Essa é uma conversa chata e que nenhuma mãe gosta de falar, escutar ou pensar e eu tinha essa atitude... Mas agora vi que eu era besta em achar que se eu falar pode acontecer alguma coisa e por esse medo enorme eu não queria saber.
Bom, Malu quando tinha 3 meses engasgou feio de ficar roxa e eu achar que ia perdê-la, foi horrível e vou contar um pouquinho como foi...
A Maria Luísa tomou a vacina dos 3 meses que doeu um pouquinho, mas ela estava bem, a moça do postinho avisou que ela poderia ter dor na perninha e um pouco de febre e que seria normal. Logo após a levamos na pediatra para consulta de rotina e ela estava super bem, sem dor, sem febre, sem nada.
Até que mamou quando chegamos em casa e dormiu, tentei fazê-la arrotar, mas nada, então a coloquei no carrinho com o assento um pouco mais levantado para não engasgar caso viesse a golfar. Até que perto de umas 20h ela acorda chorando, na mesma hora notamos que pudesse ser dor na perninha e resolvemos fazer a compressa de água gelada e aproveitar para dar banho.
A levei para o quarto no meu colo, quando a coloco no trocador para tirar a calça e fazer a compressa, ela golfa e gulosa como sempre foi tenta engolir, como já tinha feito outras vezes, só que nisso ela se engasgou. A coloquei sentadinha pra ver se melhorava, como já tinha acontecido, e nada, dou alguns tapinhas nas costas e nada, aí comecei a ficar bem preocupada e chamar o meu marido avisando que ela estava engasgada. Ele chega a pega e tenta o mesmo que eu com os tapinhas nas costas, mas não adianta e não adianta, começo a ficar maluca.
Ele, militar, fez curso de primeiros socorros e tenta fazer os procedimentos que aprendeu, quando a vira ela está espumando. Deu foi a minha loucura! Não consegui deixar ele terminar e pedi a ele para chamar alguém. Na mesma hora já fui saindo atrás e nisso lembrei que uma das nossas vizinhas era médica, gritei pro meu marido e saímos pro elevador.
Na correria minha cachorrinha ficou perdida, nós no elevador, a porta de casa aberta e a minha cachorra não sabia para onde ir. O meu marido gritava pra ela e ela não sabia se entrava pra casa ou se saía, pedi a ele que a colocasse em casa, pois ia subir com a Malu.
Não tenho noção de quanto tempo dura para um elevador subir do 1º para o 6º andar, mas naquele dia foi interminável, eu sozinha naquele elevador com a Maria Luísa engasgando foi horrível. Mas ao mesmo tempo até aquele instante eu ainda tinha um nadinha de calma, pois sempre escutei "enquanto a criança está chorando, ela está respirando" e a Maria Luísa até aquele momento estava chorando. Até que, enquanto estávamos subindo os andares, a Maria Luísa parou de chorar...
Ela estava com a cabeça para baixo no meu colo, pois ainda estava dando os tapinhas nas costas pra ver se aquilo saía. Quando ela parou de chorar não tive dúvida e enfiei o dedo na garganta dela, na "guela" como todo mundo fala, e ela vomitou um pouco daquilo que estava incomodando, mas não tinha sido suficiente. Ela vomitou exatamente quando a porta do elevador abriu no 6º andar. Nesse momento meu marido já está abrindo a porta que dá para escada e já aperta a campainha e eu gritando desesperada.
O marido da anjinha que Deus colocou ali naquele momento abriu a porta e na mesma hora viu o meu desespero e tirou a Maria Luísa dos meus braços. E ali eu desabei, desesperada, só pedia a Georgianna, esse é o nome da anjinha da Malu, que salvasse a minha pequena.
Eu caí ao chão e chorava desesperada.
E ela saiu com a Malu dali. Depois de alguns minutinhos minha filha volta não mais engasgada, ainda assustada e chorosa, mas viva. Graças a Deus!
Desculpem relatar isso de uma forma emocionada,mas não consigo não chorar lembrando de tudo e não consigo deixar todo o sentimento de lado.
Porém sei também o quanto é importante a informação para uma mãe, pois pode ser que se eu soubesse um pouco mais não chegasse até esse ponto. O ponto foi que quando a Malu parou de chorar ela não estava mais respirando como antes e chegou a ficar roxa.
Isso a Georgianna só me contou 2 dias depois do acontecido, por saber que naquele momento eu estava muito assustada e com medo de tudo que tinha ocorrido. E ela me explicou tudo o que ela fez e o que eu poderia fazer caso acontecesse novamente.
Ela disse que quando tentou dar os tapas nas costas ela não voltou, então a segunda parte era desobstruir o que estava causando o engasgo, ela pegou uma toalha e passou dentro da boca da Malu, isso fez com que saísse tudo o que estava impedindo ela de desengasgar e respirar normalmente. Outra coisa a fazer, mas que ela não precisou fazer com a Malu, é aspirar boca e nariz, com a sua própria boca você puxa o que está na boca do bebê (e isso minha ajudante aqui de casa fez com o filho dela quando tinha apenas 3 dias, imagina o desespero).
A Maria Luísa já chegou a engasgar outra vez no banho enquanto escovava os dentes e eu mesma saí fazendo tudo, dei os tapas, vi que não adiantaram e já coloquei a mão na boca dela, ela vomitou e eu limpei a boquinha dela por dentro e ela ficou bem. Mas não saberia fazer se eu não tivesse tido informação, por isso é importante que nos informemos sobre isso, mesmo sendo um assunto que não é bom nem pensar.
Os cuidados que tive que ter com ela após o engasgo com o leite foi lembrar se tinha saído leite pelo nariz dela (e isso eu não lembrava), pois ela podia ter aspirado o leite e teria o risco de ter ido para o pulmão e como eu não tinha certeza tivemos que passar a noite pra ver se ocorreria algum chiado enquanto ela respirava e também se estava respirando bem durante à noite. Vocês imaginam como foi a nossa noite, nós deitamos no chão do quarto dela em colchões, eu não consegui pregar o olho e o marido ainda tinha prova física no outro dia.
No outro dia ainda Malu acordou com febre, por reação à vacina, e tínhamos um calor de 42º no Rio de Janeiro. Quase endoidei, com uma criança super chorosa pelo susto, pela febre, pela vacina e pelo calor e eu uma mãe ainda assustada por ter passado por tudo aquilo e me achando impotente. Não digo que foi fácil esquecer aquele susto, passei ainda quase o outro dia chorando, super insegura de colocá-la no trocador e ela engasgar novamente. Deixá-la dormir sozinha no quartinho dela também foi um desafio.
Mamães ficar naquilo que "prefiro nem pensar", é pior, pois ter informação não quer dizer que vai acontecer, mas caso aconteça é melhor que tu saibas como agir pra não ficar nesse desespero assustador que ficamos.
Vou colocar aqui uma imagem conhecida e que com certeza já visses na tua time line no facebook ou no instagram, mas sempre é bom lembrar de como faz o básico para que a criança desengasgue.
Os cuidados que tive que ter com ela após o engasgo com o leite foi lembrar se tinha saído leite pelo nariz dela (e isso eu não lembrava), pois ela podia ter aspirado o leite e teria o risco de ter ido para o pulmão e como eu não tinha certeza tivemos que passar a noite pra ver se ocorreria algum chiado enquanto ela respirava e também se estava respirando bem durante à noite. Vocês imaginam como foi a nossa noite, nós deitamos no chão do quarto dela em colchões, eu não consegui pregar o olho e o marido ainda tinha prova física no outro dia.
No outro dia ainda Malu acordou com febre, por reação à vacina, e tínhamos um calor de 42º no Rio de Janeiro. Quase endoidei, com uma criança super chorosa pelo susto, pela febre, pela vacina e pelo calor e eu uma mãe ainda assustada por ter passado por tudo aquilo e me achando impotente. Não digo que foi fácil esquecer aquele susto, passei ainda quase o outro dia chorando, super insegura de colocá-la no trocador e ela engasgar novamente. Deixá-la dormir sozinha no quartinho dela também foi um desafio.
Mamães ficar naquilo que "prefiro nem pensar", é pior, pois ter informação não quer dizer que vai acontecer, mas caso aconteça é melhor que tu saibas como agir pra não ficar nesse desespero assustador que ficamos.
Vou colocar aqui uma imagem conhecida e que com certeza já visses na tua time line no facebook ou no instagram, mas sempre é bom lembrar de como faz o básico para que a criança desengasgue.
Beijos.