Cólica no lactante - por Fabrizia Faulhaber

A partir de hoje contaremos com uma super colaboração no blog, a Pediatra Fabrizia Faulhaber, para tirar todas as dúvidas que vocês tiverem. Seu consultório fica em Porto Alegre e ela já atua há 10 anos na área. E o melhor, ela é mãe de um pequena super fofa, então ela entende direitinho o que nós mães de pequenos passamos, pois recém passou pelo mesmo.

Imagem retirada da internet

Cólica no lactante é um assunto bastante discutido, polêmico e muito falado antes do nascimento do bebê e principalmente nos primeiros meses de vida.
Nem todo o bebê tem cólica. Alguns têm em pouca intensidade e outros apresentam sintomas mais exacerbados.
Geralmente a cólica se inicia após os primeiros 15 dias de vida. Pode manifestar-se como um choro mais intenso ou prolongado, ou o bebê querer mamar mais vezes, ou mesmo o bebê ficar espremendo-se, encolhendo as perninhas ou eliminando mais gases. O choro geralmente inicia-se ao entardecer.
O que causa cólica é bastante discutido: seria a imaturidade neurológica intestinal do lactante ou seria a flora intestinal ainda não bem estabelecida que causaria estes sintomas que tanto incomodam os bebês e são motivo de tanta preocupação para os pais?
O importante é saber que a cólica não é doença, que após os primeiros 3 a 4 meses de vida ela vai desaparecer. Temos que ter calma, passar tranquilidade e segurança para o bebê.
Os pais devem ter confiança no pediatra do bebê. As principais doenças que podem manifestar-se com exacerbação das crises de cólicas seriam o Refluxo Gastroesofágico (RGE) e a Alergia à Proteína do Leite de Vaca (APLV). No RGE geralmente há vários momentos de choro, principalmente quando o bebê deita e ao mamar. Pode ter dificuldade para mamar, para dormir, para ganhar peso. Na APLV o bebê também pode ter muitos momentos de choro, diarreia, muco e sangue nas fezes, dificuldade de ganhar peso. Por isto é importante as consultas pediátricas de rotina, as conversas e consultas com o médico pediatra.
Algumas atitudes e medicações podem aliviar os sintomas da cólica: tranquilidade, massagem na barriga do bebê, bolsinha de água morna, movimentos nas pernas como andar de bicicleta para aliviar os gases, simeticona para ajudar a liberar os gases, probióticos para ajudar na formação da flora intestinal, paracetamol para alívio das dores e alguns produtos fitoterápicos.
Quanto à alimentação da mãe, cada organismo responde diferentemente, então temos que manter uma alimentação saudável e avaliar cada mãe-bebê. Um alimento pode exacerbar a cólica de um bebê e em outro não ter nenhuma influência. Alguns podem ter mais cólicas quando a mãe faz uso de alimentos com cafeína, como café, chá ou chocolate ou outros tipos de alimentos como feijão, leite, brócolis. O importante é a avaliação diária. Cada mãe e seu bebê são únicos.
É essencial o apoio da família, principalmente do pai. Os primeiros 3 meses de vida do bebê é uma novidade para os novos pais. Será que este choro é normal? Será que está mamando o suficiente? Será que está respirando normal? Será que é cólica mesmo? Será que está tudo bem?
São vários os motivos de preocupação, mas com certeza ao longo dos primeiros meses de vida do bebê, a interação pais-bebês vai ficando cada vez maior e as dúvidas cada vez menores.
Converse com seu pediatra.

Beijos, 
Fabrizia.

Comentários
0 Comentários

0 comentários:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...