Alimentação saudável

Pra mim a primeira coisa que me veio à cabeça quando engravidei era me alimentar de maneira adequada, mas não vou mentir dizendo que segui isso à risca. Mas quando a Maria Luísa nasceu tive que mudar meus hábitos, primeiro porque a pediatra neonatal mandou, depois porque a Malu teve muita cólica e mais pra frente pela saúde da minha filha.

Ninguém quer ter filhos com problemas de saúde e nem estou dizendo em serem gordinhos ou não, pois criança gordinha não é sinônimo de doença e nem criança magra sinônimo de saúde. Mas digo, gordinhos e não obesos.

Mamães já caiu por terra que criança gordinha é criança saudável, não entupam seus filhos de comida achando que estão fazendo certo. Mas crianças magras também podem apresentar diversos problemas de saúde e estarem mascarados por uma "boa forma".

Este documentário já ilustra muito sobre essa conversa, tirem um tempinho e olhem o Muito Além do Peso.

Ficou de boca aberta?! Pois eu também. Se não teve tempo pra ver, vou explicar um pouquinho: ele fala sobre a alimentação das crianças e como hábitos alimentares da infância podem, e muito, influenciar problemas na vida, e não só adulta como ali na frente, com poucos anos à frente. 

Eles falam sobre a qualidade da alimentação das nossas crianças e os efeitos da publicidade que entra em nossas casas, pois se as mamães aqui conseguem lembrar do "compre batom", "me dá, me dá danoninho" e outras, sabe do que eu estou falando. Ainda mais quando nossos pais nos levavam ao supermercado e cantávamos a musiquinha ou somente pedíamos sem parar esses itens que martelavam na nossa cabeça.

O documentário aborda a obesidade infantil e mostram que 33% das crianças brasileiras tem peso superior ao que deviam. E sabem de quem, infelizmente, é a culpa?! Dos pais.

Minha monografia foi sobre legislação da publicidade voltada a crianças e a adolescentes e sei que é bem difícil competir com pessoas tão bem estudadas para fazerem com que nossos filhos achem que realmente precisam disso ou daquilo. Mas no começo da alimentação nós somos os responsáveis e hábitos saudáveis dos pais irão refletir nas opções alimentares dos nossos filhos. 

A Malu começou a tomar suquinhos com 4 meses e tomava de sabores variados e inusitados para alguns pais; laranja, mamão, acerola, tomate.. Com 5 meses chegaram as frutinhas amassadas e raspadinhas; banana, maçã, pera... E aos 6 meses o almoço com papinhas "salgadas". E assim chegaram todas as tentações, nossos gostos são diferentes dos de um bebê e eu em algum momento quase caí na tentação de adoçar sucos, como de acerola, e podem afetar a alimentação da minha filha mais pra frente. Então aqui sempre foi zero açúcar. 

Não caiam naquela "mas esse suco é tão amargo" ou "eca, odeio essa fruta". Muitas vezes pensam em suas escolhas alimentares pra educarem seus filhos e estão errados. Por exemplo, minha mãe não gosta de peixe, mas eu adoro. E sabem quem me ensinou a comer?! Ela. E isso ajudou muito na minha alimentação, eu só fui saber disso agora quando mais velha, pois ela sempre quis que eu comesse e não demonstrava. 

Quer adoçar um suco azedinho?! Misture com outro mais docinho, como laranja. 

Papinhas "salgadas" não são para se colocar sal, elas devem ser temperadinhas com temperinhos naturais, como cebolinha, salsinha... E ficam uma delícia!!!

Depois de um tempo eu fiquei a chata da alimentação saudável, quero que a minha filha goste de tudo e saiba comer, mas vocês não precisam ser assim, mas se atentem aos males que cada escolha sua possa causar. Refrigerantes, salgadinhos, doces podem ser deixados para bem depois. 

Eu sei que não crio minha filha numa redoma de vidro e nem quero, mas por enquanto vou tentar mostrar só comidinhas saudáveis, pois sei que o mundo se encarrega de mostrar todos os fast food's da vida. 

Se eu só como alimentos saudáveis?! Não, mas quando ela está por perto sim. Nossas "gordices" deixamos para momentos que ela está dormindo ou que não está vendo. Ou quando comemos uma sobremesa em um restaurante, encontramos ou algo que ela possa comer ou pegamos fruta no buffet para ela. E ela come numa boa sem nem pedir o que estamos comendo. 

Um bom jeito de não cair nas tentações de dar itens não muito bons para a idade dos nossos pequenos é sempre ter na bolsa bolachinhas e frutinhas. 

Eu caí na ideia de alguns pediatras de que ela já podia comer danoninhos e iogurtes, mas depois de conversas e pesquisas parei com tudo e não dou mais nada, até por ela ter apresentado uma certa intolerância a lactose. Consegui tranquilamente fazer a substituição desses itens na dieta dela. 

Aos poucos vou trazer receitinhas de comidinhas saudáveis que dou pra Malu e de como foram as papinhas iniciais dela. Hoje ela já come a nossa comida e por isso a nossa alimentação melhorou ainda mais. Façam o mesmo, não façam que a criança "cheguem" no seu tipo de comida e sim que vocês "cheguem" no dela.  

Beijos.