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| Imagem retirada da internet |
Tu sabes aqueles dias que tu te sentes péssima? Que tudo que parece que pode dar errado, dá errado e ainda tens uma criança a te enlouquecer pela casa, que fala, fala, fala, reclama, reclama, reclama, chora, chora, chora, grita, berra, esperneia e tu estás sozinha?! Prazer essa sou eu!
Eu sou louca, eu sei! Quando eu não tinha mais nada que inventar, ainda invento de pegar uma gatinha. Ela é um amor, está sendo bem legal pra Malu (conto depois), mas é mais uma coisa pra eu me preocupar, mais uma coisa pra limpar, mais um "o que vamos fazer?". E no meio dessa loucura de mudança, parece que o negócio fica pior.
A mudança está me deixando completamente de cabelos brancos, encontrar um apartamento na localização que precisamos, que não seja um valor absurdo e que esteja inteiro parece algo impossível. Juro, que não sei qual o tamanho da cara de pau de algumas pessoas em colocar a disposição imóveis tão velhos e acabados com um preço nas alturas. E isso nos deixa malucos, pois vai ser o 3º final de semana que vamos ter que ir a Porto Alegre ver apartamento. Isso cansa tanto!
E aí pra completar o marido tem que viajar essa semana e semana que vem. Isso quer dizer, ficar com a Malu todos os horários, fazer tudo sozinha no que faço de forma dividida com o marido e ainda dormir mal. Pois não consigo dormir no meu quarto quando estou sozinha com ela em casa. Não sei o motivo, sou doida, mas não consigo. Aí coloco um "confortável" colchão de solteiro no quarto dela e durmo com a Charlotte dividindo espaço.
E nisso eu paro e penso, quando estou prestes a enlouquecer, já que até agora nem matrícula numa escola consegui fazer para a Malu, eu não posso reclamar. Não tenho esse direito, pois vejo tanta gente com problemas mil vezes maiores que os meus, gente que algumas vezes dá um estalo de dedos e tem dinheiro pra morar em qualquer canto, mas muitas vezes não tem saúde, não tem a felicidade que eu tenho.
Quando fico irritada com a Maria Luísa, penso em todas as mulheres que queriam estar no meu lugar. Tantas que estão anos tentando ser mães ou outras que sabem que nunca poderão parir. Aí penso que não posso reclamar.
Mas eu quero reclamar!!!! Peço sempre desculpas pra Deus quando reclamo, mas é que algumas vezes o bicho pega. A cabeça ferve e o corpo implora uma reclamação, uma reclamação daquelas bem grande.
Eu ainda sou casada com um militar, e caso tenham leitoras que também são, vão me entender completamente. Várias vezes nos vemos sozinhas no meio do fogo cruzado. Tanta coisa pra resolver e o marido tem que ir pro campo, aí tu tens que fazer tudo sem ele. Cuidar da casa, cuidar dos filhos, pagar as contas, resolver todos os pepinos, trabalhar e lembrar de comer, tomar banho, escovar os dentes... E no meio disso tem uma mudança. Affffffff Ainda tenho que ver transportadora.
Sei que várias mulheres não são mulheres de militar, mas seus maridos também tem que viajar por causa do trabalho. Amigas, abraço em conjunto! Vai dizer que não é de enlouquecer?!
Alguém me explica qual o motivo de uma cidade daquele tamanho como Porto Alegre e tantos bairros que não tem garagem nos prédios?! Não sei quantos pegamos com "garagem rotativa", "sorteio de garagem anual" e algumas locatários nem entram nesses sorteios. Aí se tiveres sorte de achar apartamento com vaga, abre muito o bolso pois o negócio vai ser caro. E pra gente, que precisa de segurança pra chegar com nossos filhos em casa, babou apartamento sem garagem.
Eu seiiii, não posso reclamar. Mas eu quero!!!!! Desculpa, Deus, eu sei que estou reclamando de barriga cheia, eu sei. Mas é que existem momentos que o cansaço toma conta, a cabeça pira e o corpo parece que não vai conseguir levantar.
Bom, vou lá, pois tenho umas lista enorme de atividades para fazer. Será que dá tempo pra academia?
Obrigada por lerem meu desabafo e vou adorar se tiver apoio nos comentários.
Beijos.
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