Quem me acompanha no instagram já viu minha agonia com as gripes milhares que a Maria Luísa sempre tinha e ainda algumas vezes apresenta e também comentei isso quando comecei o blog.
Imagem retirada da internet |
A Maria Luísa nasceu no Rio de Janeiro, cidade quente e seca, e veio morar em Cachoeira do Sul, cidade fria e úmida, uma maravilha pra uma criança. Só que não, é claro! Na verdade não é bom para saúde de ninguém essa mudança louca.
O ano passado a Maria Luísa além de ter que se adaptar ao clima daqui, começou na escolinha e teve que se adaptar a essa mudança. Foi um caos! Quando chegamos em julho do ano passado ela já estava no 3º antibiótico no ano e eu estava ficando desesperada. A solução da médica, na época, foi tirá-la da escola, o que eu fiz sem pensar e com isso comecei o blog.
Mas quando chegamos em outubro eu não tinha mais o que fazer com a Maria Luísa em casa, pois aqui o clima é horroroso, não tem lugar para as crianças brincarem e deixá-la somente em casa era horrível tanto pra ela quanto pra mim. Ela só sabia comer e não dormia direito e resolvi que ela deveria voltar para a escola, mas resolvi trocá-la de escola, pois não estava satisfeita com a anterior, até mesmo com a função do controle das gripes entre as crianças.
A Maria Luísa deu uma boa melhorada enquanto estava em casa, não tinha tantas crises de febre e gripe absurda, mas continuava a ter gripes e quando começou na nova escola, é claro que chegou a ter um caso. Cheguei a tentar homeopatia, mas quando ela teve essa crise na nova escola a médica logo passou antibiótico. No meio disso fui pra Rio Grande (minha cidade, ao Sul do Rio Grande do Sul) com ela medicada com homeopatia e depois antibiótico e a Maria Luísa se encheu de bolinhas vermelhas, fiquei apavorada, e consultei com ela o meu antigo pediatra. O médico deu remédios bem mais "fracos" que os que as médicas davam aqui em Cachoeira e a Maria Luísa em 3 dias estava muito melhor, isso foi em outubro.
Em novembro fomos viajar pra Recife e a Maria Luísa voltou zerada, sem nariz escorrendo, tosse ou qualquer coisa parecida. Mas deu um tempinho e o clima daqui voltou a atacar... Meio de dezembro e a Malu me apresenta outra gripe, que na verdade sempre foram reações de alergia. Fiz o que todo mundo fala pra não fazer, não fui a médico nenhum daqui e usei os remédios que o médico de Rio Grande tinha passado e ela melhorou. Porém o nariz continuou a escorrer e em janeiro antes de sairmos de férias fiquei com medo dela com essa coriza e levamos na médica daqui de Cachoeira.
A médica se surpreendeu o quanto ela tinha crescido, quase falei que era por não tomar mais tanto corticoide que ela passava. E o que a médica passou para parar a coriza da Malu? Corticoide novamente e me alegou que só assim ia parar. A Malu tossiu durante toda viagem de ida para o Rio, e lembrem que fomos pro Beto Carrero ainda. Era uma "delícia", a coitadinha começava a tossir e de tanto tossir vomitava. Ódio era pouco dessa médica.
No Rio levamos ela a antiga médica que passou antialérgico e outros medicamentos mais homeopáticos e fitoterápicos. E também nos informou que o remédio que a médica passava estava errado, pois o remédio era para quem tinha secreção no pulmão e o problema dela eram vias aéreas superiores. E ainda me perguntou se a médica daqui sabia disso e eu com muito mais raiva confirmei que sim e que tinha sido a médica daqui que diagnosticou pela primeira vez que o problema da Malu era só nas vias aéreas superiores e nada no pulmão.
Tirando esse detalhe... o problema real que tínhamos é que a médica do Rio é do Rio e mesmo sendo uma excelente médica não tem a mesma noção do clima daqui como um médico daqui. Mas o que ela tinha passado ajudou muito, porém o medicamento mais importante a moça da farmácia nos deu errado. Sim, a Malu, claro que por erro nosso também, tomou um medicamento errado todinho. E isso fez com que ela tivesse febre, coriza e todo aquele meu terror quando o tempo mudou.
Quando fomos comprar o remédio novamente, a atendente nos deu outro e foi quando vimos que tínhamos dado um remédio errado durante um mês mais ou menos. Me senti a pior mãe do mundo por não ter conferido o nome, somente conferi que era pediátrico, pois na minha ingenuidade nunca imaginei que a atendente da farmácia não ia nos entregar o remédio certo.
A Malu começou a ter crises e a partir daí foi quando aprendemos a cuidar da nossa filha que tem alergia respiratória, mas isso só depois de um outro médico ter dado remédios super fortes pra ela e de forma errada. Vocês não imaginam o tamanho do meu desespero quando a Maria Luísa tinha acabado de tomar antibiótico e começou a ter febre novamente.
Liguei pra médica do Rio e ela me disse que o primordial é a limpeza do nariz, pronto todo santo dia, obrigatoriamente, fazemos a limpeza pela manhã e pela noite. O nariz piorando fazemos limpeza antes e depois da escola.
Procurei outro médico aqui e Graças a Deus encontrei um médico bom que realmente conversasse sobre o que fazer, pois aceitar apenas que ela é alérgica ao clima e rezar para que cada mudança do tempo ela não tenha nada é algo péssimo para pais que ficam muito mal quando veem sua filha sofrendo. Juntando os dois médicos foi que a Maria Luísa realmente começou a melhorar.
E aí que vou ajudando vocês, pois eu não tive essa ajuda até encontrar esses médicos, principalmente o médico daqui.
Ele não falou em nenhum momento sobre a escola da Maria Luísa, o que eu achei ótimo, pois não tenho condições de retirá-la novamente.
Como falei, limpeza sempre, com ou sem coriza, sempre devemos limpar o nariz. Aqui no Sul isso é corriqueiro entre as crianças nesse tempo de frio, mas em outros estados não é tanto. A limpeza que fazemos é colocar uns 4 ou 5ml de soro numa seringa e darmos jatos no nariz da criança. Quando eu tinha uns 5 anos minha mãe me colocava virada de cabeça pra baixo pra entrar melhor, mas não tem essa necessidade, até porque as crianças de 1 ano podem se afogar fazendo isso. Depois pedir pra criança assoar o nariz ou usar os aspiradores nasais. Depois disso eu uso um medicamento para secar a narina, mas isso só um médico pode passar.
Imagem retirada da internet |
Outro item importante foi tirar todos os bichos de pelúcia do quarto da Malu. Do quarto!!! Não só da cama! Os bichos de pelúcia são os piores para a proliferação de "bichinhos", tudo fica impregnado neles. Tirei tudo!
Casa sempre arejada! Sempre, sempre, sempre! Fez frio, fez sol, fez chuva, não importa, sempre deixar as janelas abertas, pelo menos durante o dia. Acordou, abre tudo! Eu como mãe morrendo de medo que ela sentisse frio, deixava o quarto dela sempre fechado pra ficar quentinho, mal sabia o mal que eu fazia.
Depois o que eu não tinha ideia que podia ser ruim, o médico mandou eu não colocar nada de amaciante e sabão em pó normal nas roupas da Malu. A gente sempre tem aquela ideia de que se não apresenta alergia na pele então tá liberado e não é bem assim. Tive que comprar apenas sabão neutro ou de coco pra ela.
Também zero de perfumes, só em momentos muito, mas muito especiais, isso conta para perfumes de bebê. E eu colocava sempre para ela ir para a escola.
E também nada de colocar cobertores que estavam guardados, mesmo limpos, para cobrir seu filho quando ficar frio. Primeiro os cobertos devem ser colocados para arejar e depois colocar na cama do seu filho. E dê sempre preferência a edredons do que cobertores de lã. A Malu também toma uma vitamina C todos os dias à noite que a médica do Rio passou e o médico receitou um pozinho para colocar na comida que ainda não começamos a dar.
O médico também não falou nada de animais de estimação, o que aumenta ainda mais a minha ideia de que animal de estimação bem cuidado não altera em nada as alergias das crianças. Então os carinhos, abraços e cheirinhos entre as duas está liberado.
Com todos esses cuidados, a Maria Luísa desde abril não apresenta mais nada. E isso, pra mim, é muito tempo, pois pelo menos uma vez por mês a Malu tinha uma febre que aparecia do nada. E ainda estamos umas 3 semanas sem coriza feia e isso que estamos passando por mudanças bruscas de temperatura e já fomos e voltamos de Rio Grande uns 3 finais de semana, onde o clima é diferente. Claro que não podemos descuidar nunca! Sei que esses cuidados serão por muito tempo, mas vê-la bem é maravilhoso.
Sei que muitas e muitas mamães sofrem com isso com seus filhos e por esse motivo quis passar um pouco o que ajudou a resolver os problemas respiratórios da Malu e espero que ajudem vocês.
Beijos.
ps: o Mamãe em Construção também está no instagram, nos siga lá @mamaeemconstrucao.