Terrible two, os terríveis 2 anos!

É tanta coisa para escrever que é até difícil começar, pois bem, sabe aquela história "que coisa feia aquela criança gritando, meu filho nunca vai fazer isso", "olha o escândalo que aquela criança está fazendo e o pai não faz nada, meu filho não vai fazer isso", "que criança teimosa, meu filho nunca será assim"... Esqueça! Queime sua língua, morda, engula e passe reto. 
Li alguns blogs que falavam dessa fase e todas as mamães falavam a mesma coisa "Quero meu filho bonzinho de volta!" E eu acabo de aumentar essa lista "Quero minha filha obediente e boazinha de volta, por favor!!!"
Sério, minha gente, que fase é essa?! 
Não é querer me achar ou coisa assim até porque nesse momento nem tenho como, mas a Malu, desde bebê, sempre foi elogiada por ser uma criança super tranquila e obediente, ficava no carrinho numa boa, interagia com todos, não ficava gritando ou chorando em lugares públicos, escutava um não com certa tranquilidade sem fazer escândalos, ficava super bem num restaurante, mas depois de completar os 2 anos essa criança desapareceu. Tomou doril, só pode.  
Ela tinha indícios de que os Terrible Two estavam chegando antes dos 2 anos, mas nada parecido com o que está acontecendo agora. 
Para as viajantes que ainda não chegaram nessa idade explico o que li, os terriblo two seriam a primeira adolescência, olha que delícia, a adolescência dos bebês. Sim, e vocês achando que só enfrentariam isso com 15 anos, nã nã ni nã não. Pois é, com 1 ano e meio a 3 anos, os nossos pimpolhos apresentam essa fase.
Cada criança tem seu jeito e estilo e algumas podem apresentar mais que outras e por mais tempo que outras, mas normalmente todas tendem a apresentar essa mudança. Essa mudança normalmente é o aumento dos "nãos" que saem da boca do seu filho, do querer fazer tudo sozinho, das birras, dos gritos, dos choros, daquele excesso de fazer o contrário do que tu pedes para ele fazer e assim por diante.

Aqui em casa o negócio começou com os "nãos" pra tudo, tudo é não, até mesmo quando eu faço uma pergunta para o pai dela, ela já respondeu não. Depois começaram os choros excessivos por tudo e qualquer coisa, quando eu digo não para algo que ela quer, então o negócio piora, pois são choros, momentos de se jogar no chão ou até mesmo tentativas de dar tapas. Sim, a coitada da Charlotte é uma das que mais sofre se passar perto na hora dos ataques, pois ela já vai querendo dar tapas na coitada da cachorra que não tem nada a ver com isso. 


Mas o negócio ficou pior essa semana, tivemos a brilhante ideia de depois de buscarmos ela na escola irmos numa cafeteria. O serzinho que antes ficava quieta, apenas brincando com o cardápio e algum guardanapo, resolveu que o bacana era andar na volta da mesa de vidro, empurrando a cadeira... e a cada não nosso era uma gritaria de choros sem fim. 
Sabe aquele olhar que muitas vezes podes ter dado para uma pobre mãe que tinha seu filho chorando no meio da rua, é aquele mesmo, aquele olhar de reprovação, pois sim, levei de uma senhora que estava saindo dali. Eu não sabia se ficava furiosa com a mulher ou comigo por ter tentado levar a Maria Luísa para uma cafeteria naquele dia de frio que todos querem se esquentar com um café ou chocolate quente. Tudo bem que também ajudou muito a demora de servirem o nosso pedido, pois com comida ela ficaria um pouco mais tranquila. Mas só um pouco...
Pois mesmo depois do chocolate quente e do pãozinho dela chegarem, tudo era não, a criança que quase não come chocolate, tinha a possibilidade de tomar um chocolate quente e só sabia dizer não. Pãozinho de queijo com azeitona que ela adora, não. Aiiiiiiiiiiii não aguentava mais os nãos!!!!
Juro que a minha vontade naquele momento era pegar o meu croissant e correr para as montanhas, sozinha! Sim, com o croissant porque eu estava morrendo de fome, não daria para levar o chocolate também, pois estava na xícara de vidro do estabelecimento e tomar direto ia queimar a minha garganta toda, mas só por isso.

Bom, já li também que o melhor é a conversa e sairmos por métodos mais inteligentes. 
Como quando ela insiste que não quer colocar tal roupa, ou eu dou duas opções e que não está mais ajudando no momento ou invento histórias para ela colocar a roupa sem nem perceber ou mostro algo legal na roupa, como gatinhos, orelhinhas e o que mais eu conseguir achar. Claro que quando a mamãe está de TPM, como nessa semana, a tarefa fica beeem mais difícil.

Os terriblo two acontecem pois a criança está num momento de conflito que muitas vezes ela não entende, ela era um bebê que dependia dos pais para tudo, mas agora já anda, fala e consegue se comunicar com o mundo, então a intenção dela é fazer apenas o que quer e às vezes nem isso ela consegue fazer, como com a Maria Luísa que estava toda feliz que ia tomar chocolate quente, mas depois fez todo um fiasco na hora que ele estava na sua frente. A criança quer tomar suas próprias decisões, fazer tudo sozinha, então incentive isso nela, mas nem sempre será fácil, pois a criança ainda não tem maturidade para decidir tudo e algumas vezes será difícil até mesmo para a gente entender, já que ela disse que queria tal coisa e um minuto depois ela disse que não quer aquela coisa. Respire!

Um outro ponto importante é não dar importância a olhares de reprovação, como eu recebi, converse com o seu filho, mas não saia gritando com ele no local. Caso ele se jogue no chão do supermercado querendo algo, gritar, bater, xingar, não será um opção interessante, acho que algumas vezes deixar terminar o "show" dele é uma opção. Sério, a Maria Luísa, por enquanto, não deu esse "show" no supermercado, mas em casa ela gostava bastante de dar seus ataques e se jogar no chão, a gente parava, olhava e ficava ali quietos até que ela resolvesse parar, quando via que não tinha gritos, tentativas de levantá-la, ela parava, levantava e saía. Comecei a ter essas atitudes depois de ler um tanto, né?! Pois a gente se sente um pouco perdidas quando essas coisas acontecem. 

Aiiii vou chorar novamente aqui e pedir "Quero minha filha obediente de volta!!!!" Espero que essa fase passe rápido. Mamães, um alento, não são todos os dias esses ataques e algumas vezes eles pioram dependendo do nosso estado de espírito, nos dias sem ataques aproveitem bastante seus filhos e nos dias com eles tomem um chá de camomila (vai que adianta, pelo menos pra nós).

Beijos. 
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