Eu na casa da minha mãe já tinha tido gato e continuamos com contato, tanto que a Maria Luísa conhece cada uma das 4 gatas da avó pelo nome e afofa todas elas. Minha sogra tem uma e a minha cunhada mais dois. Mas nunca pensei em ter um gato na minha casa (só quando a Charlotte não aprendia a fazer xixi quando pequena eu pensava, gato é muito mais fácil).
Só que aí, em setembro uma gatinha que andava perdida pela vila de casas onde morávamos, resolveu ter seus filhotes embaixo da janela do meu quarto. 4 gatinhos fofinhos! E ela foi trocando eles de lugar por medo dos gatos, da chuva, até que parou no telhado da minha garagem.
Eles começaram a crescer e o sol a esquentar, até que um dia uma caiu do telhado. Socorri, levei no veterinário, mas foi embora com a senhora que trabalhava lá em casa. Poucos dias se passaram e o calor apertou, meu marido com medo dos gatinhos passarem mal tentou tirá-los de lá, mas tem um detalhe, a gata mãe é furiosa antes e depois dos filhotes. Ele conseguiu tirar uma mais atrevida, a Serena (agora, minha gata), mas os outros dois não conseguimos.
Nisso, a ideia era dar todos pra adoção, para que não ficassem andando perdidos pela vila, pois na época morávamos lá, mas logo estávamos indo embora. Só que a tal da gatinha no primeiro dia me deixou doida de tanto miar, tive que dormir sentada com a luz ligada, pois ela estava com medo do escuro. A gata miava de maneira estérica para tudo, até pra comer. Estava decidida a ir na casa da minha diarista e deixá-la lá para doar ou para ficar, já que ela queria dois gatinhos.
Parece que a gata entendeu e ficou bem calminha, não miava mais daquele jeito doido. Era engraçado que até pra passar de um cômodo para outro da casa ela miava. Passou uma noite super tranquila e foi me conquistando.
No domingo o marido pergunta qual o nome dela, pois não dá para ficar chamando de gata (mas eles chamaram a coitada assim por muito tempo) e resolvemos escolher um nome. A escolha foi Serena por causa da jogadora de tênis, eu sempre penso em coisas assim para os nomes dos meus bichos, tava numa fase de ver os jogos de tênis e Serena foi uma boa escolha. A Charlotte foi por causa de Sex and the City (me matem).
Aí virou Serena, mas eu ainda estava com a ideia de que ela não ficaria, pois tinha toda mudança, provavelmente seria para um apartamento e já tínhamos a Charlotte.
Mas aí a dona Serena resolveu conquistar o meu marido e a Malu. A Malu adora a gatinha e no começo ela gostou tanto da ideia de ter um bichinho que parecesse um bebê que não desgrudava. Pegava a Serena e ficava "come Serena, toma água, agora dorme" Assim mesmo, colocava a gata no pote de comida, a gata comia um pouquinho e ela já direcionava pro de água e depois colocava ela deitada na caminha, e sabem o "pior" a gata curtia. Fazia tudo sem reclamar e ficava na volta como se pedisse mais.
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| Amor no olhar. A Serena sabe quem foi a "culpada" dela ter ficado aqui. |
Ela pegava a gata como um bebê e a gata se prestava a tudo. Aí como é que eu ia ser a chata que ia dar o contra? Não dava. Ahhh e ainda tinha o marido que chegava do trabalho e já procurava a "gatinha", abraçava, apertava. E assim adotamos a Serena.
A Charlotte é uma cachorrinha super carinhosa, mas tu vê que um bichinho adotado tem um carinho diferente, pois parece que ele entende que tirasse ele da rua e desse um lar cheio de amor.
A Serena está com 7 meses e continua sendo um docinho, uma figura de tão folgada, comilona demais, super carinhosa. Sabe aquela história de que gato é da casa e não das pessoas, eu já sei que é mentira desde muito tempo, mas ela é a maior prova. Pois ela morou em Cachoeira, depois nos mudamos para Porto Alegre e ela teve que ficar 1 mês na casa da minha mãe e, mesmo assim, sabe bem quem são os donos dela e não estranhou nada quando voltamos para casa. Quando o Daniel sai com a Malu para levar a Charlotte para passear, ela fica cuidando pela janela da sala e ao menor barulho deles voltando ela corre para porta e começa a miar de felicidade.
Ela sempre nos espera na porta quando chegamos, pode ser que ela tenha aprendido com a Charlotte, mas ela sempre faz, mesmo que a Charlotte esteja conosco e ela sozinha em casa. O sonho da Malu é levar a Serena para passear na coleira, mas ficamos com muito medo, pois tem tantos cachorros no condomínio que acho que a ideia não vai ser muito boa.
A Charlotte é a nossa paixão, nossa primeira filha, acolheu e cuida da Maria Luísa super bem, mas a Serena veio para dar ainda mais alegria. Ela deixou até a Charlotte mais nova, querendo brincar. Outro dia a Malu amou que a Charlotte foi brincar com ela sem precisar de brinquedos, só correndo atrás dela, pulando e a Malu falava toda boba "a Charlotte tá brincando! A Charlotte tá brincando!", pois a Charlotte já tem 7 anos e algumas vezes não rolava muita paciência para brincadeiras, mas a Serena ajudou a voltar a sapequice da nossa menina mais velha.
O que eu posso dizer disso tudo? Que a ideia de adotar a Serena não foi tão ruim assim, muito pelo contrário, ainda mais depois que passou a fase de sujar a casa inteira com a areia das necessidades, ela é uma amigona da Malu. Não consegue ver a Malu dormindo "demais" que já quer acordar e chamar para brincar. Incomoda a Charlotte, vive pedindo comida com uma carinha tão meiga que não tem como negar, sabe brincar sem colocar a unha...
A Serena é adotada, tem 7 meses, é vacinada, vermifugada e castrada. Adotar um bichinho é uma grande felicidade para os bichinhos e principalmente para quem adota, faça esse bem e principalmente o cuide da melhor maneira possível que todo esse carinho será retribuído.
Beijos.
ps: Alguém pode se perguntar "se ela acha tão legal ter um bichinho adotado, porque tem uma cachorra de raça?" A Charlotte foi comprada quando estávamos em Recife e eu sabia que iríamos viajar muito e precisava de uma companheirinha que pudesse ir para todos os cantos. Um cachorro adotado nunca se consegue ter 100% de certeza que ele permanecerá pequeno para viajar em avião, então a saída foi comprar uma cachorrinha de raça de pequeno porte. E a Charlotte foi e é nossa companheira de várias viagens, um dia faço um post de como levar um bichinho em viagens.
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