Babá ou escolinha?!

Como é difícil essa decisão. Aqui em casa eu comecei com a ajuda da minha mãe e depois eu tinha uma diarista que vinha 2 vezes por semana. Mas ajuda real pra cuidar da Maria Luísa era só minha e do maridão, fazia tudo sozinha quando ele não estava em casa e, claro, quando a minha mãe estava eu passava umas trocas de fralda pra ela.
E sempre me posicionei assim de que eu ia fazer sozinha tudo que envolvia a Malu, chegou um tempo, quando tomei um cano de uma diarista que eu tinha logo que a Malu nasceu, que pensei em fazer tudo sozinha, até as atividades da casa. Só que pra mim pareceu algo impossível, eu não tinha tempo pra respirar e via que não era essa a vida que eu queria. Fiquei 1 semana assim e eu nem tinha tempo pra comer direito, e comecei a ver que ia chegar um momento que eu não ia conseguir amamentar adequadamente. Não era o que eu queria!
Consegui uma diarista muito boa e ela me ajudou muito, fazia tudo da casa, até a minha comida, mas mantinha somente 2 dias da semana, mas eram o que me bastava.
A nossa ideia sempre foi que chegando em Cachoeira nós iríamos colocar a Maria Luísa numa escolinha e assim foi, chegamos em fevereiro e depois de um tempo adaptados procuramos uma escolinha e a colocamos nela. Ela se adaptou super bem, não chorou, só veio a chorar quando chegou a primeira segunda-feira, já que tinha passado o final de semana em casa, mas posso dizer que foi tranquilo.
A minha ideia de escolinha sempre foi dar mais do que eu pudesse dar, já que em casa ela sempre foi muito estimulada queria que a escola fizesse bem mais. Algo importante, pra mim, é ela ter outras crianças para brincar e aprender e assim viver em sociedade. 
E aí vem os problemas de saberes o que é melhor, até um certo momento eu a vi ter estímulo e ficar um pouco diferente do lado positivo, mas vi que chegou um momento que isso não existia muito e quem ficou desestimulada fui eu. Pois via entre outras amigas e conhecidas, de outras cidades, as atividades que as crianças delas praticavam em suas escolinhas e creches e a Malu não tinha tanto assim. 
A minha dúvida ficava sempre naquela, será que é por ser escola do interior? Será que eu tenho que aceitar essa explicação?
Só que antes de ter essas respostas, ela ficou doente, na verdade ela não deixava de ficar doente. Era julho e ela já estava no 2º antibiótico do ano, na verdade da vida. E só doente, dormindo mal, algumas vezes não querendo comer. O diagnóstico foi de que ela é alérgica ao clima, pois ela nasceu no Rio de Janeiro onde é seco e quente, e aqui é super úmido e frio, a cada mudança do tempo ela começava a tossir e nariz fechadinho. E outra, todo mundo sabe que quando a criança vai para escola começa a ficar mais doente, pois um fica doente, melhora, mas já tem outro doente e assim fica e ela entrou nesse ciclo, só que com a alergia estava tudo muito pior. Até que chegou um momento que não dava mais e a Maria Luísa teve que sair da escola.
E eu tive que me render a outra pessoa cuidar dela em casa, eu não tenho uma babá de todos os dias e na verdade a minha diarista que se tornou um pouco babá não fica o tempo todo com ela. A minha ajudante começou a vir 3 vezes por semana e cuida da Malu quando eu preciso fazer alguma coisa e para ela dar uma voltinha pela vizinhança. 
Com isso a Malu ficou super bem de saúde, não teve mais nada, pode fazer a troca de temperatura que for que ela só dá uma leve tossida e se der e mais nada. Só que outros problemas vieram, ela ficou um grude comigo, perdeu um parte da rotina e agora não quer saber de dormir direito.
Sofre muito mais quando o pai viaja, já que fica mais tempo em casa. E agora pede muito mais atenção, pois na cabecinha dela antes o momento que nós estávamos em casa juntas era pra brincarmos, só que agora nós estamos em casa, mas eu tenho que trabalhar e isso não é aceito por ela. 
De uns tempos pra cá está ficando bem pior, ela começou a dar tapas na minha mão, no computador, tudo pedindo atenção. Aí eu paro o que eu estou fazendo e vou brincar um pouquinho com ela, mas eu não sabia o mal que eu estava fazendo, pois faz uns dias que ela resolveu o tempo inteiro dar um chorada pra pedir qualquer coisa. Hoje chegou a ficar engatinhando, coisa que ela não fazia faz muito tempo, e andando com um pé na ponta do pé. Esse final de semana eu cheguei a cozinhar com ela pendurada na minha calça. 
E aí chego no ponto, está sendo bom pra ela? Começo a ter as minha dúvidas.
Pois mesmo com ela tendo pouco estímulo na escola, ela tinha algum. Aqui em casa eu tenho uma pessoa com um coração imenso que só quer o bem dela, mas que é um pouco vó e quer mimar o tempo inteiro. Já contei aqui que tudo que a Malu pede de comida ela dá, imagina colo e denguinho. E mesmo sendo tudo pensando no bem da Malu não está sendo bom para o crescimento dela. 
Claro, que estou levando em consideração que a Maria Luísa já foi para a escola e estava acostumada com aquele ritmo, vindo pra casa tudo mudou. Já escutei muita gente me dizendo que seus filhos só foram para a escola com mais idade e não tiveram esses problemas, mas como eu disse, eles nunca tinham ido para a escola e a Malu já. 
E depois desse tempo, continuo pensando que a escola é melhor para darmos um rotina e também atividades diferentes do que ficar em casa, mas é necessário pesquisar bastante e ver se a escola realmente vai suprir as tuas expectativas. Babá, pra mim, é algo complicado, pois ela muitas vezes não se sente segura em te auxiliar na educação do seu filho e sim apenas cuidá-lo e isso inclui fazer todas as vontades da criança o que todos sabemos não ser benéfico. Acho que se a pessoa quer ter uma babá para auxílio quando recém nascido, tenha, mesmo eu achando desnecessário, mas pense se é o melhor quando a criança começar a ter muitas vontades. 
A escola da Malu tinha um equipamento de monitoramento e era bem bacana para acompanhar como ela estava durante a tarde. Eu mal via, mas muitas mães acompanhavam bastante e dava segurança a elas. Pode ser positivo para mamães que ficam inseguras de deixar seus filhos com outras pessoas. 
Aqui já conversamos e preferimos encontrar uma escola regular para ela, pois conseguimos achar uma que irá estimulá-la como queremos, com músicas, historinhas, trabalhinhos, brincadeiras... Acho primordial ter música na escola, acho que a criança consegue se expressar muito melhor com um estímulo musical. Mas ainda estamos esperando a resposta da vaga para o ano que vem, já que ela só completa 2 anos em maio. Por enquanto estamos avaliando colocá-la novamente numa escolinha para ficar um turno e voltar a uma rotina mais interessante e estimulante. 
Como é difícil ser mãe...

Beijos.

ps: fotos retiradas da internet. 
Comentários
2 Comentários

2 comentários:

  1. Pois é.. não deixei as crianças com babá ainda (deveria, mas ainda não rolou).. mas quando qualquer outra pessoa que não quer interferir na educação dos pequenos cuida deles (isso vale para vovós também) logo eles ficam mimados porque sempre conseguem o que querem.
    A minha pequena não sente falta da escolinha, por enquanto, porque tem um irmão mais velho que preenche a necessidade de se comunicar com outra criança. A rotina está até bem sintonizada.. o que pega é a necessidade de chamar atenção, de querer a companhia de alguém o tempo inteiro.
    Essa parte eu tento ignorar, deixo fazer as birras e não faço o que ela quer na hora que ela quer (ignoro, mesmo que algumas vezes queira fazer a atividade com ela espero uns 10 minutos e vou.. ela precisa perceber que não manda na mamãe!).. acho importante que eles aprendam a brincar sozinhos, a fazer atividades sozinhos.
    A fase agora é a da descoberta de que eu e a pequena somos 'separadas' e não a mesma pessoa.. é isso que a Malu deve estar vivendo também.. a descoberta de que elas são elas e não somos grudadas faz com que o grude com a gente piore. Logo ela vai perceber que apesar de não ser grudada na mamãe, a mamãe sempre vai estar por perto!
    Quanto à escola.. sim, vale muito a pena Sabrina!!!!
    Penso que a escola vence a batalha contra a babá.. deixa a criança mais socializada, mais consciente de que não estão sozinhas e nem sempre tem as suas exigências atendidas prontamente.
    Sofia também só vai para uma escolinha quando completar 2 anos.. até lá, as birras continuam, mas a mamãe aqui é paciente!!!
    Saudade de vocês.. beijo enorme!

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    1. É super difícil, né Larissa?! Eu já li um pouco dessa fase deles descobrirem que não são grudados na gente que são pessoas separadas e vi isso agora quando ela se vê no espelhp que não brinca mais como brincava antes. Mas nunca imaginei que fosse ser tão difícil essa transição, dá muita pena e preocupação. Hoje cheguei a pensar em ligar pra pediatra dela, tem noção?! Vou testar a tua técnica dos 10 minutos pra ver se rola com a Malu. Ela até brinca sozinha, mas tem momentos que ela quer atenção de qualquer jeito. Já estamos na pesquisa de brinquedos para ela se distrair um pouco mais. Saudade gigantesca de vocês!!! Bjãoo

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