Escolhendo a escolinha

Nem sei quanto tempo estou devendo esse post pra vocês, mas agora me sinto apta a conversar sobre isso, tá ainda tenho algumas dúvidas, mas isso sempre é coisa de mãe.
Não sei se vocês lembram como comecei esse blog, mas foi quando eu tive que tirar a Maria Luísa da antiga escolinha dela e também já comentei aqui que o negócio de ter uma quase babá também não deu muito certo.


No post que eu coloquei o link fala que tínhamos decidido colocá-la numa escola regular esse ano, porém o ano passado vimos que deixar a Maria Luísa em casa depois de ter frequentado escolinha estava no limite e realmente decidimos que o melhor era colocá-la novamente numa escolinha. Porém, tinha tido problemas na escolinha anterior, não com as pessoas que trabalhavam lá que são ótimas, mas com o método da escola e resolvi que lá não seria possível mais nos encaixarmos e fui procurar uma nova escola.
Juro que fiquei preocupada de não encontrar algo que eu realmente gostasse, essa que ela está agora tinham me falado quando já estava tirando a Malu da anterior, mas não tinha ido visitar. Primeiro fui em uma outra que tinham me comentado, quando cheguei a escola mais parecia um "depósito" de crianças. Vi que ali não teria nem perto o estímulo que eu queria para a Maria Luísa. Ali as crianças não eram mal cuidadas, mas eram apenas cuidadas e não notei nada educativo, então não era a minha saída.
O que eu encaro como uma boa escolinha e que foi como fiz a avaliação da escola atual é: um local com um espaço amplo, bom para as crianças correrem, com professores empenhados a dar o melhor e que tenham formação na área (como aqui realmente é mais complicado, peço que pelo menos a professora titular tenha), um bom plano pedagógico que vai oferecer o que eu não daria em casa ou alguém que cuidasse da Maria Luísa em casa também não daria. 
Segurança, qual a facilidade de entrar na escola, incluo também brinquedos bem cuidados, ambientes higienizados, cercas e um item bem complicado de segurança e que eu não queria que tivesse na escola era piscina (morro de medo e por enquanto prefiro que não tenha). 
E também peço uma alimentação regulada e não totalmente liberada como a maioria das escolinhas fazem (a minha ideia real, é ter uma nutricionista e as crianças comerem todos os mesmos alimentos, mas pra cidade que eu moro ainda é só um sonho).
Um item importante é o valor e o que está incluído nele, normalmente refeição não está e todo tipo de material de higiene também não. Observo também como são separados esses itens de higiene que mandamos, no caso da escola da Malu as mães mandam caixas com fraldas, lenço umedecido, pomada, tudo identificado e assim sempre quando acaba somos solicitadas a enviarmos novos. 
Quantidade de crianças por sala também é importantíssimo, na escola da Malu o limite são 13 crianças o que acho muito bom. Tanto que no meio do ano esse número começou a aumentar, pois crianças do berçário I já estavam aptas a passar para o berçário II e houve um acréscimo de turma, a Malu passou para um novo berçário III e os novos foram para o II.
Visto isso, aí fui visitar a escolinha que a Maria Luísa está estudando agora, eu não tinha conhecimento da existência dela antes de escolher a primeira escola, pois com certeza teria tido outra escolha na época. Cheguei lá e fui super bem recebida, fui eu e o marido, e chegamos no meio da tarde lá e resolvi visitar sem a Maria Luísa. A melhor opção é que pelo menos em uma segunda visita seja com a criança, mas não fiz. Na primeira escolinha eu cheguei a fazer (na verdade a primeira visita lá já foi com a Malu) e acho que por isso me iludi um pouco, pois a Maria Luísa adorou o contato com as crianças, mas dessa vez resolvi deixar o coração de lado e trabalhar só com a razão.
Sempre gosto de chegar em horários diferentes do comum para ver como será a receptividade da escola e não deixou a desejar. Mas depois faço uma visita com horário marcado para poder conversar melhor com professores e com a direção. Logo que chegamos a pedagoga responsável nos recebeu e já foi conversando conosco como era a escola e nos mostrando toda ela sem deixar espaço nenhum sem vermos. A escolinha ampla, arejada, bem iluminada, sem carpetes, com um espaço verde para as crianças brincarem, dois parquinhos diferentes para crianças de diferentes idades, projeto pedagógico bem definido, cantinho do sono, biblioteca, sala de filme.
A Maria Luísa quando entrou começou no Berçário I e lá ainda contava com uma técnica de enfermagem e a sala muito maior que as outras para eles poderem engatinhar e correr melhor, já que é quando estão começando os seus primeiros passos e precisam de espaço para esse estímulo. Também tinha uma mini cozinha, com pia, microondas e geladeira.
A nossa primeira ideia era deixar a Maria Luísa até o final do ano ali e depois a colocaríamos na escola regular como tínhamos pensado anteriormente, porém aos poucos fomos mudando a nossa ideia.
O que pra mim foi crucial para escolhermos essa escolinha e não voltarmos para a antiga?! A antiga tinha monitoramento que era bem interessante, mas eu mal via, pois ou eu estava trabalhando ou estudando, era um pouco mais perto de casa, essas eram as vantagens reais. Quando eu reclamava de algo sempre existia uma desculpa, mas não via uma melhora real. Essa nova começa melhor por ter um espaço como escola e não uma casa adaptada, o que achamos perfeito e já foi um primeiro passo para a escolha dela. Lanches coletivos para os bebês também foi algo bem importante, eu levava quando a professora pedia um pacote de bolachas maisena e no começo de toda semana frutas. A única coisa diferente era o iogurte, pois a maioria tomava danoninho e similares e eu até hoje opto por iogurtes mais naturais sem corantes. As frutas eram tanto para o suco natural quanto para dar ao natural, em pedaços (coisa que acontece até hoje, mesmo ela já tendo trocado de turma. É uma prática para todas as turminhas da escola).
Pra mim, isso foi excelente, me senti super satisfeita, pois não teria medo de que chegasse à boca da Maria Luísa, cereais matinais de chocolate, bolachas recheadas, bolinhos de recheios duvidosos ou coisas do tipo enquanto ela tinha apenas 1 ano. Esse estilo era apenas para a turma do berçário I, ao chegar no berçário II as frutas continuam, mas cada mãe fica responsável pelo restante do lanche diariamente sem ser em conjunto (que juro que eu não amo tanto, era muito melhor antes).
As salas de aula tem uma super janela para dentro da escola que são envidraçadas onde quem está do lado de fora da sala vê tudo que acontece ali e quem está dentro da sala não consegue ver fora, ótimo para mamães inseguras que querem ficar espiando se os filhos estão bem e não atrapalham a dinâmica da sala de aula.
A escola tem plano pedagógico todo certinho. Na verdade é algo bem interessante, as crianças tem uma apostila de atividades o que fica bem definido no que se vai trabalhar durante o ano e ainda não ficam trabalhos soltos. A apostila tem a atividade e abaixo tem a avaliação da professora sobre como a criança se comportou durante aquela atividade, se gostou de pintar, se soube identificar o desenho, se precisou de ajuda para fazer e assim por diante. Isso ajuda a saber exatamente como o teu filho está progredindo na escola e também facilita em guardar os trabalhos.


Acho as pessoas que trabalham na escola super receptivas a críticas, o que ajuda muito no trato com os pais e alunos e nos ajudam com dúvidas que possam ocorrer. Como eu já disse em outro post me intitulo de "mãe chata", então toda vez que encontro algo que não me deixa satisfeita converso com a direção ou com a professora e sou prontamente atendida, sem respostas vagas ou aquela história de que é escola de interior e eu tenho que aceitar. 
Quando no final do ano fiquei na dúvida se manteria a Malu na escolinha ou colocaria na escola regular, como tinha pensado anteriormente, eu e o Daniel fomos lá e tivemos uma reunião com a diretora e com a pedagoga responsável e foi muito bacana. Vimos que de início não teria tanta diferença, apenas que na escolinha teria inglês e na escola regular música. Como a Malu ainda estava muito pequena e tinha acabado de se adaptar na escolinha resolvemos pela permanência dela lá. 
A escola da Malu, não é perfeita como cada detalhe que eu queria, mas sempre vejo aberta a conversas. Agora mesmo já tenho horário marcado com a pedagoga para conversarmos sobre algumas dúvidas que surgiram sobre as avaliações da apostila e espero que tudo seja sanado.
Mamães, de início é super difícil avaliarmos exatamente o que queremos numa escolinha ou escola, normalmente nos encantamos com o local e já achamos que ali é o certo. Mas procure outros, converse com outras mães e depois de usar bem a razão e excluir o que a razão não gostou aí vá pelo coração, onde te sentires melhor, onde teu filho gostou mais ao visitar. E sempre questione os profissionais, mesmo que passes por chata. Nunca seja grossa, pois eles tratam com o teu bem mais precioso, mas converse quando algo não está do teu agrado, pois tanto te ajuda como ajuda a escola a crescer.
Faça uma listinha de tudo que gostarias na escola pro teu filho e pergunte cada item da tua lista e como a escola pode providenciar que o mais próximo seja feito para te agradar e agradar a eles. Não esqueça, mamães que vão deixar seus filhos muito bebês, certifique-se de que tenha um bom número de professoras na turma para que seu filho não fique chorando muito tempo. Pois, sim, deixar criança chorando não faz bem. Então veja sempre a relação de número de alunos por turma e a quantidade de profissionais que ficarão com eles para teres certeza que o teu filho será bem cuidado e bem acarinhado quando necessário. 
Também analise os horários da escola, integral, apenas um turno, a partir de que horas e até qual horário pode ficar, quem vai ficar com a criança nesse tempo. A escola da Malu algumas vezes trabalha com plantão caso o pai necessite, o que acho bem interessante para imprevistos. Um outro detalhe é que para crianças que ficam em período integral, normalmente, o conteúdo só é aplicado no período da tarde, então a criança pela manhã apenas será cuidada e brincará com os colegas sem nada pedagógico. 
E por último eu acho veja como ocorrerá a adaptação do teu filho na escola. Se existe, quantos dias, quantas horas e quem pode ficar com ele. Com a Malu fui eu e ela, no primeiro dia foi para ficar apenas uma hora, no outro dia ficamos umas duas horas, no terceiro dia ela ficou sozinha e eu fiquei na escola esperando caso ela precisasse e ela ficou umas 2 horinhas mais ou menos, no quarto dia dei uma saidinha e ela ficou umas 2/3 horas e no quinto ela já ficou o dia todo. Isso é muito importante saber, pois teu filho ficou um bom tempo contigo e agora vocês precisam desapegar um do outro e normalmente a mãe sofre mais que o filho e não passe angústia para ele e nem faça teu filho faltar em dia de adaptação, pois a criança sempre sofre na volta.
Bom, o importante é que participes do dia a dia da escola, vá a reuniões, converse com os pais dos colegas, pois terás muito mais facilidade de encontrar algum problema que possa ocorrer e não conseguisses ver no período de conhecimento e adaptação da escola e assim, com certeza conseguirás o melhor para o teu filho. 

Beijos.
Comentários
0 Comentários

0 comentários:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...