Já contei aqui no blog como escolhemos a escolinha da Malu quando morávamos em Cachoeira do Sul. Quando o marido foi transferido pra Porto Alegre corremos para procurar escolinhas ou escolas, foi tudo aquela correria.
Imagem retirada da internet. |
Mas quando se chega em cidade grande tu te deparas com a tal "fila de espera", é muita gente querendo as mesmas escolas e aí começa o sofrimento. Várias que eu ligava me diziam que eu tinha que ter procurado setembro ou outubro, mas dava vontade de dizer que a minha bola de cristal estava com defeito e eu não consegui ter a informação que o meu marido iria ser transferido na última semana de outubro em uma quarta-feira. Assim, algumas escolas foram sendo excluídas da minha lista.
Conversei com um monte de gente, pois tinha uma grande dúvida, colocar a Malu em escolinha novamente ou colocar em uma escola regular que ficará, eu espero, por toda a vida. Visitamos algumas escolinhas, nos apaixonamos por uma e o buraco se abriu, na unidade que queríamos não tinha mais vaga para a idade dela e quando procuramos em outra unidade da mesma escolinha o preço era bem mais caro e nos contaram que a escola não era tudo isso e o pior, a escola cara fazia racionamento de comida. Tá de sacanagem, pago horrores pra minha filha não comer o necessário?!
Aí uma mãe que já estava tristinha que a filha ia deixar os coleguinhas na outra cidade entra em desespero com uma notícia dessas.
No primeiro dia de visitas às escolinhas e escolas, fomos em apenas uma escola. E eu amei! Fomos por indicação de uma mãe em um grupo, procurei na internet, vi que não seria longe do bairro onde pensávamos em morar e amei toda a estrutura. Quando fomos para a entrevista, fomos super bem recebidos, conhecemos toda escola e parecia que tudo se encaixava. Mas aí sempre rolava a dúvida "Será que a Malu não é muito nova para ir para uma escola tão grande?".
Essa escola tinha um ponto positivo a mais, pois a parte de educação infantil é separada do restante da escola. Então tem entrada separada e assim não ficam com a pressão dos maiores. Fica quase uma escolinha.
Mas mesmo assim, quando eu fui conversar com a dona da antiga escolinha da Malu, ela disse que achava que uma escola só de educação infantil era melhor, pois tem uma visão diferente e uma abordagem diferente com as crianças. Depois quando me indicaram uma outra escolinha em Porto Alegre a dona veio com a mesma descritiva. E o meu coração de mãe pirando, pois essa última escolinha que fomos os profissionais pareciam muito bons e super empenhados, mas parei com a estrutura da escola.
A escolinha que a Malu estudava em Cachoeira era cheia de verde, lugar pra correr, uma delícia, mas essa escolinha mesmo tendo um prédio super bacana, o problema é que ele era muito estreito e não tinha áreas verdes e isso foi ponto negativo. Porém o marido estava convencido de que lá seria o melhor lugar.
Só que num dia de total dúvida coloquei no meu face que eu não sabia o que fazer e duas respostas foram cruciais para minha decisão. Uma foi de uma amiga que é diretora de escola de educação infantil em Rio Grande e outra de uma amiga que também é esposa de militar e tem um menino mais ou menos 1 ano mais velho que a Malu (vocês já conhecem ela, a Gabi que fez um post super bacana sobre viajar sem filhos aqui pro blog). A primeira disse que eu deveria ver a parte curricular (o que sempre vejo) e que muitas vezes é melhor já colocar a criança na escola regular, pois ela não precisa ficar passando por tantas adaptações e a escola regular sempre tem o ponto positivo que são profissionais formados, sem pessoas ainda em formação. A segunda me disse algo muito importante, somos uma família de militares e a possibilidade de mudança é quase uma certeza e toda vez ter que fazer uma adaptação já é cruel, imagina na mesma cidade eu ter que ficar fazendo adaptações em várias escolas na Malu, pois ela já vai fazer 3 anos e com 4 seria bom já estar na regular, então colocar num ano numa escola e depois trocar novamente tornou-se inviável.
Mas essa decisão estava comigo, eu não estava me sentindo segura nas escolinhas, enquanto o marido já tinha uma decisão. Demorei um pouquinho até que um dia coloquei na balança e duas coisas pesaram, a primeira a adaptação em várias escolas e a certeza de que 2 anos estamos aqui com certeza e depois não sabemos (mesmo com a vontade de ficar para sempre) e a segunda que meu marido foi mais que convencido, nos mudamos para um apartamento que não é grande, na verdade é bem pequeno e colocar a Malu numa escolinha que não teria espaço para ela correr, sem terra, sem verde, eu ia deixar a minha filha enclausurada o tempo todo. Não! Deu, acabou, problema resolvido. Naquelas, mãe nunca tem certeza de nada.
Até porque só teria certeza quando eu ligasse pra escola e eles me confirmassem que ainda tinha vaga. Liguei e tinha!!! Masssss, fomos fazer a nossa matrícula num clube aqui perto de casa e me deparo com uma escola super tradicional e bem conceituada na frente, eu conseguiria, com muita boa vontade, buscar a Malu a pé. Então antes de bater o martelo fomos na escola e a decisão foi tomada, chegamos lá e rolou a história "só fila de espera" e mais ainda, só aceitavam a partir de 3 anos completos em março e a Malu só faz em maio, então corri para a escola que amei desde o primeiro minuto.
O que me fez amar a escola: ser super bem recepcionada, o espaço escolar é muito bom, desde o primeiro momento já falam da alimentação correta, tem período integral caso precisemos, o refeitório para crianças de período integral é excelente. Gente, as crianças um pouquinho maiores servem sua própria comida e tem escrito, coloque apenas o que acha que irá comer, uma concha está bom, caso queira mais, repita. Achei isso o máximo! Ter desde pequenos a noção do não desperdício é perfeito.
Ela também terá aula de inglês desde o nível I, a escola é bilíngue com programas de acampamentos de inserção mais para frente, tem aula de música com professora própria, ela poderá fazer aula de ballet na escola mesmo, a carga horária das aulas também é muito boa.
Todos esses pequenos detalhes, pra mim, fazem uma diferença enorme. Não ter que pensar o ano que vem em qual escola colocar a Malu e nem me preocupar com o nível de educação, não tem coisa melhor.
As aulas dela começam hoje, primeiro a adaptação com horários reduzidos. Mas antes disso tivemos uma conversa, só nós, com a professora dela, o que também é algo muito bacana, pois nessa conversa ela perguntou tudo da Malu. As perguntas foram de todos os estilos, se os pais moravam juntos, se tínhamos passeios em família e como eram, se ela já tinha estudado em outra escola e quais as características da Malu, as suas reações quando contrariada, o seu jeitinho. Eu achei muito legal e acolhedor, pois sempre me diziam que uma escola grande não teria esses pequenos cuidados e eles têm, então meu coração está muito mais calmo.
E gente, é hooooje!!!!
Depois conto como foi toda a adaptação e como ela reagiu.
Beijos.