Quem já acompanha o blog desde o começo do ano sabe que optei por colocar a Maria Luísa em uma escola regular esse ano. Fiquei super dividida no começo, pois tinha conversado com a dona e psicóloga da escolinha que ela estava em Cachoeira do Sul e ela tinha me orientado em continuar com ela em uma escolinha, pois achava que ela ainda era muito novinha para uma escola regular e que na escolinha ela teria uma melhor atenção.
Mas procuramos muito e eu não amei nenhuma escolinha, todas me deixavam sempre em algum ponto incomodada, então optamos pela escola regular, que desde o primeiro momento eu amei, me senti segura e achei que ali seria um excelente lugar para ela crescer, estudar, se desenvolver, criar vínculo. Hoje, chegando quase ao fim do primeiro ano dessa escolha posso dizer tudo a vocês sobre o que eu achei.
Quando escolhi a escola pensei em alguns pontos que para mim eram importantes, o estilo do ensino, o espaço físico, a alimentação, a escolha de uma segunda língua, a possibilidade de fazer atividades extracurriculares no próprio ambiente escolar. A escola da Malu tem todas essas opções e mais um pouco, a parte da Educação Infantil é separada do restante da escola, o que ajudaria caso ela tivesse algum receio dos "grandes", mas nem é o que acontece, pois sempre quando ela pode quer ir para o prédio do Ensino Fundamental.
Durante o ano a escola não me satisfez 100%, pois queria muito que ela fizesse uma atividade extracurricular e eu não consegui fazer a sua matrícula. A Malu não conseguiu vaga no ballet, pois a escola disponibiliza apenas 10 vagas para 3 níveis e fica bem complicado para a quantidade de turmas que tem nesses 3 níveis. Mas isso foi apenas 1 ponto, pois todo o resto e que é muito, foi super satisfatório.
Eu estou adorando a escola, as professoras, a turma que ela está, os pais, as atividades oferecidas, o desenvolvimento dela na escola.
Com certeza a maior dúvida de vocês é o que realmente achei de diferente entre a escolinha e a escola regular. A escola da Maria Luísa tem um atendimento muito diferenciado e individualizado, a professora conversou conosco antes das aulas começarem e perguntou tudo sobre ela, se usava chupeta, se usava fralda, se dormia durante o dia, se os pais eram casados, quem morava em nossa casa e assim por diante. Na escolinha dela eu não tive isso antes dela entrar, somente quando já estava fazendo a adaptação e nem todos esses itens foram abordados.
Algo muito importante, as professoras são experientes, o normal das escolinhas são professoras muito novas, algumas (em Cachoeira do Sul) ainda estavam fazendo faculdade, enquanto na escola todas são formadas e com alguns anos de experiência, o que faz toda a diferença na hora de ensinar e se manter na escola. No último ano na escolinha da Malu tivemos o problema com a troca de professoras e isso é muito ruim para crianças dessa idade que precisam de confiança e passam por período de adaptação. Na escola ainda tem a auxiliar da professora que é mais nova, mas também não é trocada durante o ano. Isso faz com que as crianças consigam manter a rotina sem sustos e sem medos.
Item mais do que importante, o desenvolvimento e aprendizado escolar, eu gostava da escolinha da Malu, estilo de avaliação e o acompanhamento dos pais ao crescimento com uma pastinha, mas vejo o quanto a Maria Luísa cresceu esse ano. No começo eu ficava na dúvida se o crescimento teria acontecido somente pela idade ou pela escola, mas com o final do ano chegando vi que foram as duas coisas que aconteceram. A escola ajudou muito no crescimento dela, na forma dela falar, vejo o quanto o aprendizado na língua inglesa foi rápido para uma criança que começou seu contato real apenas em março.
Nós sempre colocamos desenhos em inglês, falamos algumas palavras fáceis, mas somente com as aulas na escola vimos o seu crescimento. A Malu já conta até 10 em inglês, fala várias expressões em inglês, já reconhece as cores e algumas frutas em inglês. Isso foi mérito da escola, pois em casa ela não teria um crescimento tão rápido e na escolinha que tinha aulas de inglês esporádicas também não conseguiria (existem escolinhas bilíngues e nessa parte já seria diferente).
O crescimento da Maria Luísa esse ano se mostrou muito na fala, no sentar e parar bastante tempo para desenhar, ela já consegue desenhar quase um corpo humano completo com cabeça, olhos, boca, pescoço, barriga, braços, pernas, mãos, pés, orelha, cabelo e umbigo (sim, ai de quem esqueça o umbigo), eu digo quase completo pois algumas vezes ela esquece alguns desses itens, também rapidamente consegue montar um quebra cabeça de peças grandes, conta super bem e já passa do número 10, consegue identificar e contar quando tem vários lápis, bolinhas e ter a noção de quantidade, expressão corporal, facilidade em decorar várias e várias músicas.
A escola da Maria Luísa é grande, se continuarmos para todo o sempre em Porto Alegre ela poderá estudar lá até o final do 2º grau, mas vejo que todo mundo que trabalha lá conhece as crianças individualmente. Todos tem um grande carinho pelos alunos, chamam as crianças pelo nome e isso tem uma diferença enorme para nós que confiamos nossos filhos por algumas horas e vários dias da semana para essas pessoas.
Eu sei que alguns pais, como eu, tem de colocar seus filhos em escolinhas antes da idade que a maioria das escolas regulares aceita, mas pela minha experiência, afirmo, que quando a idade chegar para poder colocar na escola da sua escolha, faça a troca, pois tu vês uma outra criança, um outro desenvolvimento e a criança cedo já começa a se adaptar com aquele lugar que vai conviver durante muitos anos de sua vida. Eu não me arrependo em nenhum minuto de ter a colocado na escola no lugar da escolinha.
Mas tente sempre com que essa criança não necessite fazer tantas trocas e adaptações, se eu tivesse optado por uma escolinha eu provavelmente teria que fazer muitas adaptações em poucos anos. A Maria Luísa em Cachoeira já teve que fazer 2 adaptações por causa da alergia respiratória dela que me fez tirá-la da primeira escola e como já não estava tão satisfeita encontrei uma outra quando ela pudesse retornar ao convívio escolar. Depois nos mudamos para Porto Alegre, mais uma adaptação, e com 4 ou 5 anos ela deveria ir para a escola regular, mais um adaptação e podendo ainda depois o meu marido ser transferido e eu ter que fazer outra adaptação em pouco tempo. Pensando em tudo isso, vi como seria ruim para ela criar um vínculo e uma segurança, a filha tranquila para ir para a escola poderia se tornar uma criança que odiasse ir para o colégio, então a escola regular foi a melhor opção.
E eu que sei o quanto ela ama a escola, quando tem feriado escolar é um problema, pois ela reclama que quer ir para a escola e nas férias do meio do ano já estava morrendo de saudade. Imaginem como será nas férias de verão, vou enlouquecer, mas com certeza, sem me arrepender da minha escolha.