo
logo que a Maria Luísa nasceu eu não conseguia sentir todo amor que falam que
uma mãe deve sentir, e assim começava a minha culpa. Depois a Maria Luísa chorava
com cólicas e eu achava que a culpada era eu, e lá ia eu me culpar novamente.
Mas
o que ninguém nos conta que muitos desses sentimentos são os hormônios que
estão completamente doidos que fazem com que sintamos tudo isso. Choramos sozinhas
no banheiro, cansadas, estressadas, “gordas”, com dores para amamentar, com
filhos com cólicas, com filhos que não dormem, ou apenas por chorar e nem sabermos o motivo.
Claro
que cada uma tem um motivo diferente, eu chorei muito por achar que não fiz o
necessário para ter o meu parto normal, achava que tinha sido fraca. E nesse
momento não tem ninguém para te ajudar, tem as amigas ativistas que dizem que
fostes iludida por mentiras, que fostes atrás de cesaristas. Outras dizem que
tens que agradecer que o teu filho está bem e ponto. Mas ninguém quer te
escutar, ninguém quer realmente escutar o que tens pra falar, todos querem
enxugar as tuas lágrimas o mais rápido possível, pois “ai que teu leite seque”
e assim guardamos as nossas lágrimas para o nosso quarto, para o nosso
banheiro, para nós mesmas.
Mas
isso é comum, mais comum que possas imaginar. Em um papo entre mães vi esse
mesmo sentimento do pós parto.
Mi
Gobatto
Sempre escutamos, quando você engravidar e blabla, quando seu filho
começar a andar blabla, mas muitas vezes não nos contam que no pós parto
ficamos mais sensíveis, mais choronas, mais carentes, que as vezes (e muitas
vezes, temos um misto de emoção, momentos de felicidades e tristezas se
misturam, dúvidas então estão quase em todos os momentos. Que é um momento
aonde estamos aprendendo muitas coisas novas, e que tudo aquilo que lemos em
livros, internet, ouvimos das amigas/parentes/mães na prática é tudo muito
diferente. Aqui comigo nos primeiros meses, mesmo tendo apoio e carinho do
marido, atenção do pai, ajuda da sogra, mimos das amigas, as vezes me pegava
"triste", sentindo que algo me faltava, em datas comemorativas ficava
mais sensível,mas ao mesmo tempo cheia de alegria por ter meu filho comigo.
Sobre o blog: Para conhecer um pouco mais sobre a Mi Gobbato, mãe do Guilherme, conheça o blog Espaço das Mamães, lá ela divide suas descobertas, passeios, dicas, receitas.
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Alê Nunes
Da Fertilidade à maternidade
O que ninguém me falou é que eu poderia
ter depressão pós-parto. Foi um momento que esperei tanto, achando que seria
lindo, mas infelizmente não foi bem assim. Como não sabia muito a repeito,
achei que toda aquela tristeza era passageira, que ia passar, que eu ia
conseguir melhorar sozinha, foi a pior coisa que eu poderia ter feito, não
pedir ajudar! A depressão foi piorando muito, tinha medo de sair de casa, só
chorava, não tinha fome, comia por obrigação. Graças a Deus não rejeitei minha
filha, mas foram 4 meses que não curti, não aproveitei esse momento com ela.
Até o dia em que uma amiga, vendo meu estado ligou para a minha médica e
finalmente encontrei ajuda. Pelo tempo que esperei, a depressão teve que ser
tratada com medicação pelo psiquiatra e terapia, foram 3 anos e meio de
tratamento, mas que me fez reviver e voltar a vida. Meu conselho para as mães,
se você se sentir mal por mais de 15 dias procure seu médico! Não faça como eu
fiz!
Sobre o blog: a Alê é mãe da Giovana, de 8 anos, e
blogueira do Da Fertilidade à Maternidade, um blog sobre todos os assuntos
da mulher até se tornar mãe."
Instagram: @dfamaternidade
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