Viajando sem filho!

Sim, eu e o papai aqui viajamos sem filho!!! A Maria Luísa ficou com a minha mãe na nossa casa e nós fomos pra Recife pro casamento de amigos nossos da faculdade.
A Malu não foi, pois ficamos apenas um final de semana. Fomos na sexta e voltamos na segunda, rapidinho, rapidinho. Rapinho pra quem mesmo?!
Gente, morri de saudade, tudo é muito estranho sem ela. Quando estamos na casa da minha mãe, saímos sem ela com os amigos, mas quando voltamos ela está lá dormindo no quarto que vamos dormir. Depois pela manhã já está a me acordar, mas dessa vez não. Aí o coração da mãe fica cheio de saudade.
A ideia de ir sem ela, foi por não termos tempo de ficar mais em Recife. A viagem era muito rápida e cansativa e ela não ia aproveitar absolutamente nada, pois nem tempo de curtir um solzinho na praia tivemos. Fomos na sexta e chegamos às 19h lá, pra gente é tranquilo correr, nos arrumarmos e encontrarmos os amigos em um restaurante, pra ela seria impossível. No sábado a correria seria maior por causa do casamento e não levaria ela para a festa, pois achamos que casamento de amigos não é lugar de criança. Casamento de família, dependendo, nós levamos, mas de amigos se ela não for daminha, não tem necessidade. Então teria que contratar uma babá pra ficar com ela por lá e seria mais chato ainda pra Malu.
Chegaríamos tarde e no outro dia iríamos querer descansar um pouco e quem tem filho sabe bem que criança acorda cedo, ainda mais quando precisamos dormir. Definitivamente, ela ficaria completamente sem saco e ficar com a avó e curtir por aqui seria melhor.
Ela teve festinha de aniversário de coleguinha na sexta, no final de semana passeou e brincou muito com a vovó, na segunda teve ballet e depois o começo da Semana Farroupilha na escola que ela foi lindinha de prenda. Ir pra Recife só por ir, seria terrível pra ela e mesmo o meu coração estando apavorado com essa ideia, foi bom, pois vi que não morremos uma longe da outra, mas tem prazo de validade essa distância.
O nosso esquema foi o seguinte, minha mãe chegou na quarta pra ela já se acostumar um pouquinho, tudo bem que ela já é um grude com a minha mãe. Na quinta a vovó já foi tomando algumas rédeas, mas alguns rituais nossos continuaram. Saímos de casa na madrugada, claro que fui dar uma última conferida nela, pegar um cheirinho e me acabar de chorar enquanto saía de casa. Sério, a sensação de que uma parte de ti não está indo contigo é completamente real. Mas aí fomos conversando sobre ela e como ficaria e fui me acalmando.
O pânico de pegar um avião, existiu, mas aconteceu até o meio da semana, quando chorei um monte e coloquei pra fora os meus medos pro meu marido. Marido esse com zero de paciência, pois na verdade ele também fica inseguro e não quer falar, mas resolveu, pois acho que eu só precisava chorar e colocar pra fora. Mamães, vou dizer a vocês que não somos só nós que temos medo de viajar sem filhos e acontecer algo, conversando com uma amiga no casamento, ela também estava super nervosa com o noivo que estava viajando para compromissos de trabalho. 
Achei que fosse ficar pior na hora do voo em si, mas fiquei mais tranquila do que o esperado. Graças a Deus!!
A cidade que moramos fica umas 2h30min de Porto Alegre, então fomos de carro até o aeroporto e antes ainda corri na minha nutricionista que fica na capital. Quando saí da nutricionista e fui pro aeroporto já liguei pra minha mãe pra saber notícias e ela estava super bem. Fizemos conexão em São Paulo e voltei a ligar, aí o coração já deu aquele aperto, pois soube que ela chorou na hora de se arrumar já que é sempre a nossa rotina, mas a minha mãe lembrou do aniversário do coleguinha e ela esqueceu.
Chegando em Recife... outra ligação, soube de outro chorinho, mas tinha ficado bem novamente. 
No sábado antes do almoço falei com a Malu pelo telefone, ela toda mocinha falando comigo, respondendo tudo que eu perguntava e terminou com "beijo, tchau! TE A-MO!". O que aconteceu? Chorei, chorei!!! Aí além de tu sentires a distância, tu vês que a tua filha cresceu tanto que fala contigo direitinho no telefone, responde o que perguntas e ainda dá tchau tranquilamente. 
À noite enquanto eu me arrumava minha mãe me ligou dizendo que ela queria falar comigo, aí me deu oi falou um nada e se vira pra minha mãe dizendo que não quer falar comigo e sim com a Andressa, a prima dela. Posso com isso?! Ela ainda falou um pouquinho comigo e me deu tchau logo, pois queria ver Galinha Pintadinha no computador da avó. 
O que combinei com a minha mãe foi que toda vez que ela perguntasse por nós, ela responderia a verdade de que estávamos viajando e que voltaríamos depois, mas que ela tinha que brincar bastante, dormir um tanto e chegaríamos. E assim foi, teoricamente, ela entendia e não chorava mais ou reclamava. Acho que ela realmente entendeu.
No domingo não consegui falar com ela, pois quando liguei ela estava dormindo e depois eu fiquei na função com os amigos e o tempo passou rápido. Na segunda só falei com ela quando cheguei em Porto Alegre mesmo, antes liguei e ela estava no ballet e depois não quis ligar durante a correria do almoço. 
Ela ficou acordada nos esperando chegar e foi muito fofo a carinha dela quando nos viu. Fazia carinho no nosso rosto como para ter certeza de que estávamos ali.
Vou dizer que viajar sem filho é bacana, pois pelo menos em algum momento que normalmente terias uma criança falando, falando, falando ou pedindo atenção, estás com o teu marido conversando tranquilamente. Mas ao mesmo tempo tu sentes tanta falta dessas atrapalhações que o assunto daquele momento é teu filho. 
Nossa viagem sem filho não foi de real passeio, tanto que passear foi o que não fizemos. Só deu pra matar saudade de algumas comidas e dos amigos, mas da cidade em si não deu. Mas já foi bom pra entender que dá pra viajarmos sem a Maria Luísa, mas o nosso prazo um dia pode ser que fique maior, mas por enquanto esses 4 dias são suficientes ou no máximo 1 dia a mais, pois vi que eu no domingo já estava doida pra voltar.rsrsrsrs E ela na segunda já estava com muita saudade, claro, que saber que estávamos chegando pode ter aumentado essa expectativa. 
A minha dúvida ainda é se a viagem deveria começar no final de semana ou durante a semana, pois durante a semana tem sempre a rotina com os pais e isso pode fazer sentir, já que está acostumada com as mesmas coisinhas ou por ter todas as atividades não sentiria tanto ooooou se o final de semana é pior por não vê-los o dia todo?! Aqui, em princípio, o final de semana foi tranquilo e as atividades rotineiras é que fizeram com que ela lembrasse da gente. Como a troca de roupa pra escola, o beijo de boa noite da mamãe... 
E outra dúvida que eu estava até chegar em casa era se realmente é melhor ela ficar em casa ou ir pra casa da vovó, mas minha mãe quando eu cheguei disse que ter ficado aqui foi muito melhor pra ela. Pois na nossa casa tem tudo para ela, tem o espaço dela brincar, ela conhece todos os cantos e fica mais tranquila sem tanta novidade. Então essa dúvida já foi sanada! 
Mamães o coração fica bem apertadinho, mas é bom viajar sem filho uma vez ou outra. Ainda mais se for pra curtir com o maridão e ter um tempo pra conversa de gente grande, mentira a conversa vai ser sobre o teu filho. #fato

Aqui vão algumas fotos da nossa viagem. O casamento foi maravilhoso e super valeu a ida!

No dia que chegamos.

Prontos para o casório! Não somos muito bons com fotos no espelho, pais...

Os noivos lindos: Aninha e Dudu. A festa foi no Instituto Ricardo Brennand, cheia de surpresas e impecável. 

Amigas da faculdade com a noiva.
 
No domingo com outra parte dos amigos de Recife.


Beijos.
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