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"Descobri que estava grávida com 36 semanas"

Vocês sabem o quanto eu amo histórias especiais sobre a maternidade. Aí um dia eu me deparo com um instagram que no perfil diz "Descobri minha gestação com 36 semanas". Oi?! Como assim?! Me conta essa história e a Dani veio contar, não só para mim, mas todas vocês.

"Tomei por mais de 5 anos anticoncepcional sem interrupções e por volta de outubro de 2013 (não sei ao certo o mês) fiz uma pausa, pois estava há mais de 5 anos sem menstruar e não sei porque naquele momento achei que deveria o fazer.
Fiz a pausa normalmente, menstruei e tornei a tomar o medicamento.
Tinha acabado de ser admitida numa nova empresa onde meu marido já trabalhava há uns 2 anos, estava na fase de mostrar serviço. Fazia parte da administração mas sempre ajudei em TUDO.
Essa empresa faz a publicidade de um evento grande aqui na minha cidade, então próximo a janeiro estávamos num ritmo completamente louco de trabalho, era esse trabalho grande e estávamos de mudança da sede da empresa para um local maior. Íamos para casa por volta de 1h da manhã, comíamos um miojo, íamos dormir e por várias vezes eram dias sem almoço ou comendo miojo também, ou só besteiras.
Em janeiro a dona da empresa descobriu que estava grávida, e como já estávamos "amigas", eu não deixava que ela fizesse nada na mudança. Tudo era eu que carregava as caixas, os pesos... 
Além de toda a correria no trabalho, nos finais de semana em casa estava em obra, e tudo feito pelo marido, pelo meu sogro e como sempre fui de ajudar, lá estava eu carregando baldes e baldes de cimento.
O único incômodo que era constante em mim eram as azias. Nossa era demais. Chorava de tanta azia e com isso provocava o vomito, porque isso me aliviava muito. 
Teve um dia que vomitei sangue, aí pronto, foi o desespero. Tinha histórico de câncer na família, então só conseguia pensar nisso. Tudo era coisa ruim. 
E todos os sintomas que eu tive, foram todos amenizados e amedrontados pelo temido câncer. 
Minha barriga cresceu sim. Mas sempre fui acima do peso. Nesse ponto imaginei que estava engordando mais ainda. O bebe mexeu sim. Mas eram somente gases.
Gente eu tomei anticoncepcional mais de 5 anos, não tinha uma vida nem um pouco saudável, e estava muito acima do peso, NUNCA poderia ser um bebê. Não existia essa possibilidade e na verdade nem passava pela nossa cabeça. 
A única coisa que eu pensava era no pior. Uma doença grave. 
No dia do primeiro jogo do Brasil nós fomos liberados mais cedo do trabalho. E o que fizemos!?!? Fomos fazer obra. Terminar de acimentar a parte de fora da casa. Agora pensando acredito que eu estivesse com uns 8 meses. Eu carregava o balde que meu marido mandava pelo muro, jogava no chão e agachava para alisar com a colher. 
No dia 23 de junho, jogo do Brasil eu não estava aguentando de dor na barriga. Era uma cólica terrível que eu não conseguia nem ficar em pé.
Liguei para minha tia (meus pais são de outra cidade) e pedi que ela me levasse ao hospital. Chegando lá o médico rapidamente me encaminhou para uma ultra de emergência. Foi quando aconteceu a surpresa. Naquela ultra tinha um neném, enorme de 3kg na minha barriga. Um menino.E aparentemente eu estava com 35 semanas ou 36.

39 semanas

Fiquei em estado de choque. Não sabia como contaria aos meus pais. 
Minha primeira pergunta ao médico que fez a ultra foi se ele tinha todos os dedinhos, mas o médico falou que o bebê estava muito grande e não dava para ver.
Liguei para o meu marido e ele se manteve numa calma enorme. Hoje ele diz que foi porque não ia adiantar ele ficar nervoso, já que eu estava em pânico.
Voltei para o trabalho, respirei fundo e liguei para o meu pai (minha mãe é mais desesperada) aí falei que eu estava grávida. Ele ficou super feliz. Falei que estava com 8 meses. Ele respirou fundo, não perguntou nada e nem me condenou, só falou que ia avisar a todos da família e que ia dar tudo certo.
Nesse ponto o neném já era a felicidade de todos. Meus pais já estavam vendo berço, roupinhas, afinal, pelas contas da ultra eu devia ter 1 mês mais ou menos para arrumar tudo.
Trabalhei mais 1 semana e depois fui para Niterói para minha primeira consulta pré natal. Dia 30 de junho. 
Ele mandou que eu não voltasse mais ao trabalho, pois como não sabíamos ao certo com quantas semanas eu estava eu poderia entrar em trabalho de parto a qualquer momento. O médico se mostrou super tranquilo em relação a tudo.  
Mas num determinado ponto da conversa, ele preenchendo minha ficha, perguntou se eu tinha alergia a alguma coisa. SIM, A LÁTEX. 
Aí sim surgiu a preocupação.Eu precisaria ter meu filho numa sala completamente "latex free" e em Niterói ele não sabia se o hospital do meu plano conseguiria montar essa sala se eu entrasse em trabalho de parto.
Mas como Deus a todo momento esteve com a gente e cuidando do meu Bê. O celular dele apitou. Era um grupo do whatsapp onde médicos do Hospital Federal Servidores do Estado comentavam de uma paciente com alergia a látex que daria entrada no mês seguinte na maternidade.
Eis que a luz acendeu para ele e ele me encaminhou a esse hospital. Só que aí surgia um novo problema, como conseguir vaga num Hospital Estadual assim, em cima da hora!? Ele conseguiu falar com um, e com outro, e os caminhos foram se abrindo. 
3 dias depois tive minha primeira consulta pré natal lá no Hospital (para se ter um filho lá tem que passar por todos os procedimentos lá dentro). Tudo ok comigo e com o bebê que nesse ponto já tinha nome, BERNARDO.
Marcamos uma outra consulta pré natal para a semana seguinte, dia 11 de julho. 
Minha pressão estava muito alta. Como não tinha histórico nenhum fui internada e lá fiquei. 
No dia 14 começaram os murmurinhos de que fariam cesária em mim no dia seguinte. Mas eu queria tentar parto normal. Conversei com muitas enfermeiras, médicas... e como Deus estava a todo momento controlando tudo, deixei que mais uma vez fosse feito como tinha que ser. Eu tinha alergia, poderia ser arriscado eu entrar em trabalho de parto, sem pré natal nenhum e ter que as pressas montar uma sala de cirurgia para uma cesária. Naquele momento fez sentido.

Internada esperando a hora do Bernardo nascer

Então, era no dia seguinte. Meu Bê ia vir ao mundo. 
Acordei super cedo. Tomei banho. E esperei... por umas 2 vezes colocaram em dúvida se seria naquele dia. Havia entrado dois partos de emergência na madrugada e tinham mexido na sala toda que já estava preparada para mim. Eu chorava, não aguentava mais ficar naquele hospital.
Mas no dia 15 de julho  de 2014 às 13:03 (com 39+3d mais ou menos) meu Bê veio ao mundo, pesando 3,715 kg e medindo 49 cm. Saudável como nunca. E abençoado por Deus sempre.



Hoje ele já tem 1 ano e 1 mê dias. É o meu amor. Meu anjinho que chegou para alegrar e unir muito a nossa família. Amparar o coração do meu marido que perdeu o pai 3 dias antes, no dia 12 de julho. Amparar meu pai e toda a nossa família que perdemos a minha avó um mês depois.

Chá de bebê com o Bê com 1 semana

Hoje eu vejo que meu Bê veio para o mundo com a missão de ser um anjo lindo. Um presente para todos nós. Cheio de saúde, esperto e "forte como um urso" (assim como significa seu nome)."



Obrigada, Dani!!!! Amei a história incrível de vocês. E a gente acha que isso é história de novela. Que nada!!!


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