Chupeta: o que alguns estudos não sabem

É uma pobre e novata mãe perguntar em algum grupo como as outras mães que os filhos usam chupeta fizeram para os filhos pegarem a tal que tem uma enxurrada de repostas, algumas tentando ajudar essa mãe e várias não ajudando e apenas a criticando pela tentativa do uso e citando/colando alguns estudos ou posts de alguns blogs que criticam o uso (e as mães). Mas eu me compadeço dessa pobre mãe.
E a partir daí resolvi falar e acalmar o coração dessas mães tão horríveis que um dia deram chupetas aos seus filhos.
Sim, todos sabem que a chupeta não é maravilhosa para a dentição e respiração dos nossos filhos, mas não serás "menas" mãe por tentar dá-la ao teu filho.
Vou a partir do meu relato e da minha vivência contar o motivo de eu ter dado chupeta para Maria Luísa e tentar ajudar vocês a escolher ou não o uso dela.
Já contei aqui como foi minha relação de amor e ódio com a tal chupeta. Não, eu nunca a amei enlouquecidamente, eu apenas a tolerei e aceitei que ela me ajudasse nos momentos mais doloridos da minha vida como mãe.
Mãe, não leve a chupeta para a maternidade! Meu primeiro mandamento sobre o assunto.
Antes mesmo de engravidar eu já dizia e pensava, meus filhos não usarão chupeta e assim foi durante toda a minha gestação. Ganhei porta chupeta e chupetas que nunca pedi e eles foram largados em uma gaveta escura. Não li sobre a melhor chupeta, marca ou coisa assim, não pensei em esterilizá-las ou qualquer coisa parecida, como também não fiz com as mamadeiras que ganhei. Todas essas criaturas foram guardadas e esquecidas em algum canto da minha casa, pelo simples fato de que eu iria amamentar a Maria Luísa exclusivamente e a minha filha seria tão, tão calminha que só o meu colo a deixaria tranquila e a faria parar de chorar. Doce ilusão mamãe! Cospe pra cima e, ploft, cai na testa!

Eu não levei chupeta para a maternidade, e se alguma mãe me perguntar o que eu acho, continuo achando o mesmo, zero de chupetas para a maternidade. Até porque esse é o momento que teu filho está aprendendo a sugar o peito e colocar a chupeta pode confundi-lo absurdamente. Não levei a chupeta, mas lá a Maria Luísa demonstrou que gostava de chupar o dedo. Hummm para mim nada bom.
Chegamos em casa e bebê tranquila, mamando muito, muito leite e com alguns dias as cólicas chegaram. Aí já ouvi falar teorias de que cólicas seriam falta de colo e de afeto. 
Hummmm, então essa pessoa acha que está na minha casa pra saber disso?! 
Foram muitas madrugadas com cólicas e a Maria Luísa ficava no meu colo, dava peito, mas não adiantava, ela gritava e gritava, chegava um momento que nem peito queria. O pai pegava e choro continuava, tentamos a avó, e o choro continuava, todos tranquilos, só queríamos que ela descansasse. Não existia aquele "queremos dormir" e sim só e somente só o bem estar da Maria Luísa.
Depois de alguns dias de cólicas, começamos a pensar na chupeta. Eu não conseguia pensar, mas meu marido e a minha mãe tentavam me convencer de que seria interessante tentar. Então deixei que esterilizassem uma e tentassem, tudo bem que naquela hora da madrugada eu queria saber qual era a melhor para poder comprar, mas meu marido me trouxe a realidade e disse para tentarmos a que tínhamos. Isso tudo porque eu li em vários lugares que se eu desse a chupeta eu seria uma péssima mãe, minha filha não mamaria mais no meu peito, ela ficaria com a dentição comprometida, além da respiração e eu não seria uma mãe zelosa suficiente para conseguir ter calma e acalmar a minha filha (quase uma sem amor).
A Maria Luísa não quis saber, cuspia e gritava ainda mais quando se tentava colocar a chupeta na boca dela. Mas os choros continuavam mesmo no meu colo, mesmo no meu peito, mesmo no colo do pai, mesmo no colo da avó. Tudo era tentado e nada acalmava! Mas tinha algo que ela curtia, um tal de dedo. Hummm
E assim continuamos, até que uma amiga que é dentista trouxe de presente para Malu 2 chupetas, falei para ela que não gostava e tudo mais, mas ela me explicou que eu só desse se achasse necessário e que eu dando ela apenas em poucos horários e tirasse até os 2 anos não veria tantos problemas em dentição e como ela mamava super bem, não veria na amamentação. Mas vou confessar que ainda fiquei desconfiada, mas pegamos a menorzinha e esterilizamos e deixamos ela do lado para algumas tentativas.
E assim foi indo, aos poucos ela foi aceitando e eu vendo que quando ela aceitava naqueles momentos críticos ela não chorava tanto e não recorria ao dedo.
Vocês devem estar até agora tentando entender o motivo do meu medo com o dedo. O porque de eu preferir a chupeta ao dedo.
Eu não gostava da chupeta, pois usei e depois tive que usar aparelho e achava que tivesse sido por isso. Mas resolvi analisar a minha vida de criança usando chupeta e mesmo eu não usando o dia todo, chupei até os 5 anos, o que é muito!!! Além da genética que não me favorecia, por saber que meu pai tem os dentes tortos. Então, pensando nisso, vi que a chupeta se bem usada não teria sido o fator dos meus problemas dentários.
Mas tenho a minha prima que não fez uso de chupeta, mas chupou o dedo durante anos e anos. O que já li é que chega um momento que a criança para de chupar, mas com ela não foi o que aconteceu, ela quase adolescente ainda chupava o dedo, mesmo com todas as tentativas de que ela parasse. E o que aconteceu foi que os dentes superiores dela não desceram completamente, ficaram super deficientes. Ela teve que fazer um tratamento, mas mesmo assim não ajudou que eles ficassem tão normais, tanto que até hoje ela não consegue sorrir normalmente com vergonha. 
Resolvi colocar na balança os dois casos que ninguém me contou e sim que eu vivenciei e preferi a chupeta, pois a Maria Luísa tinha necessidade de sugar e não era o peito, então, foi a melhor opção que eu achei. E, agora, ela com 3 anos não usa mais chupeta desde 2 anos e 5 meses e não vejo qualquer prejuízo, mas tive a sensibilidade de perceber quando estava começando a ser arriscado continuar o uso e de ver que ela não tinha mais necessidade daquilo. A Maria Luísa só usava para dormir e não andava com a chupeta na boca para brincar, passear ou, melhor, no restante do dia. Normalmente quem a encontrava de chupeta era no momento que ela estava sonolenta quase dormindo. Tanto que ela brigava com as crianças que usavam chupeta sem estarem dormindo.


Então especialistas, não me venham dizer que sou uma mãe malandra sem paciência de acalmar a minha filha, tu não estavas lá durante todo o tempo que ficamos a embalando e cantando para ela. Vocês não estavam lá quando eu oferecia o peito e ela recusava, vocês simplesmente não estavam lá. Então, peço, parem de julgar essas mães que resolvem dar chupeta aos seus filhos, vocês não estavam com elas, vocês não choraram com elas sem saber o que fazer enquanto o seu bebê chorava e recusava qualquer outra coisa, vocês não choraram com elas quando elas tiveram que voltar a trabalhar e queriam que seus filhos tivessem um afago, vocês simplesmente não são aquelas mães.

Eu não sou a super defensora da chupeta, muito pelo contrário, continuo dizendo, enquanto conseguires manter teu filho sem é melhor. Mas se a mãe acha que naquele momento é o melhor, que ela faça de forma consciente e sem julgamentos.

Comentários
0 Comentários

0 comentários:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...