Viajando sem filhos

Vocês sabem que eu já tentei passar alguns dias só eu e o marido, mas só consegui ficar 1 dia longe, nada mais que isso.
Mas para me encorajar e encorajar vocês também fui a cata de uma amiga que já conseguiu se desgrudar um pouquinho e conta como foi que fez. 
A Gabriela é mulher de militar como eu  e nos conhecemos quando morávamos no Rio. Ela também é formada em Direito, mas trabalha com fotografia e foi ela que fez uma parte do acompanhamento da Maria Luísa, mas depois falo e mostro pra vocês.

Gente, tem vida longe dos nossos filhos, olhem só...

"Olá, sou Gabriela casada com Davi, somos pais do pequeno arteiro Davi Neto de 2 anos e 2 meses... Nossa primeira viagem sem o Davi foi em dezembro de 2012, fomos para NY comemorar 6 anos de casamento (desde que casamos temos como tradição comemorar nossas bodas com uma viagem). Como ganhei a viagem do marido quando o nosso menino ainda estava com 7 meses, nem pude pensar muito em ir ou não, mas confesso que no fundo eu sabia que quando chegasse a hora não seria fácil!!! E de fato não foi... 
Uma semana antes chorava só em pensar que iria deixar meu bebê sozinho (sozinho é uma vírgula enorme, porque ele ficaria com os avós), mas acho que é coisa de MÃE mesmo (principalmente de primeira viagem) achar que só ela vai saber cuidar do seu bebê, que os outros não vão entender os choros, ou as tentativas de expressão dele... 
Mas, enfim, faltando 2 dias para a viagem nos "mudamos" eu, marido e Davi para a casa dos meus sogros onde o nosso pequeno iria ficar os próximos 7 dias, sem a nossa presença. Fizemos isso pensando que ele se acostumaria mais fácil com o ambiente e com as pessoas com a nossa presença lá... e foi o que aconteceu!!!
Nesses 2 dias ele ficou mega a vontade com a casa, com o berço desmontável (onde ele iria dormir), com os avós... e para termos certeza que ele ficaria bem saíamos algumas vezes ao dia sem ele (para resolver pequenas coisas, pendências para a viagem), e em todas as voltas ele estava super bem e não chorava com a nossa ausência. UFA!!! Isso fez com que eu me sentisse aliviada e ficasse mais calma. 
Chegou então o dia da partida, e clarooooo que choramos horrores (nós mesmo, porque o meu marido é tão ou mais manteiga derretida que eu), mas fomos e sendo super sincera no primeiro dia eu SÓ PENSAVA no Davi, todo bebê que via nas ruas de NY me lembravam o Davi, lojas infantis, parques, brinquedo... Até que na noite do segundo dia não aguentei e pedi para ligar para saber como ele estava... e assim que atenderam o telefone ouvi muitas gargalhadas e foi aí que meu coração se aquietou! O DAVI ESTAVA BEM!!! (rsrsrs ô mãe boba). 
Minha sogra relatou que estava tudo ótimo com ele, que estava comendo normalmente, dormindo e brincando como de costume. Depois disso pude então APROVEITAR a viagem!!! Claroooo que não esquecia meu pimpolho nem um segundo, mas o aperto no coração já não estava mais presente!!!
Foram dias maravilhosos e realmente valeram muito à pena, porque como meu marido é militar passamos 1 ano no Rio de Janeiro para um curso (somos pernambucanos) longe da família, de amigos, com dedicação EXCLUSIVA ao Davi e como é normal eu como mãe estava exausta no final do ano. Assim na viagem pudemos fazer programas a 2, o que não fazíamos desde o nascimento do Davi, namorar bastante, descansar, e o melhor, tudo sem horário certo!!! O que é praticamente impossível quando temos um bebê por perto, afinal necessitam de uma rotina! 
Para finalizar eu repito o que ouvi da minha mãe, quando dois dias antes da viagem chorei no colo dela achando que não ia "sobreviver" longe do pequeno (kkkkkkkkk novela mexicana perde pra mim...), nós pais é que sofremos nesse tipo de "separação", porque eles ficam ótimos (principalmente quando estão com menos de 1 ano e meio, porque não estão tão envolvidos com as coisas a sua volta, nem sabem expressar fielmente alguns sentimentos, tipo saudade). Davi realmente estava ótimo quando voltamos, contente, brincando, com sua rotina de sempre... talvez ele nem tenha percebido que saímos por 7 dias... já NÓS, contávamos os segundos para tê-lo nos braços!!!
O que ficou de experiência é que é muito válido, todo casal precisa de um tempo para aproveitar a dois, além de descansar e sair um pouco da rotina do dia-a-dia. O segredo é deixar com alguém que você confie a sua vida, que tenha paciência e ame seu bebê, assim você regressará e encontrará seu bebê feliz e satisfeito, como foi o nosso caso.
EU SUPER RECOMENDO uma folga dessa a todos os papais, foi tão bom que esse ano fomos novamente comemorar aniversário de casamento fora, dessa vez deixamos o Davi com minha irmã (principalmente pelo fato dela ter uma filhota, minha sobrinha querida e Davi se dá super bem com ela) e também foi super tranquilo. 
A diferença é que ele está com 2 anos e 2 meses e já entende muitoooo mais coisas do que na época da viagem passada, chamou por nós, disse a minha irmã que estava com saudade do papai e da mamãe, mas não chorou. Ela explicava que nós tínhamos saído pra passear e que já já estaríamos de volta e graças ao bom Deus assim foi feito!
Voltamos e encontramos com ele feliz e dentro da sua rotina saudável!!! E como já era a segunda viagem meu coração não ficou tão apertado como na primeira vez, apenas a saudade que maltrata, afinal não é fácil ficar longe do nosso próprio coração, não é mesmo? ;)
Beijão em cada um".

Gabi, muito obrigada por dividir esse momento conosco, pois sei que como eu muitas outras mães tem a mesma dificuldade dessa separação. Mas agora a gente já sabe que, como disse a Gabi, conseguimos viver 'sem coração' por alguns dias.
E olhem as fotos das viagens:

NY:


Em quem será que a Gabi estava pensando?!


E esse ano no Chile, quando Gabi está ainda melhor, magérrima:







E vocês devem estar imaginando, e o "coitadinho" do filho nem viaja pra lugares bacanas. 
Vocês é que pensam, o Gordinho se esbaldou na Argentina quando os papais voltaram do Chile. E olhem que fofo que ele é...




Beijos.
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