Sozinha?!

Desculpem a minha ausência esses dois dias, mas é que tive que cuidar da Maria Luísa sozinha durante 3 dias e 2 noites. Pra algumas pessoas deve ser a coisa mais fácil do mundo, mas pra mim foi a primeira vez.
O meu marido teve que viajar a trabalho no domingo às 13h30min e desde esse horário a Malu ficou só comigo, fomos aproveitar o dia na pracinha e depois todas as tarefas de jantar, banho, colocar roupa, dar leite, colocar pra dormir e acordar na madrugada foram só minhas. 
Digo que não foi algo fácil, mas ainda bem que está calor e rola uma certa disposição extra.
Quando a Malu nasceu eu queria fazer tudo sozinha, sempre achava que os outros não faziam tão bem quanto eu, mas depois que o cansaço absurdo veio, eu decidi aceitar que os outros também faziam tão bem quanto eu.ehehe
Mas na madrugada sempre era eu quem acordava, o marido estava estudando para um curso que estava fazendo e eu preferia que ele dormisse. A Malu era bem boazinha, só acordava na hora de mamar e não ficava enrolando horas no peito, quando eu via que ela ia tentar fazer isso usava a técnica da Caderneta de Vacinação, dedo mindinho no cantinho da boca pra largar o peito, sem machucar e sem choro. E mesmo quando a minha mãe ia do Sul pro Rio pra me ajudar, era eu quem acordava.
Minha mãe me ajudou duranta 1 mês e meio, logo que a Malu nasceu. O ritual era depois que eu dava de mamar pela manhã, voltava pra cama pra dormir mais um pouquinho e a minha mãe ficava com a Malu. Me ajudava muito, pois depois que eu acordava ela fazia o almoço e ainda dava uma mão nas roupinhas da pequena. 
E a mesma sensação que eu tive quando minha mãe comprou a passagem de volta pro Sul e o sábado anterior a viagem do marido foram de apavoramento total. "Será que eu dou conta?" 
Pois todas as vezes que o marido foi viajar, a minha mãe corria pra cá ou eu corria pra casa dela. Apenas uma única noite eu fiquei sozinha com a Malu, mas no outro dia o marido já estava em casa. Mas dessa vez eu teria que fazer quase tudo sozinha, durante à tarde a minha diarista/babá ficaria um pouco com a Malu pra eu poder ir na academia, mas mesmo assim todo ritual cansativo da noite seria meu. 
E o negócio cansou!
A Malu agora já sente muito quando alguém vai embora, chora e fica um pouco sentida e naquele dia parecia que ela estava entendendo que o pai ia viajar. Ficou um grude absurdo e na hora dele ir embora foi até o portão agarrada no pescoço dele. Imaginem o meu coração apertado.
Domingo é dia de pracinha e fomos pra lá, ela ficou até tarde por lá, zero de cansaço e zero de querer ir embora. E eu já morta de tanto correr atrás dela e ajudá-la a subir no escorregador, pois sim, ela prefere muito mais brincar com as crianças mais velhas do que com crianças da idade dela. 
Consegui certa tranquilidade na janta, brincadeiras e ritual de banho e sono, o problema veio durante a noite. Ela começou a chorar de meia em meia hora, depois grudou em mim e eu resolvi que era melhor levar pro meu quarto. Não gosto que ela durma conosco, mas em dias como esse é difícil, pois ela sente a falta do pai e parece que só se acalma grudada em mim. 
Só que eu achando que ela ia ficar tranquila e nada, percorreu quase a cama inteira pra achar um lugar bom pra dormir, até que BUM, caiu da cama. Choro, levanta pra ver o que machucou, estava com a testa vermelhinha, mas eu não sabia se era do choro ou do tombo. Deita novamente, aí acabou minha noite, pois quem dorme achando que o filho pode cair novamente da cama?! 
Eu acordei levantei acabada, parecia que um trator tinha passado umas 100 vezes por cima de mim. E eu nem sei como ainda tive vontade de ir pra academia pra começar um novo treino. (ps: Malu ficou com um roxão na testa depois do tombo, mas como não apresentou nada diferente não levei ao médico.)
Já na segunda, fui mais espertinha, montei o berço portátil no meu quarto e já coloquei a Malu desde o começo da noite ali, foi um pouco mais tranquilo. Porém, a caída dela da cama ainda me assombrava e como o berço não tem toda aquela altura que um berço normal tem, continuei acordando na madrugada. Mas pelo menos foi bem menos do que na noite anterior e ainda não dormi toda torta.
Bom, sobrevivi pra contar, estou cansada, mas firme e forte. Espero que com ela crescendo fique mais fácil e eu me anime a ficar sozinha nas viagens mais longas. Claro que ter alguém pra ajudar é sempre mais fácil e é nesse momento que fico triste com a nossa vida cigana, pois morar na mesma cidade da minha mãe seria uma benção.
Depois desse post vocês podem me achar uma péssima mãe que não se sente competente pra ficar sozinha durante noites com a filha ou podem se encontrar nessa mesma dificuldade. Mas eu não posso mentir e contar algo diferente, pra mim ainda é muito difícil ficar sozinha durante as noites com ela, mas o primeiro passo foi dado. 

Beijos.
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