Férias na casa dos avós

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Férias na casa dos avós com ou sem os pais é sempre uma diversão. Mas hoje o papo será sobre as férias na casa dos avós sem os pais, como está acontecendo pela primeira vez por aqui, resolvi falar a minha experiência.
Para quem me acompanha nas redes sociais ( Instagram @mamaeemconstrucao ), já sabe que a Maria Luísa resolveu não voltar conosco para Porto Alegre (muito adolescente) depois que as férias dos papais acabaram. As aulas dela ainda vão demorar muito para começar e trazer ela para Porto Alegre para um baita calorão e tendo que aguentar os nossos horários de trabalho, seria muito ruim e por isso entendemos completamente a escolha dela de querer ficar com a avó. 

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A gente já tinha dado uma amostra a ela de como seria, pois no meio das férias viemos para Porto Alegre, pois ela tinha o aniversário de um amiguinho e já aproveitamos para resolver algumas coisas. Ela amou o aniversário do amigo que aconteceu no dia que chegamos, que foi numa quarta, e no outro dia já queria saber quando iríamos voltar pra praia, pois estava chato ficar por aqui. 
E é bem aquilo, shopping e as praças ela tem o ano todo para aproveitar, mas praia, aqui no Sul, é só nesse período mesmo.
Resolvi fazer o relato só agora, pois o tempo de validade dessas férias longe está acabando e queria contar como agimos durante todo esse tempo para que ela ficasse bem, a gente aguentasse a saudade e nossos hábitos de casa não fossem alterados.
...
Tudo certo para voltarmos para Porto Alegre e no meio daquela semana a Malu falou que não queria voltar conosco. Como reagir?! Não amedrontamos ela em nada, falamos que ficaríamos longe durante uma semana e que na sexta voltaríamos (fizemos esse bate e volta todos os finais de semana que ela ficou lá). Ela entendeu e disse que não tinha problema, só pediu um kinder ovo quando voltássemos (aguento). 
O que não fazer quando seu filho toma uma decisão dessas: ficar dizendo "olha a mamãe vai estar muito longe, não vai adiantar chorar", falar na frente da criança que tem medo dele longe, repetir várias vezes que a criança vai ficar com saudade ou que vai chorar. 
O que fazer: não minta. Fale quantos dias tu vais ficar longe e que ela tem que ser uma criança comportada, mas que quando parecer que está demorando tu já vais estar de volta. Dê coragem! Não chore ao se despedir, dê um tchau bem sorridente. Não fuja dele quando tiver que ir embora. Não fique perguntando um milhão de vezes se ele tem certeza de ficar na casa dos avós. Passe sempre segurança, mesmo que tu aches que possa acontecer dele desistir na última hora. E caso isso aconteça, não diga "ah, eu sabia" ou "viu?! Eu falei que ia ser assim" na frente do seu filho. Só pergunte se ele tem certeza que não quer mais ficar, lembre a ele como seria legal ficar lá e se continuar a negativa, é pegar as malas e partir. Essa parte, é claro, se não tens necessidade que teu filho realmente fique na casa dos avós.
Outro ponto, tens que ver se teu filho tem real intimidade com os avós e se eles conseguem dar conta de toda energia de uma criança.Pois se algum desses dois itens forem falhos, pode ter um certo probleminha. 
Como aconteceu o processo de férias por aqui: ela entrou em férias no meio de dezembro, tínhamos que resolver algumas pendências por aqui e só fomos para a casa da minha mãe no dia 21 de dezembro. Marido tinha que voltar de férias no dia 15/01. 

férias escolares

Malu já é super acostumada com a minha mãe, algumas vezes já tivemos que viajar sem ela e ficou com a minha mãe super bem. Algumas vezes foram melhores do que outras, depende sempre de como está a rotina, tempo, acontecimentos...
Nas férias do ano passado a Malu teve que ficar com a minha mãe uma semana, pois o marido já estava trabalhando e eu precisava resolver algumas coisas por Porto Alegre. Não foi tão tranquilo. Ela super aceitou, mas na hora que tínhamos que ir embora, ela dormiu e não nos viu sair, então quando acordou e não nos encontrou, chorou. Reclamou ao telefone, mas expliquei que ela estava cansada e dormiu e a gente não queria acordá-la. Entendeu mais ou menos, mas ficou bem durante alguns dias. Mas na quinta-feira o tempo de validade dela já tinha vencido.
Dessa vez a coisa toda partiu dela, eu já estava certa de que teria que me virar em mil para conseguir dar conta de tudo, mas ela me surpreendeu. Mas dessa vez agimos diferente na hora de ir embora, mesmo ela estando cansada não deixamos que ela dormisse, passeamos com ela e deixamos ela e minha mãe no lugar que iam passear e demos tchau. Foi muito tranquilo! Durante o dia ela viu a gente arrumando as malas e veio cheia de perguntas e falou que ia sentir saudade da gente e não mentimos e falamos que a gente também ia sentir saudade dela. A reação dela foi ótima, ela ficou feliz em saber que também sentiríamos muita saudade dela. Acho que isso foi um reforço para ela entender que não amamos menos ela por isso, que a saudade que ela sente da gente, a gente também sente dela.
Durante toda a semana ligamos para Malu todos os dias para falarmos com ela e sabermos como foi o seu dia. Foi super tranquilo, ela começou a sentir saudade na quinta, mas não cogitou a hipótese de voltar conosco no final de semana. Claro que ficou triste de ter passado tão rápido, eu acho até que eu fiquei mais triste, pois no sábado chorei já pensando na separação, mas não falei nada para ela desse sentimento. 
Ajudou muito a priminha alguns dias estar com ela lá, pois brincaram bastante e isso fez com que o tempo passasse bem mais rápido. Malu ao todo, em princípio, pois afirmou que volta neste final de semana, ficará 4 semanas com a avó e nós nessa ida e volta todo final de semana. 
Minha sobrinha não ficou todo esse tempo lá, mas minha mãe todo dia inventa alguma coisa para fazerem, praia, supermercado, pracinha, veterinário.. sim, veterinário. Nessa idade é legal que para a criança qualquer tipo de passeio é muito legal, supermercado é sempre uma festa, levar os bichinhos da minha mãe no veterinário foi uma super diversão, com direito a se pesar na balança que pesam os cachorros. 
Outro item importante para que dê certo essas férias na casa dos avós, é o item alimentação. Os avós devem aprender a respeitar o que os pais entendem como certo para a criança. Eu sou super chata com a alimentação da Malu no dia a dia, esporadicamente deixo comer doce, chocolate... Aqui é zero refrigerantes, achocolatados, bolachas recheadas, danoninho só quando ela vai em algum lugar que tem e ela quer, mas ainda tento fazer uma troca, do contrário também não rola. 
Então minha mãe tem que respeitar essa parte, se não, não existe possibilidade dela ficar com ela. Confesso que nem sempre é fácil esse papo com a minha mãe, já tivemos problemas por causa disso. Mas ela bem sabe que sou chata e que caso ela faça diferente, eu corto as idas da Malu sozinha para a avó, mesmo que eu precise, pois prezo muito uma alimentação saudável para que ela tenha sempre uma excelente saúde. Pois casos de obesidade, pressão alta, câncer, problemas cardíacos são frequentes tanto na minha família como na do meu marido. 
Sobre horários pra dormir, eu já resolvo ser mais flexível. Pois sei que quando ela voltar pra casa resolvo isso, mesmo que demore um pouquinho. E lá na minha mãe, ela dorme com a avó. Algo que também é diferente aqui, mas ela está com 4 anos e já sabe que aqui em casa é diferente, antes era bem mais complicado.
O que também não ajuda para que a experiência seja satisfatória, é contar coisas bacanas que tenhas feito com o marido sem a presença dos pequenos. Como ir ao cinema, ir no shopping... atividades que a criança gosta de fazer com vocês. Mas, claro, se perguntar, não minta. 

cinema
Nossa saidinha sem a Malu

Por aqui, as férias na vovó parecem estar no fim. No último final de semana ela falou que voltaria conosco, mas como ainda tem aniversário da prima neste final de semana, pedimos para ela ficar mais uma semana. Pois trazer todas as tralhas num final de semana e voltar com tudo no outro, não é legal. Ela aceitou super bem, mesmo ficando mais resistente quando fomos embora, mas por enquanto está tudo bem. Então, neste final de semana férias em Porto Alegre ativar!

férias escolares

E vocês tem experiência com os filhos de vocês de férias na casa dos avós? Me conte, pois quero muito saber como fizeram.

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