Eu ontem, eu hoje - Reflexão de uma mulher

Foto Marla Gil Fotografia

Ontem, dia 06/06, completei 32 anos e é nesse momento que ficamos mais reflexivos com o que já fizemos na vida e o que gostaríamos ainda de fazer e conquistar. 
Caso uns 12 anos atrás alguém me perguntasse como estaria minha vida hoje, com toda certeza eu não acertaria nada. 
12 anos atrás eu estava fazendo cursinho pré-vestibular e era um fato, namorar era algo que não estava nos meus planos, ainda mais com um pé na faculdade, onde eu queria curtir muito. Eu curti muito, mas com namorado e pouco tempo depois já casada.
Eu imaginava que com 32 anos, eu até já pudesse estar casada, mas bem pouco tempo e com filho de meses no máximo, mas me imaginava trabalhando como jornalista e muito bem sucedida. Pois é, não me formei em Jornalismo e, sim, em Direito, não trabalho na minha área, já estou casada há 9 anos (pois é, casei com 23 anos) e tenho uma filha de 4 anos. 
Primeiro o Direito no lugar de Jornalismo foi uma opção de última hora. Na minha cidade não tinha o curso de Jornalismo na faculdade federal, na verdade, nem na particular até hoje não tem, então fiz a opção pelo que eu gostava um pouco mais. Fiz vestibular para Jornalismo na faculdade particular ao lado da minha cidade onde tinha o curso e passei em 2º lugar. Aí vocês se perguntam o motivo de eu não ter feito lá? Não fiz, pois no mesmo ano que passei no Jornalismo na particular, passei para Direito na federal. O Direito era numa federal e ainda na minha cidade que eu não precisaria ficar horas numa estrada ou até trocar de cidade e trazer mais gastos para minha mãe, preferi o Direito.
Com a opção do Direito encontrei o Daniel, namorei, casei, andei pelo Brasil e tenho a Maria Luísa.
Acho que mesmo depois de já namorando e casada continuava não pensando em ter um filho antes de já estar com o meu trabalho encaminhado e isso permaneceu até mesmo quando começamos a planejar engravidar. Malu veio planejada e não planejada, achei que ia demorar mais alguns meses para engravidar como via a maioria das mulheres que conhecia, mas não foi o que aconteceu.
Eu festejei minha formatura no final de julho de 2011 e engravidei em agosto do mesmo ano, achei que só fosse engravidar lá por fevereiro, quando já estivesse trabalhando e conseguisse meu auxílio maternidade certinho. 
Depois que Malu nasceu por várias vezes tentei estudar para concursos, mas toda vez a Malu adoecia e com isso o blog surgiu e a carreira jurídica foi deixada de lado. 
Vocês nesse momento devem achar que eu me arrependi de algo ou que não gosto de como a minha vida é, mas vou contar uma coisa para vocês... Tiveram momentos na minha vida inteira que questionei muito o motivo das coisas não acontecerem como eu gostaria que acontecessem, do motivo de terem acontecido coisas que não eram boas, mas desde 2005 eu parei com tudo isso.
2005 foi o ano que eu conheci o Daniel, pessoa importante para que a minha vida mudasse completamente e foi quando parei para pensar. Gente, eu demorei 3 anos para entrar na faculdade e nos anos que fui reprovada no vestibular eu só perguntava o motivo de outras pessoas passarem e eu não. No primeiro ano por causa do meu curso de magistério, só fiz curso intensivo de pré-vestibular e sem base do curso do magistério, o tempo foi curto de estudo. No segundo ano comecei bem direitinho, mas em agosto minha mãe descobriu um câncer de mama. Vocês sabem que minha mãe é mãe solteira e tenho um irmão mais novo adotivo, então eu tive que ser a pessoa responsável pela minha casa e conseguir estudar era a última coisa que eu pensava. No terceiro ano foi o que eu consegui que tudo se encaixasse e eu passei. 
Foi ruim ter esperado esses 3 anos, com certeza, mas aí a pessoa entra na faculdade e em 3 semanas começa a namorar o seu futuro marido (história completa em outro post) e tudo muda na minha vida. 


Desde aquele ano eu descobri que tudo tem o seu tempo, ainda tive momentos de questionar os motivos de Deus, nem sempre é fácil. 
Com toda certeza eu já queria ter um trabalho mais estabilizado para dar coisas melhores para a Maria Luísa, mas será que o que ela precisava até agora eram coisas ou uma mãe em casa? Uma mãe que pudesse cuidar da saúde dela como ela precisou com apenas 1 ano de vida? Que estivesse ao lado dela quando nos mudamos e ela ainda não estava adaptada?

Foto Viviane Ricardo Fotografia

Com meus 32 anos eu aprendi que posso querer muito mais, que vou conseguir muito mais, mas que tudo que eu já tenho é maravilhoso e um grande motivo para comemorar. 
Com 32 anos eu entendi que não é fácil, que as pessoas não são fáceis, que te cobram por tudo, mas que não querem entender o teu lado ou se colocar no teu lugar. A tal da empatia é cada dia mais difícil nos tempos de hoje em que se cobra muito, mas se faz tão pouco. 
Com 32 anos eu entendi que as coisas acontecem no momento certo, no tempo certo e algumas vezes chamam isso de sorte, mas não é sorte, é Deus que entendeu o teu trabalho e o teu tempo para que tudo fosse feito no instante que deveria ser.
Com 32 anos eu compreendi que eu não posso parar de correr muito atrás, pois se eu não fizer isso, não chegarei no momento da "sorte".
Então que comecemos os 32 anos com o pé direito!!!

Foto Marla Gil Fotografia

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