"Qual o problema de uma batatinha frita? Ela não tem nem dente, só vai chupar." "Só um pouquinho de açúcar, esse suco é muito amargo." " Ai coitadinha vai ficar olhando todo mundo tomar refrigerante e vai ter que tomar suco." E mais um monte de outras frases parecidas com essas.
Quem nunca ouviu?
Essas foram algumas frases que eu já escutei. Eu acho que já falei disso aqui, mas eu sempre gosto de voltar a esse assunto, pois quanto mais a Maria Luísa cresce e mais mães eu conheço, mais frases nesse estilo eu escuto.
Mas hoje venho mais uma vez falar o que eu acho da alimentação saudável, na verdade acho que não deveria ser intitulada assim e sim deveria ser chamada de alimentação consciente. A pessoa tem que ter a consciência de que aquele alimento lhe faz bem ou não.
E é mais ou menos assim que eu levo a minha alimentação e a alimentação da Maria Luísa, sem radicalismo, mas com a consciência de que eu oferecendo uma alimentação bem regulada hoje ela não terá problemas mais para frente.
Mas aí algumas vezes eu pergunto se os problemas são somente mais para frente?! E vejo que não! A Maria Luísa quando nos mudamos para Cachoeira do Sul, antes dela fazer 1 ano, teve vários problemas respiratórios, mas tudo era em conta da mudança de temperatura e alguns erros meus que eu não imaginava estarem fazendo mal a ela. Já contei isso em um post, e quem tem problemas de alergia respiratória com o filho pode dar uma olhada (Respirando melhor).
Mas quando conseguimos organizar os hábitos de limpeza do quarto dela, sempre arejado, e trocar o sabão que eu usava na lavagem das roupas dela, tudo foi melhorando. Então a volta à escola foi mais tranquila, com poucos momentos de febre e quando nos mudamos para Porto Alegre e ela mudou de escola, ela não sentiu a mudança. E todas essas modificações sem que o corpinho dela reagisse de outra forma comecei a associar a boa alimentação que ela tem.
A Maria Luísa não come besteiras como refrigerantes, bolachas recheadas, salgadinhos de pacote, balas, fast food... Ela já provou, bolacha recheada e bala, mas os outros itens não.
Eu não sou a radical que não deixa ela comer chocolate, que não deixa ela comer danoninho ou batata frita. O chocolate algumas vezes ela come em casa, mas os outros só se em algum lugar que formos e alguém der.
O prato da Maria Luísa em um restaurante tem arroz, feijão, uma carne, legumes e verduras. Nunca sirvo batata frita, isso é uma opção que fiz na minha vida, eu também não como e não acho necessário dar a ela. Algumas vezes ela come, sim, pois acho que o radicalismo não serve, não é legal, mas não tenho em casa, não é uma opção de alimento no prato dela.
E essa nossa postura, digo nossa, pois o pai dela também participa ativamente dessas decisões, faz com que a saúde da Malu cada dia fique mais forte e que ela fique muito menos doente que o normal. Isso é uma regra para qualquer criança? Claro que não!!! Mas o primeiro item que eu analisava quando ela ficava doente ou algumas vezes chegava a aparecer uma febre (até hoje e sempre), é se a alimentação dela estava regrada. Pois eu sei que algumas vezes tenho preguiça com alguns itens, como feijão. Parece que é um bicho de sete cabeças fazer, mas esqueço de colocar na água um dia antes, sempre acho que vai demorar e no final fico sem fazer. Mas quando vejo que ficou muito tempo sem, me obrigo a fazer.
E penso que a boa alimentação começa na infância e juntamente com os exemplos dos pais, se tu não comes verdura, não adianta querer obrigar o teu filho que se recusa. Uma boa alimentação começa pelos pais desde a gravidez, passando pela amamentação e depois segue no que ofereceres ao teu filho e o que comes.
Algumas vezes escuto "mas meu filho ama batata frita", então ou pense em uma alternativa saudável ou nem compre se sabes que aquilo não faz bem a ele. Não ter em casa é o primeiro passo para que não seja consumido por ninguém da sua casa.
Lembre-se sempre "a ignorância é uma dádiva!" e o seu filho não conhece os alimentos, quem os apresenta és tu. Então tens que levar sempre essa responsabilidade, pois se o teu filho de 2 anos come errado, a culpa não são dos coleguinhas da escola, mas pode ser pela tua falta de informação em alguns itens, então peça ajuda, pesquise, procure.
Eu odeio dizer que uma mãe é culpada de algo, mas ela tem que ser consciente das escolhas que está fazendo pela sua saúde e pela saúde do seu filho.
Alimento é saúde!!! Eu mesma, quando estou seguindo bem os meus aprendizados da minha reeducação alimentar, não tem problema de em uma refeição no final de semana eu comer besteira, pois minha gastrite se mantém na dela, mas quando começo a comer mal e não fazer exercícios, aí, lá vou eu e meu amigo omeprazol. Então sigo muito essa ideia, alimento é saúde!!! E sei que sou culpada pela minha ida à emergência essa semana por causa da gastrite, pois alguns dias na semana estou escapando da minha alimentação certinha e estou sem atividade física e isso causa todos os meus problemas de saúde.
Leve sempre contigo, alimento é saúde! Ele é o aliado para que problemas respiratórios, dores nas pernas, dores de cabeça, pressão alta, diabetes fiquem bem longe de ti e dos teus filhos e mais tantas outras doenças e dores que só incomodam e nos deixam de cabelo em pé. Vá sempre para o lado do exemplo, se eu comer bem, consequentemente o meu filho vai comer melhor.
Tire opções não saudáveis do alcance e do conhecimento dele, pois assim fica mais fácil dos pequenos comerem alimentos mais saudáveis durante o dia. Ajude deixando a mão, bananas, maçãs, frutas descascadas e cortadas na geladeira.
Eu não sei vocês, mas prefiro mil vezes gastar no hortifruti do que na farmácia, pois filho doente ninguém merece e sabendo que temos medicamentos naturais e sem contra indicação dentro da geladeira, é muito melhor.
Alimento é saúde!